STF nega pedido de Bolsonaro para inverter ordem das defesas; “ausência de previsão legal”, diz Moraes
Por unanimidade, ministros rejeitam manobra da defesa do ex-mandatário para que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid falasse antes no julgamento
247 - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, por unanimidade, um pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para alterar a ordem das manifestações durante o julgamento de ações contra o ex-mandatário, destaca o UOL
O requerimento, apresentado pelo advogado Celso Vilardi, solicitava que a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso, fosse a primeira a se manifestar. Cid firmou acordo de colaboração premiada e é considerado peça-chave nos inquéritos que investigam a tentativa de golpe de Estado e outros crimes atribuídos ao entorno do ex-mandatário.
O ministro Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar contra a proposta. Ele afirmou que não há “previsão legal” para a alteração da ordem de falas no julgamento e reforçou que manterá em sigilo o conteúdo da delação de Mauro Cid até que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente denúncia e ela seja aceita pela Corte. Moraes foi acompanhado pelos demais ministros da Turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, consolidando a decisão unânime.
A tentativa da defesa de Bolsonaro de inverter a ordem dos argumentos indicava uma estratégia para fragilizar os efeitos da colaboração de Cid, uma vez que seu depoimento é visto como potencialmente comprometedor para o ex-chefe do Executivo federal.
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