Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com um declínio tímido nesta quarta-feira, em meio à análise de decisão e perspectivas econômicas do banco central dos Estados Unidos e tendo o conflito entre Irã e Israel ainda no radar, enquanto Embraer foi destaque de alta com notícias positivas da Paris Air Show.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com decréscimo de 0,15%, a 138.625,79 pontos, de acordo com dados preliminares, após uma sessão sem sinal único, na qual marcou 138.443,11 pontos na mínima e 139.160,55 pontos na máxima do dia.
O volume financeiro nesta véspera de feriado, também marcada pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, somava R$20,46 bilhões antes dos ajustes finais.
Agentes financeiros ainda aguardam a decisão de juros do Banco Central no Brasil nesta quarta-feira, sem consenso sobre o desfecho da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) -- se uma alta de 0,25 ponto percentual ou estabilidade dos atuais 14,75% ao ano.

Leonardo Lucena

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Economia

Ibovespa fecha em leve queda e Embraer registra alta

Reuters- A Embraer anunciou nesta quarta-feira que o Ministério da Defesa Nacional da Lituânia anunciou a seleção do Embraer C-390 Millennium como a aeronave de transporte militar de próxima geração do país.
De acordo com a fabricante brasileira de aviões, a decisão abre caminho para a aquisição de três C-390 e marca um passo significativo no aprimoramento da prontidão operacional e da interoperabilidade da Lituânia com outros membros da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O acordo, segundo a Embraer, incluirá cooperação industrial que fornecerá capacidades de MRO (Manutenção, Reparo e Revisão), coprodução de peças e parcerias com institutos de pesquisa.

Paulo Emilio

Lituânia seleciona C-390 Millennium da Embraer como aeronave de transporte militar

247 - A Embraer informou nesta segunda-feira (16) que Portugal decidiu comprar uma sexta aeronave KC-390 Millennium, de acordo com informações da agência O Estado de São Paulo.
O governo português também planeja incluir no contrato atual dez opções de compra, com o objetivo de viabilizar futuras aquisições por países europeus ou membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por meio de acordos entre Estados, destacou a empresa em comunicado.
"Isto permitirá o aumento da interoperabilidade e cooperação com novos operadores da aeronave KC-390, com benefícios na redução de custos associados a treinamento, apoio logístico e ciclo de vida e o crescente envolvimento e desenvolvimento do cluster aeronáutico português", justifica a Embraer.

Leonardo Sobreira

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Embraer vende 6ª aeronave KC-390 Millennium a Portugal

247 - A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer com ações negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE), oficializou nesta segunda-feira (17) um acordo vinculativo com a Revo, operadora de mobilidade aérea urbana com sede em São Paulo, e sua controladora, a Omni Helicopters International (OHI).&nbsp;
Segundo o <a href="https://es.estadaoconteudo.com.br/midia/">Estadão Conteúdo</a>, o contrato, avaliado em US$ 250 milhões — o equivalente a R$ 1,35 bilhão —, estabelece a aquisição de até 50 aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL). Além dos veículos, o acordo inclui o fornecimento de soluções completas para entrada em operação e suporte pós-venda, marcando a entrada definitiva da Eve no mercado de mobilidade aérea urbana.
A previsão é que a primeira aeronave seja entregue no último trimestre de 2027. A Revo assumirá o papel de pioneira no lançamento comercial dos eVTOLs da Eve, posicionando-se na vanguarda da transformação da aviação urbana no Brasil.
Além das aeronaves, o contrato contempla uma plataforma integrada de serviços. Entre os destaques está o portfólio TechCare, desenvolvido pela Eve para promover maior eficiência operacional e suporte técnico aos clientes.
Com mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil pousos e decolagens por dia em São Paulo, a Revo já figura como uma das principais operadoras do setor e se prepara para dar um salto tecnológico com a adoção dos veículos elétricos.
“Este contrato com a Revo e a OHI é um passo fundamental para a Eve, demonstrando a crescente confiança do mercado em nossa tecnologia e modelo operacional”, declarou o CEO da Eve, Johann Bordais. Segundo ele, a transição do conceito à implementação concreta dos eVTOLs fortalece o plano comercial da empresa e colabora para o desenvolvimento de um ecossistema urbano de mobilidade aérea mais sustentável.
Do lado da operadora, o CEO da Revo, João Welsh, destacou a maturidade e a confiabilidade do projeto da Eve. “Atribuímos a escolha da Eve Air Mobility à maturidade do projeto, à estrutura completa de suporte e à excelência da Embraer no setor aeroespacial”, afirmou. Ele acrescentou que as aeronaves serão decisivas para viabilizar a estratégia da empresa de transformar a mobilidade aérea nas grandes cidades.

Protótipo do eVTOL foi apresentado na 45ª edição do Farnborough Airshow, na Inglaterra

Eve fecha contrato de US$ 250 mi com Revo para 50 "carros voadores"

247 - O reconhecimento oficial do avião de ataque leve A-29 Super Tucano pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi celebrado como um passo estratégico para a Embraer. A inclusão da aeronave no sistema de catalogação da Otan (Nato Codification System) amplia significativamente as possibilidades de exportação do modelo para os países-membros da aliança, destaca o <a href="https://www.infomoney.com.br/mercados/embraer-a-29-super-tucano-e-reconhecido-pela-otan-e-abre-caminho-para-pedidos/">Infomoney</a>.
O A-29 passa agora a figurar com o código SOC, o que permite maior integração logística com os exércitos aliados, além de facilitar o compartilhamento de informações técnicas e operacionais.&nbsp;
O Bradesco BBI &nbsp;já havia apontado em relatório anterior — intitulado “Plano ReArm Europe cria oportunidade de crescimento para mais de 50 C-390 Millennium” — que o programa de reequipamento das forças europeias poderia gerar novos contratos para o KC-390, outro modelo da Embraer. Agora, com o reconhecimento do Super Tucano, a instituição financeira projeta que esse movimento pode se estender também à aeronave de ataque leve.

Otan reconhece A-29 Super Tucano e abre portas para novos contratos da Embraer

247 – O Brasil será o centro das atenções do setor aéreo global no próximo ano. A Latam Airlines, em parceria com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), anunciou que será a anfitriã da 82ª Reunião Geral Anual (AGM) e da Cúpula Mundial de Transporte Aéreo (WATS), o maior e mais importante evento da aviação mundial, que acontecerá no Rio de Janeiro em junho de 2026. A informação foi antecipada nesta segunda-feira (2) durante a Assembleia Geral de 2025 da IATA, realizada em Nova Délhi, na Índia.
O encontro reunirá cerca de 1.700 executivos de alto escalão de 350 companhias aéreas de todo o mundo, além de representantes de governos, fabricantes — incluindo a brasileira Embraer — e outros atores da cadeia de valor da aviação. Desde 1946, a AGM é realizada anualmente em diferentes partes do mundo, e esta será apenas a segunda vez que o Brasil sediará o evento, 27 anos após sua última edição no país.
A Latam será a anfitriã deste evento. A escolha é um reconhecimento da importância da região, da cidade do Rio de Janeiro e da confiança na aviação sul-americana, destaca a companhia, que há meses vinha articulando a candidatura junto à IATA. O tema foi discutido, inclusive, em audiências com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reuniões com a participação do CEO da Latam, Jerome Cadier.
<h3>O que torna esse evento tão relevante</h3>
A AGM e a WATS são consideradas o epicentro das decisões estratégicas da aviação global. O evento não apenas debate os temas operacionais, comerciais e geopolíticos mais urgentes do setor, como também serve de palco para anúncios de investimentos, novas alianças e iniciativas regulatórias. A edição de 2026 no Brasil terá ainda maior peso, diante dos desafios enfrentados pela indústria aérea, como transição energética, conectividade regional, sustentabilidade e volatilidade econômica.
Além de discutir o futuro da aviação global, a edição brasileira proporcionará ao país uma visibilidade inédita. O evento atrairá cobertura da imprensa internacional e terá impacto positivo na economia local, especialmente no turismo e na rede de serviços do Rio de Janeiro.
<h3>Uma conquista para o Brasil</h3>
A escolha do Rio de Janeiro como sede representa um marco para o setor aéreo nacional e reforça o papel estratégico do Brasil na aviação mundial. O retorno da IATA ao país depois de quase três décadas é também simbólico: num momento de reorganização da geopolítica global, o protagonismo de países do Sul Global vem sendo reconhecido por organismos e entidades de relevância internacional.
A expectativa da Latam e da IATA é que a edição de 2026 não apenas eleve o debate sobre os rumos da aviação, mas também aproxime os grandes players do setor das realidades e oportunidades existentes na América Latina, promovendo um ambiente propício à inovação e à integração regional.

Redação Brasil 247

Latam traz para o Brasil o maior evento mundial da aviação em 2026

247 – Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, Juliana Airosa Villano, executiva da Embraer, compartilhou a trajetória de sucesso da empresa e ressaltou os pilares que sustentam seu protagonismo no setor aeroespacial global.&nbsp;
“É uma honra poder falar da Embraer dentro dessa casa que também faz parte da nossa história”, iniciou Villano, ao destacar o papel decisivo do banco no desenvolvimento tecnológico da companhia. Segundo ela, a Embraer é o exemplo de um projeto estratégico do Estado brasileiro que se tornou referência mundial em inovação e engenharia aeronáutica.
<h3>Uma empresa brasileira de alcance global</h3>
Em 2025, a Embraer celebra 56 anos com números impressionantes: mais de 9 mil aeronaves entregues em mais de 100 países. “Somos líderes no segmento de jatos comerciais de 75 a 150 assentos, com aviões fabricados em São José dos Campos, e atuamos de forma competitiva também na aviação executiva e na área de defesa e segurança”, disse.
Villano destacou o sucesso do cargueiro militar C-390 Millennium, desenvolvido em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), e o protagonismo dos jatos executivos como os modelos Phenom e Praetor. Esses produtos são fruto de um investimento contínuo em engenharia nacional, que tem colocado a Embraer na vanguarda da aviação mundial.
<h3>Inovação e educação: os pilares do sucesso</h3>
Para a executiva, dois pilares explicam o sucesso da empresa: inovação e educação. “A inovação faz parte do nosso DNA”, afirmou, citando como exemplo o projeto do eVTOL — veículo aéreo elétrico de decolagem e pouso vertical, voltado à mobilidade aérea urbana. A aeronave 100% elétrica, desenvolvida com apoio do BNDES, terá capacidade para quatro passageiros e um piloto e será fabricada no Brasil.
O compromisso com a formação técnica e acadêmica também foi destacado. “A empresa continua investindo na capacitação do setor aeroespacial no Brasil e trabalhando para reter talentos”, disse, lembrando dos Colégios Embraer, que já formaram mais de 5 mil alunos do ensino médio, e das parcerias com o ITA e a Universidade Federal de Pernambuco para programas de especialização em engenharia aeronáutica e ciência de dados.
<h3>Compromissos com o futuro: sustentabilidade e reindustrialização</h3>
Villano reafirmou o engajamento da Embraer com as diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB), com foco em três missões estratégicas: defesa e segurança, mobilidade sustentável e descarbonização. Segundo ela, a empresa anunciou recentemente investimentos de R$ 4 bilhões até 2030, alinhados ao compromisso de fortalecer a indústria nacional.
“A gente sabe que o céu nem sempre é de brigadeiro, temos turbulências, mas estamos confiantes de que a Embraer vai continuar conquistando o mundo”, declarou. Entre os projetos sustentáveis, ela mencionou a participação da empresa no desenvolvimento de aeronaves movidas por SAF (Sustainable Aviation Fuel), com destaque para o etanol como alternativa de biocombustível. “Acreditamos que o Brasil será um grande celeiro desse combustível do futuro”, concluiu.
A apresentação de Juliana Villano reafirma o papel central da Embraer na estratégia de reindustrialização verde e tecnológica do Brasil, e o BNDES como parceiro essencial na construção de um país competitivo e soberano no setor aeroespacial. Assista:
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Nova Indústria Brasil

Juliana Villano: Embraer vai seguir conquistando o mundo

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que Angola pretende comprar três aeronaves KC-390 da Embraer, e que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode ajudar com o financiamento.
Ainda de acordo com Lula, o Brasil "fará um esforço" para Angola comprar cargueiros da Embraer e deve assinar acordo para retomar linhas de financiamento com novas oportunidades para os dois países.

Presidente Lula durante reunião ampliada com o Presidente da República de Angola, João Lourenço

Angola pretende comprar três aeronaves KC-390 da Embraer, diz Lula

SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer divulgou nesta terça-feira prejuízo líquido ajustado de R$428,5 milhões, acima do resultado negativo de R$63,5 milhões sofrido no mesmo período do ano anterior, segundo balanço da fabricante brasileira de aeronaves.
A empresa apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda de R$620,6 milhões entre janeiro e o final de março, acima dos R$233,6 milhões de um ano atrás. A margem no período passou de 5,3% para 9,7%.
A companhia também reiterou suas previsões de entregas de aviões para este ano, com expectativa de envio a clientes de 77 a 85 aeronaves comerciais e entre 145 e 155 jatos executivos.
A Embraer afirmou ainda que as tarifas de importação criadas pelos Estados Unidos neste ano até agora têm tido "impacto limitado" e que não afetaram os resultados do primeiro trimestre.
(Por Gabriel Araujo)

Embraer amplia prejuízo de R$ 428 mi no 1º tri

Reuters - A Embraer confirmou nesta terça-feira previsões para 2025, afirmando que as sobretaxas de importação dos Estados Unidos tiveram "impacto limitado" até o momento, mas seu presidente-executivo endossou pedido para retorno das tarifas zero para o setor de aviação.
A terceira maior fabricante de aeronaves do mundo depois de Airbus e Boeing reiterou que espera entregar de 77 a 85 jatos comerciais e entre 145 e 155 aeronaves executivas este ano.
A empresa disse que no início do ano que o uso de componentes norte-americanos ajudaram a mitigar o impacto das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
A companhia afirmou que teve que fazer mudanças operacionais para reduzir a exposição dos jatos executivos Phenom e Praetor ao conflito comercial, mas que sua unidade de aviação comercial não foi afetada no primeiro trimestre.
A estimativa inicial da Embraer é que as tarifas podem reduzir suas margens operacionais em 90 pontos-base este ano, mas o presidente-executivo, Francisco Gomes Neto, acrescentou que medidas como reduções adicionais de custos estão sendo tomadas para limitar o impacto.
"Nós nos juntamos a outras empresas no apelo pelo retorno da política de tarifa zero para aviação, como tem sido o caso há várias décadas", disse Gomes Neto em conferência com analistas, observando que o setor é "altamente globalizado".
No primeiro trimestre, um período sazonalmente mais fraco para os fabricantes de aviões, a Embraer teve aumento de 23% na receita líquida em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$1,1 bilhão, o que foi o maior valor para o período desde 2016.
O resultado operacional medido pelo Ebitda mais que dobrou para US$108,6 milhões, enquanto a margem Ebitda subiu de 5,2% para 9,8%.
A última linha do balanço, no entanto, ficou abaixo das estimativas de mercado, já que a empresa reportou um prejuízo ajustado de US$0,40 por ação no trimestre. Analistas consultados pela Lseg esperavam um lucro por ação de US$0,01.
"Apesar dessa frustração, os resultados operacionais da empresa parecem sólidos", disseram analistas do Citi em nota a clientes.
As ações da Embraer - que mais que dobraram de valor em 2024 e atingiram uma máxima histórica no início deste ano - recuavam 0,3%, enquanto o Ibovespa subia 0,2% no início desta tarde.

Miniatura de aeronave da Embraer durante feira do setor aéreo em Zhuhai, na China, 29/09/2021

Embraer reafirma perspectiva para 2025 e vê tarifas dos EUA com "impacto limitado"

247 - A Embraer avalia que 2025 pode marcar o início de uma retomada em sua divisão de aviação agrícola. A projeção foi feita por Sany Onofre, líder da unidade, em entrevista ao Estadão/Broadcast durante a Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, encerrada em 1º de maio. As informações são da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/negocios/embraer-projeta-reacao-nas-vendas-de-avioes-agricolas-neste-ano/">CNN Brasil</a>.
"Nosso plano, por ora, é continuar nessa faixa de produção", afirmou o executivo, referindo-se ao ritmo atual de vendas, que se mantém estável entre 60 e 70 aeronaves por ano. Esse volume deve se repetir em 2024, desde que o ambiente político e econômico permaneça favorável.
Mesmo sem prever a utilização plena da capacidade instalada de até 100 unidades por ano, a Embraer já sente um clima mais positivo no mercado. “Este ano já percebemos um otimismo maior que no ano passado, que também foi bom”, avaliou Onofre. “A gente acha que este ano marca uma virada.”
A principal aposta da empresa no setor segue sendo o Ipanema, modelo consagrado com mais de 50 anos de história e que hoje já é entregue com motor 100% movido a etanol. Desde o lançamento da atual geração, quase 400 unidades foram entregues, contribuindo para uma frota ativa estimada em 1.200 aeronaves no país.
“O Ipanema é o avião mais vendido do Brasil – não apenas entre os agrícolas, mas considerando todos os segmentos”, destacou o executivo. Segundo ele, o modelo representa uma alternativa mais eficiente e econômica que o uso de pulverizadores terrestres, sendo indicado principalmente para propriedades com mais de 1.500 hectares. O preço da aeronave gira em torno de R$ 4 milhões, a depender dos equipamentos embarcados.
Paralelamente à aviação, a Embraer também tem investido em inovação com o desenvolvimento da plataforma digital Agro Explore, voltada ao mapeamento de fazendas. Utilizando satélites da Visiona — empresa do grupo — a solução permite identificar falhas no plantio e focos de pragas, orientando o produtor na aplicação precisa de defensivos.
A empresa acompanha de perto tendências como o uso de drones agrícolas, mas não vê a tecnologia como substituta da aviação tripulada. “O Ipanema tem capacidade para mil litros no tanque. Um drone agrícola, como os chineses, carrega cerca de 40 litros. São tecnologias complementares. O importante é usar a ferramenta certa para cada tipo de operação”, afirmou Onofre.

Otávio Rosso

Embraer prevê retomada da aviação agrícola em 2025 com otimismo no setor

247 - Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (16), o governo chinês evitou confirmar a suspensão da compra de aviões da Boeing por companhias aéreas do país, conforme noticiado um dia antes pela agência Bloomberg. Ao ser questionado sobre o assunto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, preferiu desviar o foco e fez elogios à Embraer, reforçando a disposição de Pequim em manter laços comerciais com o Brasil, relata a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/04/china-nao-confirma-veto-a-boeing-mas-elogia-embraer.shtml">Folha de S. Paulo</a>.
“Gostaria de salientar que o Brasil é um importante país da aviação, e a China atribui grande importância à cooperação prática com o Brasil em vários campos, incluindo a aviação”, afirmou Lin Jian, ao comentar a relação entre os dois países no setor.
O representante chinês acrescentou que Pequim “está satisfeita em ver que as companhias aéreas chinesas realizam uma cooperação relevante com o Brasil, de acordo com os princípios do mercado”. As declarações foram interpretadas como sinal positivo para a Embraer, que há cerca de dois anos tenta, com apoio do governo brasileiro, fechar um contrato de venda de aproximadamente 20 jatos para uma companhia aérea regional da China. Apesar das tratativas e da atuação diplomática — incluindo visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros à Ásia — o negócio ainda não foi concretizado.
Na terça-feira (15), após a publicação da matéria da Bloomberg, as ações da Embraer tiveram forte alta na Bolsa de Valores de São Paulo, refletindo a expectativa de que o eventual recuo chinês em relação à Boeing possa beneficiar a fabricante brasileira.
Críticas dos EUA acirram tensão com a China na América Latina - Em outro momento da entrevista, o porta-voz chinês rebateu as declarações recentes do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, que, em visita à Argentina, qualificou os investimentos da China em países emergentes como “vorazes”.
“O funcionário dos EUA fez essas observações na América Latina”, comentou Lin Jian. “Permitam-me salientar que a China empreende uma cooperação prática com os países da América Latina e do Caribe com base no respeito mútuo, na igualdade e no benefício mútuo, o que impulsionou muito o desenvolvimento socioeconômico nos países e foi bem recebido e elogiado por eles".
O porta-voz também foi duro ao criticar o histórico da presença americana na região: “a intimidação e a pilhagem de longa data dos EUA deixaram a América Latina com veias abertas, e os EUA não estão em posição de apontar o dedo para a cooperação entre a China e os países”.
A embaixada da China em Buenos Aires também reagiu, classificando as declarações de Bessent como uma “calúnia maliciosa”. O episódio evidencia a crescente disputa entre Pequim e Washington por influência na América Latina, com o Brasil assumindo papel estratégico na aproximação com o gigante asiático, especialmente em setores-chave como a aviação civil.

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