Lula condena "perversidade" de Israel e "campo de concentração" na Faixa de Gaza
Presidente Lula cobrou ação urgente do Conselho de Segurança da ONU
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a "perversidade" da guerra de Israel na Faixa de Gaza, onde, segundo ele, crianças estão morrendo em um "campo de concentração".
"Eu quando vejo em Gaza, aquelas crianças morrendo procurar comida, fico me perguntando, cadê o Conselho de Segurança da ONU? Como é possível aceitar uma situação tão perversa? Quando vejo aquele campo de concentração, não é possível?", disse Lula, na reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Mais cedo, o jornal israelense Jerusalem Post informou, citando uma fonte do governo, que o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, decidiu assumir o "controle total" da Faixa de Gaza. A emissora israelense Channel 12 noticiou que a decisão foi tomada em resposta à declaração do movimento palestino Hamas de que não estava disposto a libertar os reféns sem a capitulação total do Estado judeu.
O presidente Lula se soma a uma série de autoridades e órgãos internacionais que condenaram a fome deliberada contra os palestinos provocada por Israel.,
Em 23 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um aumento acentuado nas mortes relacionadas à desnutrição na Faixa de Gaza. A desnutrição aguda afeta mais de 10% da população, e mais de 20% das mulheres grávidas e lactantes testadas sofrem de formas muitas vezes severas de desnutrição, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ele alertou que a crise de fome está se agravando devido à interrupção na entrega de ajuda humanitária e às restrições de acesso.
Em 26 de julho, Israel permitiu que países estrangeiros retomassem o envio de ajuda humanitária a Gaza. O governo israelense tem controlado o acesso humanitário ao território por meio da Fundação Humanitária de Gaza, apoiada pelos Estados Unidos, cujos pontos de distribuição estão concentrados no sul do enclave. Tropas israelenses frequentemente abrem fogo contra palestinos que formam filas para receber ajuda.
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