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Haddad diz que reforma do IR está “madura” e defende “imposto mínimo” como compensação

Ministro da Fazenda afirma que isenção até R$ 5 mil será cumprida e aposta em tributação mínima de 10% sobre super-ricos

Ministro Fernando Haddad (Foto: Jorge Silva/Reuters)

247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (29) que a reforma do Imposto de Renda está em estágio avançado de discussão no Congresso Nacional. As declarações foram dadas durante evento promovido pelo Itaú, em São Paulo.

Segundo Haddad, a proposta do governo já foi assimilada de forma positiva pelos parlamentares e demais setores envolvidos. “A discussão está madura no Congresso. Câmara e Senado ainda estão se acertando, mas a proposta que o governo fez foi sendo compreendida e bem recebida pelos atores de uma maneira geral”, disse o ministro.

Isenção prometida por Lula

Haddad destacou que a isenção do IR até R$ 5 mil, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será implementada. “A ideia de isentar até R$ 5 mil é antiga. O presidente Lula resolveu, como sempre, cumprir sua promessa de campanha”, afirmou.

Compensação com imposto mínimo

O ministro também apresentou uma medida considerada “promissora” para equilibrar a perda de arrecadação decorrente da isenção: a criação de um imposto mínimo sobre rendas elevadas que hoje não são tributadas.

“A ideia que surgiu no Ministério para compensar me parece promissora. A ideia de um IR mínimo no país. Pessoas com uma renda alta, diante das condições socioeconômicas do Brasil, não tributada, essa renda passa a enfrentar um imposto mínimo de 10%. É um imposto que leva em consideração o tributo que é pago pela pessoa jurídica”, explicou Haddad.

A proposta busca assegurar maior justiça tributária, evitando que indivíduos de alta renda escapem completamente da contribuição ao fisco, ao mesmo tempo em que mantém o compromisso de ampliar a faixa de isenção para os trabalhadores.

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