247 - O Índice Nacional da Construção Civil - Mercado (INCC-M) registrou em junho a maior alta mensal desde julho de 2022: 0,96%. O salto expressivo foi impulsionado principalmente pelos custos com mão de obra, que subiram 2,12% no mês — o maior reajuste desde junho daquele mesmo ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/miriam-leitao/post/2025/06/com-mercado-de-trabalho-aquecido-construcao-civil-reajusta-salarios-acima-da-inflacao-e-incc-tem-maior-alta-desde-2022.ghtml">O Globo</a>.
Segundo o levantamento, os acordos coletivos firmados este mês nas cidades de Brasília, Recife e São Paulo resultaram em reajustes salariais superiores à inflação, refletindo um mercado de trabalho ainda aquecido no setor da construção.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, destacou que o movimento de alta nos salários ocorre mesmo diante de sinais de desaceleração na atividade do setor.
“O resultado do INCC-M de junho confirma que a pressão maior sobre os custos setoriais vem da mão de obra. A Sondagem da construção de junho mostrou uma desaceleração da atividade e uma redução do ímpeto de contratar. Mas as empresas voltaram a ficar mais otimistas com a demanda dos próximos meses, o que significa que o mercado de trabalho deve permanecer aquecido e as empresas pressionadas com os custos da mão de obra”, explica.
Além da mão de obra, todos os demais componentes do índice — materiais, equipamentos e serviços — também registraram aceleração em relação a maio, quando o índice havia avançado 0,26%.
Com o resultado de junho, o INCC-M acumula alta de 3,46% no primeiro semestre de 2025. Em 12 meses, a variação chega a 7,19%, reforçando a tendência de que o setor da construção civil está enfrentando uma inflação superior à média da economia.
Ana Maria pondera que, embora o salto de junho tenha sido influenciado pelas datas-base de reajuste salarial em regiões com grande volume de obras, o ritmo de aumento de custos tende a se manter elevado. “O setor já mostrava uma tendência de ritmo superior à inflação e a tendência de escassez de mão de obra se mantém, o que pressiona a taxa.”
A aceleração do índice foi observada em quase todas as capitais pesquisadas. Apenas Salvador e Rio de Janeiro não apresentaram avanço na variação. Já São Paulo, Recife, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte mostraram elevação nos custos da construção, em linha com os reajustes regionais.

Redação Brasil 247

Trabalhadores da construção civil lidam com cimento em Belo Horizonte, Minas Gerais
6/3/2012  REUTERS/Washington Alves/Arquivo

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Economia

Construção civil tem mercado de trabalho aquecido e reajusta salários acima da inflação

247 - Um assalto violento terminou em tragédia na noite de quarta-feira (4), no bairro do Jardim Paulista, área nobre da Zona Oeste de São Paulo. O engenheiro e empresário Francisco Paulo de Sebe Filippo, de 57 anos, foi morto com um tiro na nuca após ser rendido por quatro criminosos dentro de sua própria casa. As informações são do<a href="https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/06/05/empresario-bem-sucedido-pai-e-dono-de-construtora-quem-era-o-engenheiro-morto-em-casa-por-assaltantes-em-bairro-nobre-de-sp.ghtml"> G1.</a>
Francisco Filippo era um nome respeitado no setor da construção civil paulistana. Nascido em Guaratinguetá, no interior do estado, construiu uma trajetória marcada pelo empreendedorismo, sendo sócio de nove empresas, com destaque para a Construtora Filippo — criada em 1992, ao lado de familiares —, especializada em imóveis de alto padrão.Segundo a Polícia Civil, os assaltantes acessaram a residência por volta das 19h20, utilizando um controle clonado do portão eletrônico da garagem. Após renderem o empresário, permaneceram no imóvel por aproximadamente oito minutos, tempo suficiente para recolher joias e outros pertences de valor. Durante a ação, as câmeras de segurança internas foram desligadas. O corpo do engenheiro foi encontrado pela esposa, que chegou pouco depois com o filho do casal, de apenas cinco anos.
Câmeras externas registraram a fuga dos criminosos, que usavam um carro modelo HB20. O veículo foi abandonado posteriormente no bairro de Moema, também na Zona Sul da capital, e já foi recuperado pelas autoridades. A suspeita é de que os autores integrem uma quadrilha especializada em invasões a residências de luxo.Além do celular da vítima, a perícia encontrou na casa um segundo aparelho, que não pertence a nenhum membro da família e poderá ajudar na identificação dos criminosos. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Nas redes sociais, amigos, familiares e funcionários lamentaram a perda e descreveram Francisco como um homem “amável, esforçado e trabalhador”. A Construtora Filippo, sua principal empresa, tem sede na Avenida São Gabriel, no Jardim Europa, e atualmente comercializa três empreendimentos de luxo em São Paulo, nos bairros da Aclimação, Chácara Klabin e Paraíso. Em seu site, a companhia afirma ter “atuação focada no desenvolvimento de apartamentos arrojados e propriedades para locação em locais de grande potencial de valorização”.
Ao longo de sua carreira, o engenheiro participou de projetos em parceria com escritórios renomados de arquitetura, paisagismo e design de interiores, contabilizando mais de 1.200 unidades habitacionais entregues em mais de duas décadas de atividade.Francisco também foi um dos fundadores da Associação Guaratinguetaense de Engenheiros e Arquitetos (AGEA), que emitiu nota de pesar: “É com pesar que informamos o falecimento do Engenheiro Francisco Filippo, um dos fundadores da AGEA. Destacamos sua grande contribuição à engenharia.”O corpo do empresário foi levado para Guaratinguetá, onde será velado e sepultado. A cidade natal, que viu nascer o engenheiro, agora se despede de um de seus filhos mais ilustres em meio à dor de uma morte brutal.

Laís Gouveia

Sudeste

Empresário da construção civil é morto por assaltantes dentro de casa em bairro nobre de SP

247 - As expectativas dos empresários da construção civil voltaram a crescer, apontando para um cenário mais otimista nos próximos meses. De acordo com a <a href="https://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industria-da-construcao/?utm_source=jor&amp;utm_medium=agn&amp;utm_campaign=noticia&amp;utm_content=textoevideo-fixo">Sondagem Indústria da Construção</a> divulgada nesta terça-feira (27) pela <a href="https://www.portaldaindustria.com.br/cni/?utm_source=jor&amp;utm_medium=agn&amp;utm_campaign=noticia&amp;utm_content=textoevideo-fixo">Confederação Nacional da Indústria (CNI)</a>, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os indicadores referentes a novos empreendimentos, contratações, nível de atividade e aquisição de insumos apresentaram avanço na passagem de abril para maio.
O levantamento, realizado com 313 empresas entre os dias 5 e 14 de maio de 2025, revela que o índice de expectativa para novos empreendimentos e serviços foi o que mais cresceu no período, alcançando 52,8 pontos – uma alta de 2,8 pontos em relação a abril. A mesma pontuação foi registrada pelo índice de expectativa sobre o número de empregados, que subiu 1,6 ponto. O indicador que mede o nível de atividade avançou para 53,4 pontos (mais 1,2 ponto), enquanto a expectativa de compras de insumos e matérias-primas chegou a 52,6 pontos, com crescimento de 0,5 ponto.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, uma das razões para esse aumento de otimismo é a recente reformulação do programa habitacional do governo federal. “A aprovação de novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida em abril, com a ampliação do financiamento habitacional para famílias com renda de até R$ 12 mil e ajustes nas outras faixas, certamente contribuiu para a melhora das perspectivas das empresas do setor”, afirmou.
Investimentos voltam ao radar - Outro dado positivo do estudo está relacionado à intenção de investimento. O índice que mede a disposição do setor para novos aportes subiu 2,5 pontos em maio, alcançando 43,5 pontos – 5,5 pontos acima da média histórica de 38 pontos. Esse movimento é interpretado como um sinal de recuperação do apetite por expansão após meses de cautela.
Apesar das boas perspectivas futuras, os indicadores que retratam o presente da atividade econômica ainda mostram fragilidade. Em abril, o índice de evolução do nível de atividade subiu marginalmente, de 47,2 para 47,3 pontos. Embora esse seja o melhor resultado em seis meses, ele permanece abaixo dos índices de abril de 2024 (48,4) e de 2023 (49,7).
No que se refere ao emprego, o setor não demonstrou alteração. O índice de evolução do número de empregados ficou estagnado em 48,1 pontos, sinalizando estabilidade e distância do patamar de 50 pontos registrado no mesmo mês do ano passado.
Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) manteve-se em 67% pelo sexto mês consecutivo – exatamente o mesmo nível observado em abril de 2024 e um ponto acima do registrado em abril de 2023.
Confiança ainda abaixo do ideal - O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI) apresentou leve melhora, subindo de 47,2 para 48,5 pontos em maio, após crescer 1,3 ponto em relação ao mês anterior. Ainda assim, o indicador segue abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica que o sentimento predominante no setor é de pessimismo – embora menos intenso e menos disseminado do que nos meses anteriores. Já são cinco meses consecutivos com o índice abaixo desse limite.
O recuo do pessimismo é sustentado por uma percepção menos negativa sobre o momento atual e uma melhora nas expectativas para o futuro próximo. O índice de condições atuais avançou 1,2 ponto, atingindo 44 pontos. Ainda que continue refletindo insatisfação, essa elevação indica melhora na leitura do empresariado sobre o desempenho da economia nacional.
O índice de expectativas para os próximos seis meses subiu para 50,7 pontos – ultrapassando a linha dos 50 pela primeira vez em 2025. A elevação de 1,3 ponto em maio reforça a visão de que o setor acredita em uma possível retomada do crescimento no segundo semestre.

Guilherme Levorato

Indústria

Perspectiva melhora na indústria da construção civil e setor volta a projetar crescimento

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
A média dos rendimentos dos trabalhadores da construção civil, medida em salários mínimos, recuou 22% em uma década.&nbsp;
Segundo dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), divulgada nesta quinta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média salarial caiu de 2,7 salários mínimos em 2014 para 2,1 salários mínimos em 2023.
“Essa perda é muito impulsionada pela perda do salário médio do segmento de obras de infraestrutura, que tinha, lá em 2014, 3,7 salários mínimos pagos por pessoa por mês. Esse foi o maior valor da série histórica [iniciada em 2007]. E a gente vê uma perda desse salário pago, ao longo dos anos”, explica o pesquisador do IBGE Marcelo Miranda.
O segmento de obras de infraestrutura – que inclui construções de rodovias, ferrovias e estruturas de água, esgoto e eletricidade –, continua tendo os maiores salários. De 2014 para 2023, no entanto, a perda salarial do segmento chegou a 1,1 salário mínimo (-29%), já que, em 2023, a média salarial ficou em 2,6 salários.
Os segmentos de construção de edifícios e de serviços especializados – como acabamento, demolições, instalações elétricas e preparação de terreno – também tiveram quedas, porém mais moderadas.
Os salários do segmento de construção de edifícios caíram 17%, ao passarem de 2,3 para 1,9 salário mínimo. Já no segmento de serviços especializados a queda foi de 9%, já que passou de 2,2 para 2,0 salários mínimos.
<h2>Empregos</h2>
A pesquisa mostrou que o número de postos de trabalho na construção em 2023 (2,5 milhões) também caiu em relação a 2014 (-15%). No entanto, houve uma recuperação em relação à 2020, ano de início da pandemia de covid-19, com aumento de 25%.
Em relação a 2014, apenas o segmento de serviços especializados teve crescimento (4%), enquanto os demais tiveram queda: construção de edifícios (-29%) e obras de infraestrutura (-20%).
A PAIC traz dados de 2023. Os dados mais recentes sobre emprego e renda na construção civil são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que indicam que, no primeiro trimestre deste ano, o rendimento médio do trabalhador manteve-se estável em relação ao último trimestre de 2024, mas cresceu 5,7% na comparação com o primeiro trimestre daquele ano.
Já em relação aos postos de trabalho, a Pnad mostra que no primeiro trimestre deste ano, o setor da construção manteve-se estável em relação ao primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o último trimestre daquele ano, houve uma perda de 5% dos postos de trabalho, ou seja, quase 397 mil empregos a menos.
<h2>Produtos</h2>
As 165,8 mil empresas da construção movimentaram um valor total de R$ 484,2 bilhões em 2023. As construções residenciais representaram 22% do total, em 2023. Os serviços especializados e a construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais responderam por aproximadamente 20% do total, cada um.
As regiões Sudeste e Nordeste continuaram liderando entre as regiões com maior valor da construção, representando 49,8% e 18,1% do total nacional, respectivamente.&nbsp;
Contudo, ambas tiveram perdas na participação no total nacional em relação a 2014, quando as regiões respondiam por 52,4% e 18,6%, respectivamente. A região Norte também caiu, ao passar de 6,9% para 6,5%.
Já a Região Sul foi a que mais ampliou sua participação no mercado da construção nacional, ao subir de 12,8% para 16,2% no período. O Centro-Oeste subiu de 9,3% para 9,4%.

Leonardo Sobreira

IBGE: salário na construção recua 22% em 2023, na comparação com 2014

247 - O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura (SINICON) lança nesta terça-feira (20) o podcast Caminhos, uma iniciativa que visa aprofundar as discussões sobre os principais desafios e oportunidades do setor, conectando especialistas, empresários, autoridades e formadores de opinião em conversas estratégicas para o desenvolvimento do país. O setor de construção civil cresceu 4,1% em 2024 e fechou o ano com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 359,523 bilhões. De acordo com informações divulgadas em março pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foram criadas mais de 230 mil novas vagas formais entre janeiro e outubro de 2024.
O episódio de estreia traz uma entrevista exclusiva com Rafael Lucchesi, CEO da Tupy. “De 5% de participação no mercado mundial de engenharia, o Brasil passou a representar apenas 0,5%. Isso é um colapso”, afirmou ele, que também foi diretor da CNI e presidente do Conselho de Administração do BNDES.&nbsp;
De acordo com a CBIC, o aumento acima de 4% é consequência de fatores como o aquecimento do mercado imobiliário pela retomada de obras do Programa Minha Casa, Minha Vida; obras em função do ano eleitoral (2024), e o crescimento da economia brasileira. Em 2024, o valor do PIB (Produto Interno Bruto) subiu 3,4% e fechou o ano em R$ 11,7 trilhões.
Segundo ele, a interrupção da política de crédito à exportação, em 2015, comprometeu o protagonismo do país em setores estratégicos como energia, infraestrutura e transporte. “Estamos encolhendo a economia ao abrir mão de um instrumento legítimo e eficaz”, completa.
Durante o episódio, Lucchesi também discute os impactos econômicos e sociais dessa retração, defende a retomada de políticas públicas estratégicas e analisa os avanços do PL 5719/2023, projeto de lei que propõe um novo marco legal para o crédito à exportação.
“A proposta do podcast é trazer conteúdo técnico com linguagem acessível, promovendo um espaço de troca e reflexão sobre como a infraestrutura pode ser vetor de transformação econômica e social no Brasil”, afirma Humberto Rangel, diretor executivo do SINICON.
A primeira temporada do Caminhos contará com 10 episódios, abordando temas como política industrial, transição energética, sustentabilidade, concessões, inovação tecnológica e os desafios do planejamento nacional.&nbsp;
Cada episódio trará convidados de diferentes áreas para contribuir com visões complementares, reforçando o compromisso do SINICON com o fortalecimento da engenharia brasileira e com a construção de um ambiente mais competitivo, moderno e estratégico para o país.

Leonardo Lucena

Brasil mira retomada do protagonismo na engenharia global e SINICON lança podcast para debater soluções para o setor

247 - Em discurso durante a abertura do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu a condução econômica do governo Lula (PT). De acordo com o ministro, o Brasil tem muito a ganhar com um maior apoio e aporte à construção civil, classificando o setor como "estratégico e fundamental" para o crescimento do país.
"Estamos fazendo muita coisa além da reforma tributária em parceria com o setor", afirmou Haddad. Ele destacou a relevância do Marco de Garantias, uma medida que pode, segundo ele, "efetivamente contribuir ainda mais" para o avanço do setor. O ministro também fez uma análise sobre o papel do consignado privado, apontando que, apesar de à primeira vista não parecer relacionado diretamente à construção civil, ele pode ser uma ferramenta útil quando combinado com melhorias no sistema de FGTS. "Pensem vocês no aperfeiçoamento que poderíamos fazer em seguida na questão do FGTS", sugeriu.
O ministro reforçou que a preservação dos recursos do FGTS é um "pleito do setor", que, em sua visão, é absolutamente justo, e apontou a necessidade de garantir esses recursos para fomentar o investimento. Haddad ainda adiantou que o governo está trabalhando em uma solução que preserve o direito dos trabalhadores ao crédito barato, ao mesmo tempo em que mantém o estoque de poupança disponível para impulsionar novos investimentos. "Estamos encontrando este caminho, construindo juntos. Penso que, em breve, teremos boas novas para divulgar, no sentido de buscar esse equilíbrio entre a poupança nacional em proveito deste investimento e aquilo que é direito das pessoas de, eventualmente, ter acesso a uma linha de crédito mais barata", explicou o ministro.
Sobre o atual cenário econômico, Haddad reconheceu que o governo enfrenta desafios, especialmente com a taxa Selic em um patamar elevado. "Temos uma tarefa ainda que não foi possível realizar. Estávamos com a Selic embicando para baixo um ano atrás e hoje estamos com a Selic num patamar muito elevado", comentou. No entanto, ele reafirmou o compromisso do Ministério da Fazenda em avançar nas reformas necessárias para estimular a economia.
Um dos projetos que ainda está em foco, de acordo com o ministro, é a promoção do mercado secundário de créditos imobiliários. Haddad reconheceu os avanços em áreas como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e o marco de garantias, mas afirmou que é essencial fomentar o mercado secundário de títulos imobiliários para garantir "vida longa ao crédito barato" e dar o devido impulso à indústria da construção civil. "Realmente, não gostaria de deixar o Ministério da Fazenda sem acertar o lance do mercado secundário dos créditos imobiliários", concluiu.

Haddad vê poupança e crédito barato como caminhos para fortalecer a construção civil

247 – A construção civil da Argentina registrou uma queda histórica de 27% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O número é o pior desempenho já registrado para o setor no mês analisado.
Além da retração na atividade, o número de empregos na construção civil também caiu. No início de 2023, cerca de 470 mil trabalhadores argentinos estavam empregados no setor, número que despencou para menos de 390 mil em dezembro.
De acordo com o Indec, a indústria do país também apresentou queda, encolhendo 9,4% em 2024. Entre os empresários industriais entrevistados pelo instituto, 40% acreditam que a demanda interna continuará igual, e 33% acham que piorará.

Presidente da Argentina, Javier Milei, discursa em evento, em Montevidéu, no Uruguai - 06/12/2024

América Latina

Construção civil na Argentina registra queda de 27% em 2024

247 - A consciência crescente em torno da importância da sustentabilidade na construção civil é resultado da mudança do comportamento do consumidor em todo o planeta. Muitas pessoas, inclusive, preferem pagar mais por imóveis que tragam soluções “verdes”. É o que demonstram inúmeras pesquisas internacionais como o relatório divulgado no ano passado da Domain, renomada empresa australiana do mercado imobiliário, que revelou que compradores de imóveis naquele país já estão dispostos a pagar até 53% a mais por residências com soluções sustentáveis do que por propriedades tradicionais e que recursos de eficiência energética estão se tornando uma necessidade.
O Brasil também tem percebido o aumento do interesse de consumidores por imóveis que tragam sistemas “verdes”. Como base em comparativos e constantes estudos realizados pela construtora de luxo catarinense <a href="https://edifyone.com.br/">Edify One</a>, localizada em Itapema/SC, cidade com o segundo metro quadrado mais valorizado do país, especialistas confirmam que é crescente a busca e preferência de pessoas por imóveis inovadores, de qualidade e que agreguem características que minimizem impactos ao meio ambiente e que contribuam com a qualidade de vida. Dessa forma, a valorização de imóveis com tecnologias que reduzem o consumo de energia elétrica, aproveitamento de água e conforto térmico pode até superar o percentual de 30% comparado com imóveis sem esses recursos, além do menor tempo na hora da revenda.
Além disso, estudo recente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e da Brain Inteligência Estratégica, realizado no Brasil e divulgado em 2024, revela que 56% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por imóveis que incorporam sistemas de reutilização de água da chuva. Esses dados refletem uma demanda que busca não apenas a estética e o conforto, mas também a responsabilidade ambiental em suas escolhas de investimento, além de rentabilidade. 
Globalmente, a tendência é robusta. Pesquisas indicam que o mercado de materiais de construção sustentáveis deverá crescer a uma taxa composta anual (CAGR) de mais de 12,73% entre 2024 e 2033, segundo dados da norte-americana Precedence Research. O aumento acelerado da conscientização sobre as questões ambientais, a preferência dos consumidores por edifícios sustentáveis e os avanços tecnológicos, que tornam as soluções verdes mais acessíveis, são fatores que justificam o crescimento. A legislação, em termos globais, também desempenha um papel importante nesse cenário com normas que incluem práticas “verdes” e, em alguns casos, gerando facilidades na aquisição ou no financiamento de equipamentos do gênero.

Brasil Sustentável

Construções com soluções "verdes" podem valorizar 30% a mais do que as tradicionais

247 - A frota de veículos elétricos e híbridos vem crescendo no Brasil e, somente em 2024, foram emplacados 177.358 veículos leves eletrificados no país, 89% a mais do que em 2023, segundo informações da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). E para atender a esta demanda crescente por eletricidade, os novos projetos residenciais passaram a contemplar pontos de recarga - que podem ser individuais ou compartilhados - nas garagens.
“Esta é uma tendência que já vinha sendo observada nos imóveis comerciais há alguns anos, mas agora ganha mais destaque nos projetos residenciais, tornando o uso de veículos elétricos mais fácil no dia a dia”, explica Mauricio Wildner da Cunha, engenheiro civil da Construtora Andrade Ribeiro, que desde 2018 vem investindo em pontos de recarga em seus empreendimentos.
Ele lembra que além de ser um diferencial no mercado, a disponibilidade de pontos de recarga nos novos condomínios incentiva os moradores a adotarem veículos menos poluentes, contribuindo assim para a redução da emissão de carbono e para o crescimento da eletromobilidade no país. “Esse tipo de iniciativa ganha ainda mais sentido quando a energia utilizada para a recarga dos veículos vem de fontes alternativas como a solar e a eólica, por exemplo. Desta maneira, é fundamental pensar em soluções de sustentabilidade em todas as etapas do projeto, estimulando a economia de baixo carbono”, destaca Mauricio Wildner da Cunha.
As vagas especiais destinadas ao carregamento elétrico dos veículos podem ser de carregamento no sistema ‘full’ ou com controladores de demanda. No edifício Seventy Upper Mansion, por exemplo, empreendimento de alto padrão da Construtora Andrade Ribeiro em Curitiba, o carregamento de veículos elétricos atende a todos os apartamentos, no sistema ‘full’. O edifício conta com previsão de medidores de carregamento elétrico individualizados para as vagas, fornecidos diretamente pela concessionária de energia, trazendo mais agilidade e comodidade aos moradores.
Mauricio Wildner da Cunha reforça que a demanda por pontos de recarga vai além do mercado de luxo. “Com a entrada de novas montadoras no país, os veículos elétricos estão mais acessíveis e, por isso, os projetos voltados à moradia popular e de médio padrão também precisam contar com a infraestrutura necessária para atender à necessidade dos moradores que queiram ter um veículo elétrico. Na linha Bliss, por exemplo, que lançamos recentemente com foco na classe média, há opções de empreendimentos contemplando o regime de vagas com previsão de carregadores com controle de demanda e medição individualiza pelo condomínio, e empreendimentos com previsão de vagas individuais com carregamento ‘full’ e medição individualizada diretamente pela concessionária de energia”, afirma.
De acordo com dados mais recentes divulgados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a frota de veículos elétricos e híbridos cresceu 787% em cinco anos, passando de 32.798 em 2019 para 291.089 unidades em 2023.

Com aumento da frota, eletromobilidade ganha destaque na construção civil

247 – De acordo com a Sondagem Indústria da Construção divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (19), os empresários do setor de construção encerram 2024 com perspectivas positivas para o ano seguinte. A pesquisa revelou que, em dezembro, todos os indicadores de expectativa do setor para os próximos meses apresentaram crescimento.
O índice de expectativa de nível de atividade subiu 1,8 ponto, alcançando 53,8 pontos. O índice de novos empreendimentos e serviços também teve um aumento significativo de 2,1 pontos, totalizando 53,8 pontos. Além disso, o indicador de número de empregados cresceu 0,5 ponto, atingindo 52,5 pontos, e a expectativa de compras de insumos e matérias-primas subiu 0,3 ponto, alcançando 51,4 pontos.
“O ano de 2024 foi bastante positivo para a construção. A gente encerra o ano com otimismo, mas com certa cautela, porque existem problemas no horizonte que podem afetar a atividade do setor em 2025 e tirar esse ímpeto tão positivo, como a taxa de juros e a elevação de custos, que os empresários já estão percebendo”, avaliou Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
Apesar do otimismo, a pesquisa também aponta desafios que podem impactar o setor no próximo ano. A taxa de juros elevada e os custos crescentes são fatores que os empresários já estão observando e que podem mitigar as projeções positivas para 2025.
Segundo a Sondagem Indústria da Construção, o índice de intenção de investimento variou apenas 0,1 ponto entre novembro e dezembro, situando-se agora em 45,9 pontos, o que representa um aumento de 8,1 pontos acima da média histórica da série, de 37,8 pontos.
Confiança recua em dezembro
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção apresentou uma queda de 53,8 pontos em novembro para 51 pontos em dezembro, refletindo uma confiança mais modesta por parte dos empresários. A CNI explicou que o resultado do ICEI de dezembro é resultado da piora na avaliação das condições atuais e das expectativas futuras dos empresários.
Em novembro, o índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção atingiu 49,7 pontos, 2,8 pontos acima da média histórica para o mês, indicando uma avaliação melhor do que o usual por parte dos empresários do setor. O índice de evolução do número de empregados também ficou em 47,8 pontos, 2,5 pontos acima da média histórica, sinalizando uma percepção positiva em relação ao emprego.
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) diminuiu de 70% para 67% entre outubro e novembro, mas ainda se mantém em um patamar elevado, três pontos percentuais acima da média histórica.
Com esses indicadores, a indústria da construção se prepara para enfrentar 2025 com otimismo, mas atenta aos possíveis desafios econômicos que poderão influenciar o desempenho do setor.

Empresários da construção demonstram otimismo para 2025

247 - O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil no Brasil deverá registrar um crescimento de 4,1% em 2024, superando as previsões iniciais da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), destaca o <a href="https://es.estadaoconteudo.com.br/midia/">Estadão Conteúdo</a>. A economista da entidade, Ieda Vasconcelos, destacou que o desempenho da indústria foi acima das expectativas e que "durante o ano fomos surpreendidos com algumas notícias positivas". Este é o quarto ajuste para cima nas projeções de crescimento, que começaram com uma estimativa de 1,3% no início de 2024.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor já cresceu 4,1% nos três primeiros trimestres de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Vasconcelos atribuiu esse desempenho ao dinamismo da economia brasileira e ao mercado imobiliário, que continua aquecido, impulsionado pelo aumento do emprego e da renda no país.
Além disso, a demanda por imóveis seguiu forte, com 259.863 unidades lançadas nos nove primeiros meses do ano, um aumento de 17,3% em relação ao ano anterior. As vendas , de acordo com a reportagem, também subiram 19,7%, totalizando 292.557 unidades, indicando um mercado com mais vendas do que lançamentos, um sinal de alta demanda. Outro fator que contribuiu para o crescimento do PIB da construção foi o aumento de 5,3% na produção de materiais, que foi impulsionado, entre outros fatores, pelas reformas e pequenas obras realizadas pelas famílias.
Investimentos em obras públicas, especialmente em função das eleições municipais, também desempenharam um papel importante nesse desempenho positivo. Até outubro, o setor gerou 230,8 mil novas vagas de emprego, com o número total de trabalhadores na construção civil atingindo 2,978 milhões, se aproximando do recorde histórico de 3,063 milhões, registrado em 2014.

PIB da construção civil surpreende com alta de 4,1% em 2024, diz CBIC

247 – Durante o segundo Fórum Brasil, realizado pelo Lide em parceria com a TV 247, em Brasília, o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) abordou os principais desafios para o financiamento da construção civil e a transição energética nas cidades brasileiras. Em sua fala, o parlamentar destacou os entraves enfrentados pelo setor e defendeu maior colaboração entre os setores público e privado para impulsionar a transformação urbana e energética.
“O setor da construção civil cresce cerca de 3% ao ano, mesmo em um ambiente de negócios desafiador, marcado por altas taxas de juros e insegurança jurídica”, afirmou Nascimento. Ele ressaltou o impacto da política monetária no setor, mencionando que a taxa básica de juros, atualmente em 11,25% ao ano, deve subir para 12,25% em 2025, segundo projeções do Banco Central. “Trata-se de um nível que dificulta a vida de qualquer agente econômico, especialmente os da cadeia da construção.”
O deputado também enfatizou o papel das cidades na transição energética, destacando a importância de ações que promovam a sustentabilidade. “Cerca de 70% das emissões energéticas globais acontecem nas cidades. As regiões metropolitanas são particularmente vulneráveis, pois possuem grande infraestrutura exposta a extremos climáticos e alta concentração de população de baixa renda”, explicou.
Elmar Nascimento pontuou que o financiamento de projetos sustentáveis e a adaptação das cidades às mudanças climáticas exigem uma combinação de recursos públicos e privados. Ele mencionou iniciativas como o Programa Acredita, que originou a Lei 14.995/2024, e o Ecoinvest Brasil, voltado para atrair capital externo para a transformação ecológica. “É fundamental integrar esforços, utilizando parcerias público-privadas, fundos internacionais e modelos inovadores de financiamento, como títulos sustentáveis”, disse.
Entre as propostas debatidas, o deputado destacou a importância de regulamentações voltadas para a transição energética, como o marco regulatório do mercado de carbono, a Lei do Combustível do Futuro e projetos para produção de hidrogênio de baixa emissão. Ele também ressaltou que as cidades inteligentes são um caminho promissor para o desenvolvimento sustentável. “Precisamos criar condições estruturais para transformar o ambiente urbano, promovendo mobilidade sustentável, eficiência energética e combate à pobreza energética”, afirmou.
A fala de Elmar Nascimento reforçou o compromisso do Legislativo com a sustentabilidade e a adaptação climática. “O pacto pela transformação ecológica, estabelecido entre os três poderes, demonstra nosso compromisso de longo prazo. A responsabilidade fiscal deve ser encarada como um valor de nossa sociedade, essencial para viabilizar essas transformações”, concluiu. Assista:
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