Campos Neto defende alta da Selic a 15% e diz: "eu teria feito a mesma coisa"
Ex-presidente do Banco Central alega que ajuste era necessário para recuperar credibilidade e combater expectativas de inflação fora da meta
247 - Ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que comandou a instituição entre 2019 e 2024, saiu em defesa da recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 15% ao ano, maior patamar registrado desde 2006.
Segundo Campos Neto, apesar das críticas que recebeu por parte do governo Lula (PT) durante sua gestão no comando da autarquia, ele teria tomado a mesma decisão que o atual Copom. "Eu poderia falar: ‘viu? Me criticaram tanto e agora a taxa está maior’. Mas minha honestidade intelectual não me deixa embarcar nessa. Eu teria feito a mesma coisa", afirmou a Andréia Sadi, do g1.
Para ele, a elevação dos juros foi uma resposta necessária. "Acho que o ganho de credibilidade frente ao custo monetário era claramente favorável a este último ajuste, dada a necessidade de reverter as expectativas desancoradas", argumentou o ex-dirigente.
A decisão do Copom foi justificada, em nota oficial, como uma tentativa de frear a alta nas projeções de inflação, que vêm se afastando da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A sinalização é de que a autoridade monetária busca reconquistar a confiança dos agentes econômicos, mesmo ao custo de um aperto monetário severo.
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