'Brasil pode crescer na média ou acima da média mundial', diz Haddad
Ministro da Fazenda aponta reformas estruturais e defende consistência fiscal para ampliar potencial de crescimento do país
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (29) que o Brasil tem condições de crescer no mesmo ritmo ou até acima da média mundial nos próximos anos. A declaração foi feita durante evento promovido pelo Itaú, em São Paulo, onde o ministro destacou o impacto das reformas em andamento na economia.
Segundo Haddad, a implementação de mudanças em áreas estratégicas cria um ambiente favorável para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) potencial. "A quantidade de reformas que estão vindo – da economia digital, da economia verde, do setor de seguros, do crédito, tributária –, uma quantidade enorme de reformas que estão criando um ambiente que vai fazer o PIB potencial se ampliar. O Brasil saiu de um PIB potencial de 1,5% para 2,5%. Não há razão para não crescermos mais. Podemos crescer na média ou acima da média mundial, como aconteceu nos dois mandatos do presidente Lula", afirmou.
Consistência fiscal e arcabouço
O ministro reforçou que a política econômica continuará alinhada ao arcabouço fiscal e às metas definidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). "Vamos continuar perseguindo as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal e pela LDO", disse.
Haddad destacou ainda que o equilíbrio fiscal não está sendo buscado por meio da venda de ativos públicos, mas sim por um processo gradual e sólido. "Não estamos fazendo equilíbrio fiscal vendendo patrimônio público, porque isso se esgota. Estamos tentando fazer uma coisa gradual, mas consistente", ressaltou.
Desafios históricos
O titular da Fazenda também fez referência às dificuldades enfrentadas pelo país na última década. "Começamos a perder a base fiscal em 2014. São 12 anos em que a Fazenda não enfrentou o debate. Nós enfrentamos, e isso é muito desgastante", declarou.
As falas de Haddad indicam que o governo aposta em reformas estruturais e em disciplina fiscal como pilares para sustentar o crescimento econômico do Brasil e aproximá-lo do desempenho das principais economias globais.