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      Exportações brasileiras disparam no Porto de Santos às vésperas do tarifaço de Trump

      Embarques de carne e café crescem antes da nova tarifa dos EUA. Movimento de caminhões aumenta 70% na região portuária

      Navios no Porto de Santos 01/05/2024 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: Amanda Perobelli)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Às vésperas da aplicação de tarifas mais altas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as exportações brasileiras dispararam no Porto de Santos, em São Paulo. Segundo o Metrópoles, nas duas primeiras semanas de julho houve um aumento expressivo nos embarques de proteínas animais e café, impulsionando também o tráfego de caminhões na região portuária.

      Dados divulgados pela Autoridade Portuária de Santos mostram que os embarques de carnes bovina, de frango, suína, miúdos e outras proteínas animais — todos medidos por contêiner — cresceram 96% no período. Já as exportações de café, com forte demanda dos Estados Unidos, registraram alta de 17%.

      Outro destaque foi a exportação de celulose: foram embarcadas 50 mil toneladas, um volume superior ao registrado nos meses anteriores, segundo a administração do porto. O aumento no ritmo das exportações fez com que o tráfego de caminhões na área do porto de Santos crescesse 70%.

      Medida tarifária dos EUA impacta comércio bilateral - O forte movimento é resultado direto da corrida dos exportadores para antecipar remessas antes que entre em vigor, no dia 1º de agosto, a nova tarifa imposta pelo governo Trump. Anunciada em 9 de julho, a medida estabelece uma alíquota de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos.

      Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, ficando atrás apenas da China. Já o Porto de Santos, principal terminal portuário da América Latina, é responsável por cerca de 30% da corrente comercial do Brasil, o que o torna peça-chave na logística de exportações nacionais.

      Reação e expectativa no setor exportador - O movimento acelerado nos embarques revela a preocupação do setor exportador com os impactos da nova política tarifária norte-americana. A busca por antecipar contratos e entregas demonstra o receio de perda de competitividade frente a concorrentes de outros países, especialmente no setor de proteínas e commodities.

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