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      Ações da Embraer disparam novamente com alívio tarifário dos EUA

      Empresa brasileira sobe mais de 6% após isenção parcial de tarifas sobre exportações, revertendo perdas causadas por temor de sanções comerciais

      Linha de produção da Embraer (Foto: Claudio Capucho/Divulgação)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - As ações da Embraer (EMBR3) voltaram a se destacar positivamente no Ibovespa nesta quinta-feira (31), impulsionadas pela notícia de que os Estados Unidos irão aplicar tarifas reduzidas sobre a importação de aeronaves brasileiras. A informação foi publicada originalmente pelo InfoMoney.

      Por volta das 11h22 (horário de Brasília), os papéis da companhia registravam valorização de 6,50%, cotados a R$ 81,21. O movimento de alta ocorre após a disparada de quase 11% na véspera, revertendo parte das perdas acumuladas desde a ameaça de imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, medida anunciada recentemente pelo governo do presidente Donald Trump.

      De acordo com a Genial Investimentos, a decisão do governo norte-americano de incluir aeronaves comerciais da Embraer na lista de exceções tarifárias representa uma redução significativa no risco operacional da companhia. “A isenção é uma notícia altamente positiva para a Embraer, que tinha potencial de sofrer um impacto de até 5–6 pontos percentuais na margem EBIT caso as tarifas fossem integralmente aplicadas”, avaliou a casa.

      O mercado havia precificado de forma parcial os efeitos de uma alíquota cheia. Desde o dia anterior ao anúncio das tarifas até o fechamento do pregão anterior, as ações da Embraer recuaram cerca de 17%, segundo cálculos do Bradesco BBI. Com a confirmação de que a taxa incidente será de apenas 10%, os analistas consideram que o “risco é novamente significativamente reduzido”.

      A exposição da fabricante brasileira ao mercado americano é elevada: aproximadamente 30% da receita da companhia provém dos Estados Unidos. Por isso, a aplicação plena das tarifas teria impacto expressivo nos resultados. O Bradesco BBI estima que, em um cenário extremo, o lucro operacional (EBIT) da Embraer poderia ser afetado em até 35% em 2025, ou cerca de 60% ao longo de 12 meses.

      Apesar de aeronaves militares como o cargueiro C-390 Millennium e o avião de ataque leve Super Tucano não estarem isentas das tarifas, o banco pondera que isso não representa um problema imediato. “A Embraer não possui C-390 ou Super Tucanos em carteira para os EUA e entrar nesse mercado é mais uma opcionalidade do que uma realidade”, explicam os analistas.

      Embora o ambiente geopolítico e comercial siga instável, com a manutenção de tensões entre países, o alívio tarifário anunciado por Washington foi interpretado pelo mercado como uma importante sinalização de confiança no setor de aviação comercial e no papel da Embraer como fornecedora global. “A confirmação de que um dos principais mercados da companhia não será diretamente penalizado representa uma importante remoção de risco”, concluiu a Genial.

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