Leonardo DiCaprio é criticado por financiar hotel de luxo em Israel em meio à guerra em Gaza

247 - O ator estadunidense Leonardo DiCaprio está sendo criticado após a revelação de que vai financiar a construção de um hotel de luxo em Herzliya, na região metropolitana de Tel-Aviv, em Israel, em plena escalada do genocídio na Faixa de Gaza.

De acordo com informações do The Jerusalem Post, reproduzidas pela revista NME e pelo site Expresso.pt, DiCaprio será dono de 10% do empreendimento, ao lado da incorporadora israelense Hagag Group e dos empresários Ahikam e Lior Cohen. O resort, com previsão de 14 andares e 365 quartos, será erguido na marina da cidade, uma das áreas mais valorizadas da costa israelense.

A notícia gerou indignação, principalmente pelo fato de DiCaprio ser Mensageiro da Paz da ONU — título honorário concedido a personalidades públicas comprometidas com a defesa dos direitos humanos e da justiça global. Críticos apontam a contradição entre esse papel e o investimento em Israel, país acusado por diversas organizações internacionais de cometer crimes de guerra contra a população palestina.

Um dos principais críticos foi o ativista norte-americano Shaun King, que afirmou: “Leonardo DiCaprio vai construir um hotel de luxo ao mesmo tempo que Gaza passa fome”. Em publicação nas redes sociais, ele acusou o ator de “lucrar com políticas de apartheid durante um genocídio”.

A polêmica se intensifica diante do agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza. Nesta terça-feira (5), o Ministério das Relações Exteriores da Palestina fez um apelo ao Conselho de Segurança da ONU para que imponha imediatamente uma trégua no conflito, cuja última escalada foi iniciada em outubro de 2023. Segundo autoridades palestinas, mais de 60 mil pessoas já morreram e mais de 2 milhões vivem atualmente em situação de fome, sede e sem acesso a medicamentos.