247 - A China obteve grandes conquistas na exploração de petróleo, gás, urânio e outros minerais essenciais durante o período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025). As informações são do Global Times, baseadas em relatos de Xu Dachun, vice-ministro de Recursos Naturais, em uma coletiva de imprensa na última quarta-feira.
Segundo Xu, a exploração de camadas profundas em grandes bacias e áreas offshore de águas profundas tem sido fundamental para o aumento das reservas de petróleo e gás do país, permitindo uma produção estável de 200 milhões de toneladas de petróleo bruto e mais de 240 bilhões de metros cúbicos de gás natural.
Além disso, a descoberta de novos depósitos de urânio teve um impacto significativo na segurança do fornecimento desse recurso, vital para a geração de energia nuclear. A China também realizou um levantamento completo de 163 tipos de recursos minerais com reservas verificadas, o que resultou na descoberta de 534 campos de petróleo e gás de grande e médio porte, além de depósitos minerais em várias partes do país.
Xu destacou que cerca de 450 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 63,19 bilhões) foram investidos em recursos minerais, gerando importantes descobertas. Dentre elas, o vice-ministro mencionou a adição de novas reservas geológicas de gás na Bacia de Ordos, que superaram os 300 bilhões de metros cúbicos, praticamente o mesmo volume adicionado na última década. “Essas reservas vêm principalmente de camadas profundas e áreas offshore, garantindo a produção estável de petróleo e gás natural”, afirmou Xu.
O avanço na exploração de urânio também se destacou, com a descoberta de dois depósitos excepcionais nas províncias de Gansu e Heilongjiang. No que diz respeito aos minerais estratégicos, Xu explicou que o lítio, essencial para a indústria de veículos de nova energia, foi encontrado ao longo de um "Cinturão Asiático de Lítio", que se estende por 2.800 quilômetros. Esse cinturão abrange várias províncias, como Sichuan, Qinghai, Tibete e Xinjiang, e contém depósitos de lítio de grande e supergrande porte. A China também desenvolveu novas tecnologias para extrair lítio de salmouras e lepidolita de baixo teor, consolidando-se como um dos maiores produtores desse recurso.
Outro mineral relevante é o hélio, vital para a ressonância magnética, semicondutores e aviação. A China, que antes dependia de importações, agora possui um sistema avançado para extrair hélio do gás natural, garantindo uma produção nacional que atende às principais demandas internas.
A contínua descoberta de recursos abundantes e escassos tem sido acompanhada pelo analista independente Wu Chenhui, que ressaltou a importância dessas descobertas para o desenvolvimento econômico e social da China. Ele afirmou que o fortalecimento da infraestrutura mineral e a segurança no fornecimento de recursos estratégicos são essenciais para o crescimento de alta tecnologia no país.
Ainda no setor de minerais a granel, Xu mencionou que a revitalização de antigas bases e o surgimento de novas bases de recursos têm contribuído para o crescimento. Um exemplo disso é a mina de ouro de Dadonggou, na província de Liaoning, que possui recursos estimados em quase 1.500 toneladas de ouro. Essa mina tem o potencial de se tornar uma das maiores da China, ao lado da mina de Jiaodong, localizada em Shandong.
Com base nesses avanços, a China está comprometida em intensificar as ações estratégicas para continuar a expansão na exploração mineral, buscando garantir um fornecimento seguro de energia e recursos. Xu concluiu: "Continuaremos a fortalecer os esforços de exploração e implementação de medidas para garantir a segurança energética e mineral do país".

Área de mineração de cobre a céu aberto em Dexing, província de Jiangxi, no leste da China, em 7 de agosto de 2024. Foto: Global Times

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Global Times

China conquista importantes avanços na exploração mineral durante o 14º Plano Quinquenal

247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (4) que o Brasil está disposto a ampliar parcerias com os Estados Unidos na área de mineração estratégica, especialmente voltada à produção de baterias mais eficientes. No entanto, o ministro fez questão de ressaltar que o país não pretende ocupar posição subalterna na relação bilateral.
"Temos minerais críticos e terras raras. Os EUA não são ricos nesses minerais. Nós podemos fazer acordos de cooperação, para produzir baterias mais eficientes. Na área tecnológica temos muito a aprender e ensinar", declarou Haddad em entrevista à BandNews,<a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/08/haddad-diz-ver-possibilidade-de-acordo-sobre-mineracao-entre-brasil-e-eua.shtml"> de acordo</a> com a Folha de S. Paulo.
Ao mencionar possíveis acordos no contexto de negociações tarifárias com os EUA, o ministro afirmou que o Brasil quer se integrar ao comércio global de forma soberana. “Queremos ampliar parcerias com os Estados Unidos, mas não na condição de satélite ou de colônia”, disse.
A declaração de Haddad ocorre num momento em que o governo brasileiro elabora, de forma ainda lenta, um plano voltado à exploração e industrialização de minerais estratégicos — materiais como nióbio, grafite (grafeno), níquel e terras raras, que são essenciais para equipamentos de alta tecnologia.
A demora tem causado desconforto entre autoridades norte-americanas. Ainda segundo a Folha, representantes da gestão de Donald Trump têm demonstrado insatisfação com o ritmo adotado pelo governo Lula (PT) no tema, que vem sendo tratado como prioridade por outras potências globais, diante da crescente disputa geopolítica pelo acesso a esses insumos.

Guilherme Paladino

Economia

Haddad defende parceria com EUA em minerais estratégicos, mas diz que Brasil não será "satélite ou colônia"

247 - Parlamentares da base governista reagiram com indignação à revelação de que o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, está interessado em firmar acordos para adquirir minerais estratégicos brasileiros. A reação veio na esteira das declarações do encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar, sobre as intenções de Washington de negociar o acesso ao lítio, ao nióbio e a metais de terras raras em território brasileiro. As informações são da coluna Sonar, de <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/sonar-a-escuta-das-redes/post/2025/07/governistas-criticam-interesse-de-governo-trump-sobre-terras-raras-brasileiras-cobica.ghtml">O Globo</a>.
Durante evento em Minas Gerais, na quinta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu com veemência à possibilidade de ingerência externa nos recursos naturais brasileiros. “Nós temos 12% da água doce do mundo para proteger. Nós temos 215 milhões de pessoas para proteger. Nós temos todo o nosso petróleo para proteger. Nós temos todo o nosso ouro para proteger. Nós temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro”, declarou.
A fala de Lula foi amplamente ecoada por aliados, que utilizaram as redes sociais para condenar os interesses estadunidenses. O vice-líder do governo no Congresso, deputado Bohn Gass (PT-RS), publicou: “Pix, petróleo, ganhos em bilhões com os tarifaços, impedir a desdolarização da economia. E Trump sabe que só o bolsonarismo teria a desfaçatez de renegar a soberania para lhe entregar tudo o que ele quer”. Na mesma linha, o ex-senador Roberto Requião (PDT-PR) afirmou: “Trump quer as terras raras do Brasil, o petróleo, a água e o governo da República submetido aos seus desejos”.
A reação, de acordo com a reportagem, também incluiu iniciativas legislativas. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) informou que estuda propor um projeto de lei que garanta o monopólio da União sobre a exploração de terras raras. “É para levantar esse debate contra essa ingerência externa que está de olho nas nossas riquezas. É mais um elemento que eu acho importante para chamar a atenção nesse momento que, muitas vezes, está debaixo dos panos. É um interesse, uma cobiça sobre esses minerais, que são fundamentais para a ciência e tecnologia no mundo”, justificou.
Nos Estados Unidos, a articulação política em torno do interesse pelos recursos brasileiros tem como uma das figuras centrais o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a reportagem, ele tem pressionado por sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e defendido o chamado “tarifaço” como instrumento para forçar a concessão de anistia a investigados por participação em tentativas golpistas.
Gabriel Escobar levou o tema ao conhecimento de representantes do setor mineral brasileiro em reunião realizada na última quarta-feira (23). A proposta estadunidense foi, em seguida, encaminhada ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, que conduz as negociações comerciais com os Estados Unidos. A gestão brasileira busca impedir que as exportações nacionais sejam impactadas por novas tarifas de importação anunciadas por Trump, que devem entrar em vigor em 1º de agosto e poderão atingir até 50% sobre determinados produtos brasileiros.
Apesar de empresas terem concessões da União para explorar e comercializar esses minerais, interlocutores do governo destacaram que, em meio à crise diplomática atual, não há espaço para atender os interesses norte-americanos sem uma contrapartida clara.&nbsp;

Paulo Emilio

Presidente dos EUA, Donald Trump  - 16/07/2025

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Brasil

Base governista reage ao interesse dos EUA sobre terras raras do Brasil e critica 'ingerência externa'

247 - O Brasil deve estabelecer, até novembro, uma política nacional voltada aos chamados minerais críticos e estratégicos, considerados peça central nas negociações comerciais com os Estados Unidos e no enfrentamento à tarifa de 50% imposta por Washington. A iniciativa conta com propostas tanto do Executivo quanto do Legislativo, que têm sido pressionados pelo setor privado por um marco regulatório claro. Segundo fontes ouvidas pela CNN Brasil, a tendência é que os dois textos em discussão sejam unificados em um projeto só. As informações são da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/brasil-tera-politica-nacional-para-minerais-criticos-ate-novembro/">CNN Brasil</a>.&nbsp;
No Executivo, a proposta em fase embrionária ganhou o codinome MEL – sigla para “Minerais para Energia Limpa”. Um rascunho de decreto presidencial já foi redigido e circula entre autoridades e representantes do setor produtivo, que contribuem com sugestões de aprimoramento. O texto amplia o uso estratégico desses minerais para além da transição energética, abrangendo também a segurança alimentar. Além disso, prevê o envolvimento de bancos públicos e agências de fomento na concessão de crédito para projetos voltados à pesquisa, extração e transformação desses recursos.
Em paralelo, tramita na Câmara o projeto de lei 2780/24, de autoria do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), cujo relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico é o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). O texto propõe, entre outros pontos, incentivos tributários para empreendimentos que atuam no setor de minerais estratégicos.
Nos bastidores, de acordo com a reportagem, parlamentares demonstram incômodo com a movimentação do governo federal, que, segundo eles, tenta “reivindicar a paternidade” de um tema que já está em debate no Congresso. Ainda assim, há consenso entre Executivo, Legislativo e setor privado sobre a importância de aprovar um marco legal antes da realização da COP30, prevista para novembro, em Belém (PA).
A expectativa é que o relator apresente, em agosto, um substitutivo que incorpore sugestões do governo. De acordo com interlocutores envolvidos nas negociações, a proposta deve avançar sem resistência nas duas Casas do Congresso.
A urgência brasileira ocorre em meio a uma corrida internacional por minerais raros, insumos fundamentais para a fabricação de baterias, semicondutores e tecnologias de ponta. Em um cenário de crescente demanda por soluções energéticas limpas, esses recursos ganham ainda mais relevância no contexto da COP30, que terá entre seus eixos a transição energética.
Representantes do setor mineral no Brasil veem na conferência climática uma oportunidade estratégica para exibir o potencial nacional na produção e transformação de minerais críticos e atrair investidores internacionais. Parte do discurso que o Brasil pretende levar à mesa envolve a preocupação com a concentração da cadeia produtiva desses recursos nas mãos da China.
Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), o país asiático responde por mais de 80% da capacidade global de produção de células de bateria, além de processar mais da metade do lítio e do cobalto disponíveis no mercado mundial. A dependência de Pequim nesse segmento representa, segundo a IEA, um risco tanto geopolítico quanto logístico.
A redução da influência chinesa é uma das prioridades da atual gestão de Donald Trump nos Estados Unidos. E são justamente os norte-americanos os principais interessados nos minerais brasileiros, que hoje são majoritariamente exportados para a China – responsável por cerca de 70% das vendas externas do setor.

Minério bruto de terras raras esperando para ser processado na Vital Metals em Saskatoon, Saskatchewan, Canadá, 16 de janeiro de 2023

Brasil corre para aprovar marco dos minerais estratégicos até novembro

247 - A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (4) a aprovação de 13 novos projetos internacionais voltados à exploração de matérias-primas estratégicas, entre eles um com o Brasil. O pacote envolve um investimento inicial de 5,5 bilhões de euros — o equivalente a R$ 35 bilhões — e tem como foco territórios fora da União Europeia. Além do Brasil, a lista de países e territórios parceiros inclui África do Sul, Canadá, Cazaquistão, Groenlândia, Madagascar, Malawi, Noruega, Nova Caledônia, Reino Unido, Sérvia, Ucrânia e Zâmbia.
Segundo a agência <a href="https://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/ultimo_momento/2025/06/04/ue-aprova-projetos-de-materias-primas-com-brasil-e-mais-12_0bfba5e9-3cb5-428a-b0ca-a9a4c3b2f033.html">ANSA</a>, o comunicado oficial do poder Executivo do bloco destaca que a iniciativa visa ampliar e diversificar as fontes de suprimento de insumos considerados essenciais para as cadeias industriais e energéticas do continente. Os projetos internacionais se somam a outras 47 iniciativas lançadas em março dentro do território europeu, formando um conjunto de 60 ações estratégicas para impulsionar setores como mobilidade elétrica, energias renováveis, aeroespacial e defesa.
"A Europa necessita de matérias-primas para realizar nossas ambições industriais e climáticas e de cadeias de fornecimento estáveis, seguras e diversificadas", afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Stéphane Séjourné.
Entre os 13 projetos aprovados nesta etapa, 10 são focados na exploração de insumos fundamentais para veículos elétricos, baterias e sistemas de armazenamento, como lítio, níquel, cobalto, manganês e grafite. Outros dois, localizados na África, preveem a extração de terras raras — insumos indispensáveis para a fabricação de ímãs de alta potência, utilizados tanto em turbinas eólicas quanto em motores elétricos.
As demais iniciativas contemplam minerais como cobre, tungstênio e boro, todos com aplicações críticas nas áreas de eletrificação, microeletrônica, e nas indústrias automotiva, aeroespacial e de defesa. O apoio financeiro e técnico às ações será compartilhado entre a Comissão Europeia, os Estados-membros e instituições financeiras da região.

Mundo

União Europeia aprova pacote de 5,5 bi de euros para garantir matérias-primas estratégicas em países como o Brasil

247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, iniciou nesta quinta-feira (8) uma agenda estratégica na Rússia, com o objetivo de fortalecer as relações bilaterais entre os dois países em setores essenciais para o Brasil, como energia nuclear, mineração sustentável, combustíveis limpos e a transição energética.
Em uma reunião com executivos da Tenex e da Rosatom, duas importantes estatais russas no setor de energia nuclear, Silveira enfatizou os avanços do Brasil na construção de uma matriz energética diversificada, estável e sustentável, com especial atenção para a energia nuclear e o aproveitamento de minerais estratégicos, como o lítio e o urânio. O ministro também reforçou o interesse em consolidar uma parceria com as empresas russas que são referências nesse setor.
“O Brasil é plural na geração de energia e tem avançado na reestruturação de toda a sua cadeia energética, com foco na estabilidade e sustentabilidade. Esses são objetivos prioritários tanto para o Ministério de Minas e Energia quanto para o governo do presidente Lula. Temos grandes reservas de urânio e o potencial de liderar esse setor no cenário global. Essa cooperação com a Tenex acelera nossa produção nacional, fortalece nossa cadeia produtiva e contribui para a descarbonização da economia”, afirmou Silveira.
Além disso, o ministro destacou o potencial do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, como um polo estratégico para a exploração de lítio, mineral essencial para a transição energética. "Temos reservas em desenvolvimento e buscamos estabelecer parcerias sólidas e recíprocas com parceiros estratégicos, como a Tenex", acrescentou.
O Brasil detém uma das maiores reservas de urânio do mundo, estimadas em cerca de 280 mil toneladas do minério, além de ser um dos seis maiores produtores globais de lítio, com a oitava maior reserva mundial do mineral.
O CEO da Tenex, Sergey Polgorodnik, reafirmou o interesse da empresa em ampliar a cooperação com o Brasil. "Estamos abertos a parcerias estratégicas com o Brasil, incluindo nas áreas de energia nuclear, recursos naturais e lítio, e confiamos na continuidade dos diálogos técnicos entre nossos países", declarou Polgorodnik.
Essa iniciativa faz parte da estratégia do Ministério de Minas e Energia (MME) de posicionar o Brasil como líder global na cadeia de energia limpa, segura e sustentável, por meio da atração de investimentos, inovação tecnológica e valorização dos recursos naturais do país.
Silveira acompanha a comitiva oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também cumprirá agenda na China. Em abril, o ministro esteve no país asiático para preparar a visita presidencial e avançar em discussões sobre mobilidade elétrica, produção de baterias e implantação de data centers, áreas essenciais para o desenvolvimento tecnológico e energético do Brasil.

Alexandre Silveira em reunião com executivos da Tenex

Brasil Sustentável

Silveira reforça parceria com estatal russa no setor nuclear e em minerais estratégicos

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Finep, agência de fomento à inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, receberam 124 propostas de investimento em minerais estratégicos, um setor essencial para a transição energética. Essas propostas, que representam um total de R$ 85,2 bilhões, foram submetidas por 136 grupos econômicos, com prazo de inscrição encerrado no dia 30 de abril. As informações são do jornal O Globo.&nbsp;
Lançada em janeiro, a chamada inicial do programa previa a liberação de R$ 5 bilhões em diferentes modalidades de apoio, como empréstimos, investimentos em participação acionária e recursos não reembolsáveis, provenientes das diversas fontes de financiamento das duas instituições. As propostas apresentadas visam, principalmente, o investimento em unidades industriais, com R$ 67,8 bilhões destinados à ampliação da capacidade de produção (escalamento industrial) e R$ 6,4 bilhões voltados para o desenvolvimento de novas tecnologias.
De acordo com uma nota oficial do BNDES, as propostas serão avaliadas com base nos critérios previamente definidos pelos técnicos do banco e da Finep. “Para os planos de negócios aprovados, serão disponibilizados os instrumentos de apoio, conforme as condições creditícias dos proponentes”, explicou a nota.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou as vantagens do Brasil para atrair esses investimentos, mencionando as “vastas reservas minerais, uma matriz energética limpa, um ecossistema robusto de inovação e, principalmente, a neutralidade geopolítica”, fatores que tornam o país apto a liderar o processo de agregação de valor sustentável na mineração. Por sua vez, o presidente da Finep, Celso Pansera, enfatizou que a chamada é um passo importante para viabilizar um novo ciclo de desenvolvimento nacional, pautado pela sustentabilidade e pela valorização interna dos recursos.

BNDES e Finep recebem propostas de R$ 85,2 bilhões para projetos de investimentos em minerais estratégicos

247 - Os ministros da Indústria da Indonésia, Agus Gumiwang Kartasasmita, e da Arábia Saudita, Bandar Al-Khorayef, concordaram em intensificar a cooperação industrial entre seus países. A decisão foi tomada durante reunião em Jacarta, nesta quinta-feira (17), com o objetivo de enfrentar barreiras comerciais crescentes e a instabilidade econômica global, conforme reportado pela agência Xinhua e pela <a href="https://tvbrics.com/pt/news/indonesia-e-arabia-saudita-reforcam-cooperacao-no-setor-industrial/" target="_blank">TV BRICS</a>.
O ministro indonésio destacou a necessidade de atenção à atual incerteza global, afirmando: "Todos devem estar preocupados com essa incerteza global, incluindo como monitoramos e escolhemos as melhores estratégias para mitigar quaisquer ações potenciais dos EUA".​
Em 2024, o comércio bilateral entre Indonésia e Arábia Saudita totalizou US$ 3,3 bilhões. Apesar desse volume, ambos os países identificam oportunidades significativas de colaboração, especialmente nos setores petroquímico e de mineração. A Indonésia, detentora das maiores reservas de níquel do mundo, busca agregar valor à sua produção mineral, enquanto a Arábia Saudita, por meio de sua iniciativa Visão 2030, visa diversificar sua economia além do petróleo.
No dia anterior à reunião ministerial, Al-Khorayef encontrou-se com Maroef Sjamsoeddin, diretor-presidente da MIND ID, holding estatal de mineração da Indonésia. Ambos concordaram em colaborar estreitamente na transformação e agregação de valor no setor de mineração.​
A visita de três dias de Al-Khorayef a Jacarta inclui encontros com autoridades e executivos do setor industrial. A agenda abrange discussões sobre investimentos em mineração, alimentos, farmacêuticos e autopeças, alinhando-se aos objetivos da Visão 2030 da Arábia Saudita.​
(Com informações da <a href="https://tvbrics.com/pt/news/indonesia-e-arabia-saudita-reforcam-cooperacao-no-setor-industrial/">TV BRICS</a>)

Luis Mauro Filho

Sul Global

Indonésia e Arábia Saudita ampliam cooperação industrial com foco em minerais e petroquímica

247 - A Ucrânia e os Estados Unidos assinaram um memorando de intenções, que está sendo considerado como o primeiro passo rumo a um acordo mais amplo de cooperação no desenvolvimento de recursos minerais no país. A notícia foi publicada originalmente pela Reuters.
“Estamos felizes em anunciar a assinatura com nossos parceiros americanos”, afirmou Yulia Svyrydenko, primeira vice-primeira-ministra e ministra da Economia da Ucrânia, por meio das redes sociais. Segundo ela, o documento pavimenta o caminho para uma futura parceria econômica e para a criação de um fundo de investimento voltado à reconstrução do país, que sofre com os impactos da guerra contra a Rússia desde a invasão em larga escala iniciada em 2022.
A assinatura do memorando ocorre em meio a uma tentativa de reaproximação entre Kiev e Washington, após um episódio de tensão diplomática no início do ano. Em fevereiro, uma reunião no Salão Oval entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, acabou em uma discussão acalorada, o que adiou a formalização de um acordo que estava prestes a ser concluído.
De acordo com autoridades ucranianas, o novo pacto é parte de um esforço mais amplo para manter o apoio norte-americano frente à guerra. Além disso, o acordo pode representar um avanço significativo na recuperação econômica do país, especialmente por meio da exploração e exportação de minerais considerados estratégicos.
Na Casa Branca, Trump confirmou que espera assinar o acordo completo na próxima semana. “Temos um acordo sobre minerais, que acredito que será assinado na quinta-feira”, disse o presidente a jornalistas. Ele tem defendido publicamente um pacto que conceda aos EUA acesso privilegiado aos recursos naturais ucranianos, como forma de compensação pela ajuda militar enviada durante o governo de seu antecessor, Joe Biden.
Ao lado de Trump no Salão Oval, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, acrescentou: “Ainda estamos trabalhando nos detalhes”, sinalizando que a assinatura oficial pode ocorrer já na próxima sexta-feira.
“É basicamente o que havíamos combinado anteriormente”, afirmou Bessent. “Quando o presidente esteve aqui, tínhamos um memorando de entendimento. Fomos direto para o grande acordo, e acho que é um acordo de 80 páginas, e é isso que assinaremos.”
Apesar da sinalização positiva vinda de Washington, o governo ucraniano não confirmou uma data para a conclusão do pacto. Em Kiev, Zelenskiy declarou que o memorando poderá ser assinado de forma virtual, e que a ratificação do acordo final dependerá da aprovação do parlamento ucraniano. “Este é um memorando de intenções. E temos intenções positivas e construtivas”, declarou o presidente ucraniano.
Yulia Svyrydenko também reforçou que o documento é um passo inicial, mas relevante, para consolidar os avanços recentes nas negociações entre os dois países. “O memorando registra o progresso significativo feito por Kiev e Washington nas conversas em torno do acordo”, disse.
Até o momento, a Casa Branca não divulgou detalhes adicionais sobre o conteúdo e o cronograma do pacto final. A assinatura do memorando, porém, simboliza não apenas um avanço nas negociações bilaterais sobre minerais, mas também um movimento político importante para restaurar a confiança mútua entre os dois governos.
O desfecho das tratativas poderá redefinir os contornos da cooperação econômica entre Estados Unidos e Ucrânia nos próximos anos, sobretudo diante da complexa conjuntura internacional e da necessidade urgente de reconstrução ucraniana.

José Reinaldo

Ucrânia e EUA avançam em entendimentos para exploração de minerais

247 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, usou sua conta na rede social X, antigo Twitter, para afirmar que seu país está pronto para assinar um acordo sobre minerais estratégicos e de segurança com os Estados Unidos "a qualquer momento e em qualquer formato conveniente". A postagem de Zelensky foi feita poucas horas após o governo do presidente Donald Trump anunciar a suspensão do envio de auxílio militar dos Estados Unidos à Ucrânia na guerra contra a Rússia.&nbsp;
O líder ucraniano também disse estar pronto para negociar uma trégua com a Rússia "sob a forte liderança do presidente Trump para obter uma paz duradoura" e afirmou estar "pronto para trabalhar rápido para acabar com a guerra, e os primeiros estágios podem ser a libertação de prisioneiros e trégua no céu — proibição de mísseis, drones de longo alcance, bombas em energia e outras infraestruturas civis — e trégua no mar imediatamente, se a Rússia fizer o mesmo".
"Em relação ao acordo sobre minerais e segurança, a Ucrânia está pronta para assiná-lo a qualquer momento e em qualquer formato conveniente. Vemos este acordo como um passo em direção a uma maior segurança e garantias de segurança sólidas, e eu realmente espero que ele funcione efetivamente", ressaltou Zelensky na postagem.
Pelos termos do acordo, seria criado um fundo gerido por representantes de ambos os países com o objetivo de reinvestir as receitas provenientes da monetização dos recursos naturais ucranianos. De acordo com os termos do acordo, a Ucrânia contribuiria com 50% das receitas obtidas desses recursos, após a dedução das despesas operacionais, até que as contribuições atinjam o montante de US$ 500 bilhões.
Ele também disse que a reunião que manteve com Trump em Washington "não ocorreu como deveria" e ressaltou considerar "lamentável que tenha acontecido dessa forma". "É hora de consertar as coisas." Gostaríamos que a cooperação e a comunicação futuras fossem construtivas", afirmou.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">I would like to reiterate Ukraine’s commitment to peace. None of us wants an endless war. Ukraine is ready to come to the negotiating table as soon as possible to bring lasting peace closer. Nobody wants peace more than Ukrainians. My team and I stand ready to work under…&mdash; Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) <a href="https://twitter.com/ZelenskyyUa/status/1896948147085049916?ref_src=twsrc%5Etfw">March 4, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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Trump e Zelensky se reúnem na Casa Branca - 28/02/2025

Após Trump suspender ajuda militar, Zelensky diz estar 'pronto' para assinar acordo de minerais estratégicos

247 - O Brasil e o Chile firmaram uma carta de intenções para o desenvolvimento do setor de mineração, com foco especial na exploração de minerais estratégicos essenciais para a transição energética. A parceria foi oficializada nesta segunda-feira (5) em um encontro entre os ministros de energia dos dois países, Alexandre Silveira e Diego Pardow, respectivamente, e reafirma o compromisso com a colaboração bilateral.&nbsp;
O acordo, firmado em Santiago, Chile, busca também promover práticas sustentáveis e a troca de conhecimentos técnicos e científicos. Entre os objetivos, destacam-se a atração de investimentos estrangeiros diretos, a adoção de tecnologias avançadas e a capacitação de profissionais no setor.
O ministro Silveira destacou ao 247 a riqueza dos países nos minerais estratégicos e reafirmou os interesses comuns: “O Brasil tem fortalecido cada vez mais sua política de manejo dos nossos recursos minerais, em especial dos minerais considerados como estratégicos para o futuro da energia. Os dois países são riquíssimos em recursos minerais e, certamente, esta carta alavanca bastante nosso interesse em comum, que é a transição energética”.
As pastas também estabeleceram uma declaração conjunta, visando fortalecer a presença dos países em fóruns internacionais, promovendo discussões sobre iniciativas relacionadas à descarbonização e à sustentabilidade na mineração. A criação de um Grupo de Trabalho sobre Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF) é um dos principais resultados dessa cooperação, visando compartilhar melhores práticas regulatórias e experiências de mercado.
A parceria não tem caráter juridicamente vinculante, mas representa uma declaração política de intenções para a realização de ações concretas no setor mineral e além.&nbsp;

Ministros, comitiva e o presidente Lula durante chegada a Santiago, Chile 05/08/2024

América Latina

Brasil e Chile firmam cooperação para exploração de minerais estratégicos

Agência BNDES - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a realização de chamada pública, em parceria com a Vale, para selecionar fundo de investimento que invista em projetos de pesquisa, desenvolvimento, implantação ou operação de minas de minerais para transição energética e descarbonização, e minerais para fertilização do solo.
A chamada ocorre no âmbito da Estratégia de Investimentos em Renda Variável da BNDESPAR, e uma de suas ações é viabilizar e apoiar projetos em setores estratégicos para o país, em linha com as missões definidas pela Nova Indústria Brasil (NIB). Com o objetivo desenvolver novas minas, o fundo será uma ferramenta importante para financiar a pesquisa mineral.
O Edital define que a BNDESPAR e a Vale irão subscrever cotas no valor mínimo de R$ 100 milhões e máximo de R$ 250 milhões cada, observado o percentual máximo de 25% de participação para cada uma no capital comprometido total do Fundo.
A iniciativa permitirá que BNDESPAR e Vale atuem como catalisador de investimentos, alavancando investimentos privados e fortalecendo o mercado de capitais nacional, enquanto incentiva a produção de insumos fundamentais para a Transição Energética, Descarbonização e a Segurança Alimentar.
Para fins deste Edital, as companhias alvo do fundo a ser selecionado são as detentoras de títulos minerários ou de direitos sobre recursos minerais, direta ou indiretamente, para mineração de cobalto, cobre, estanho, grafite, lítio, manganês, metais do grupo da platina (pgms), molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, terras raras, titânio, tungstênio, urânio, vanádio, zinco, fosfato, potássio ou outros minerais para promoção de fertilidade de solo. São elegíveis as companhias com sede e operações no Brasil, ou entidades com sede no exterior que detenham, no momento do primeiro investimento do fundo, ativos no Brasil que correspondam a 90% ou mais, e receita operacional bruta anual de até R$ 300 milhões.
“O fundo contribui diretamente para os objetivos estratégicos do governo do presidente Lula de expandir a capacidade produtiva da indústria brasileira por meio da produção e da adoção de insumos, inclusive materiais e minerais críticos, e de ampliar o apoio a projetos ambientais e climáticos, além de contribuir para a transição ecológica justa e a descarbonização, e estimular o mercado de capitais a atuar neste setor", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A Vale tem orgulho de fazer parte dessa iniciativa, que está alinhada à nossa visão de longo prazo sobre a relevância crucial dos minerais críticos para o crescimento econômico global de forma sustentável e diversificada. Este acordo reforça nosso compromisso de apoiar a exploração e produção de minerais estratégicos no Brasil e fomentar futuras parcerias”, afirma o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. 
Mercado - A demanda mundial por uma série de minerais considerados críticos está crescendo vertiginosamente, cada vez mais vitais para a economia global, em um momento em que diversos países fazem a transição para tecnologias digitais e verdes. Essa mudança é em grande parte impulsionada pela adoção de tecnologias energéticas de baixo ou zero carbono e eletromobilidade, que costumam exigir mais minerais que as alternativas tradicionais baseadas em combustíveis fósseis. Segundo projeções do Banco Mundial, mais de 3 bilhões de toneladas desses minerais serão necessárias até 2050 apenas para as tecnologias de energia verde. No entanto, as atuais cadeias de suprimentos globais dependem principalmente de alguns países exportadores – China, República Democrática do Congo, Chile e África do Sul. A concentração geográfica das cadeias de suprimentos as torna suscetíveis a choques de mercado, eventos geopolíticos e interrupções logísticas. No Brasil, a elevada dependência de fertilizantes importados para a sustentabilidade do agronegócio levou o Plano Nacional de Fertilizantes ao objetivo de reduzir a dependência atual, da ordem de 85%, a partir de políticas e investimentos que promovam a produção de insumos fertilizantes no país.
O Brasil é um país com um vasto potencial geológico a ser explorado, apresentando uma rica diversidade de recursos minerais. Além do minério de ferro de alta qualidade, no país encontram-se cerca de 94% das reservas de nióbio, 22% do grafite, 16% de terras raras e 16% do níquel de todo o mundo. Com esse potencial, o país tem a oportunidade de ser a principal fronteira de investimento do setor e se posicionar estrategicamente como um parceiro e fornecedor com credibilidade para elevar os padrões sociais e ambientais do mercado global de minerais críticos para transição energética.
O investimento em projetos de pesquisa mineral, desenvolvimento de mina ou implantação de empreendimentos de produção de minerais críticos ou fertilizantes no Brasil não apenas impulsiona o setor de mineração, diversificando o mix atual de produtos, mas também promove o desenvolvimento regional, cria empregos e renda, gera arrecadação e divisas para o país.

Amostra de minério de ferro - 02/12/2013

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