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Após derrubada de MP, Haddad e Randolfe discutem saída fiscal com Alcolumbre

Rejeição da MP cria rombo de R$ 46 bi e governo busca recomposição de despesas com apoio do Senado

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quarta-feira (15) que a prioridade imediata das negociações com o Parlamento é recompor os cortes de despesas previstos na Medida Provisória (MP) rejeitada nesta semana. A proposta, que buscava substituir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) por novas formas de arrecadação, foi derrubada pelo Congresso, impondo ao governo o desafio de cobrir um rombo de R$ 46 bilhões em dois anos.

Segundo o jornal O Globo, Randolfe se reuniu em Brasília com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir alternativas. “A prioridade é buscarmos salvar da anterior medida provisória 1303 pelo menos o que é consensual. A parte relativa às despesas era algo consensual. Nós queremos debater com o Congresso quais as alternativas para resolver essa parte relativa à despesa, que inclusive era dois terços sobre o conteúdo dessa medida provisória. O presidente Davi se colocou à disposição para construir uma solução”, afirmou o senador.

Rombo de R$ 46 bilhões pressiona equipe econômica

A rejeição da MP deixou em aberto a recomposição fiscal. Além da frustração na arrecadação, o governo perdeu a possibilidade de aplicar cortes de gastos que já estavam planejados. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que deveria trazer clareza sobre o cenário fiscal, segue parado na Comissão Mista de Orçamento, após nova suspensão da votação a pedido de Haddad.

Haddad reforça articulação com Congresso

Na terça-feira (14), em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro da Fazenda destacou que já recebeu sinais de apoio de parlamentares para reverter parte dos efeitos da rejeição da MP. “Estamos aguardando a volta do presidente da República. Amanhã devemos começar a trabalhar o tema. Mas já recebi de vários parlamentares acenos no sentido de corrigir o que aconteceu”, declarou Haddad.

Ele também negou que o governo esteja considerando alterar a meta fiscal de 2026. “Não, a mudança da meta não está na mesa. Cada cenário tem uma consequência. Eu preciso explicar para ele (Davi Alcolumbre) quais vão ser as consequências de cá”, disse o ministro.

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