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Governo quer usar R$ 160 bi do FGTS para investir em habitação e infraestrutura

Recursos devem priorizar habitação, mas também financiar saneamento e mobilidade

Governo quer usar R$ 160 bi do FGTS para investir em habitação e infraestrutura (Foto: Agência Brasil )

247 - O governo federal pretende ampliar os investimentos sociais em 2026 e solicitou ao Conselho Curador do FGTS R$ 160,5 bilhões em financiamentos para habitação, saneamento, mobilidade urbana e obras de infraestrutura. A solicitação representa um crescimento de 5% em relação ao orçamento deste ano, que é de R$ 152 bilhões. “Não é só o Minha Casa, Minha Vida. Parte disso é para saneamento, mobilidade, obras de infraestrutura na cidade”, afirmou o ministro, de acordo com o jornal O Globo.

Habitação receberá a maior parte dos recursos

Do total previsto, R$ 144,5 bilhões devem ser destinados à habitação, principalmente ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Esse valor é 1,8% superior ao liberado em 2025. A forte demanda por crédito imobiliário tem levado o governo a remanejar recursos adicionais ao longo do ano. Em julho, por exemplo, foi autorizado um aporte extra de R$ 10 bilhões para evitar a interrupção das contratações.

Reforma Casa Brasil 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta segunda-feira (20), o Reforma Casa Brasil, programa voltado à melhoria de moradias já existentes. A iniciativa contará com R$ 30 bilhões do Fundo Social para famílias com renda de até R$ 9.600 e R$ 10 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para rendas acima desse limite.

As famílias poderão contratar empréstimos de até R$ 30 mil, com meta inicial de 1,5 milhão de operações. Segundo o ministro Jader Filho, a Caixa Econômica Federal iniciará a liberação dos recursos em novembro.

Novas medidas ampliam acesso à moradia

Entre as novidades da política habitacional em 2025 está a criação da faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida, destinada a famílias com renda de R$ 8.600 a R$ 12 mil. Também foi lançado um modelo de crédito imobiliário com recursos do SBPE, capaz de injetar R$ 50 bilhões extras no mercado em um ano. 

Outra medida foi a atualização do teto de imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que garante juros limitados a 12%. Pelas novas regras, 80% dos financiamentos com recursos da poupança deverão estar enquadrados no SFH, assegurando condições mais acessíveis de crédito para as famílias.

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