Sequestrada e presa por Israel, Luizianne denuncia violações de direitos humanos
Parlamentar se negou a assinar documento exigido pelas autoridades israelenses, que conduzem um processo de genocídio em Gaza
(Esta entrevista foi concedida antes do sequestro e prisão de Luizianne Lins pelo governo de Israel, onde ela denuncia estar sendo alvo de abusos)
247 – A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) está presa ilegalmente por forças israelenses na prisão de Ketziot, em pleno deserto de Negev, após a interceptação violenta da Flotilha da Liberdade, missão humanitária que transportava alimentos e medicamentos destinados ao povo palestino em Gaza. A ação, ocorrida em águas internacionais, é denunciada como um ato de pirataria de Estado e mais um capítulo do genocídio promovido por Israel contra o povo palestino.
De acordo com sua assessoria, Luizianne recusou-se a assinar o documento de deportação acelerada imposto pelas autoridades israelenses, por considerá-lo abusivo e inaceitável. Segundo a advogada que acompanha a delegação brasileira, a parlamentar decidiu permanecer em solidariedade com os demais integrantes do grupo, reafirmando que sua luta pela justiça e pelos direitos humanos não se limita à própria liberdade.
Delegação brasileira sofre maus-tratos e privação de alimentos
Relatos de representantes legais apontam que parte da delegação brasileira está sendo privada de água, comida e medicamentos, em clara violação das normas internacionais de direitos humanos e do direito humanitário. A prisão de uma missão civil que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza é uma afronta às convenções internacionais e revela a barbárie com que Israel trata quem denuncia seus crimes.
As audiências judiciais que examinam as ordens de detenção estão marcadas para este sábado (4). A defesa da parlamentar e o governo brasileiro exigem a libertação imediata das brasileiras e dos brasileiros sequestrados por Israel.
Solidariedade e resistência diante do genocídio
A Flotilha da Liberdade, composta por ativistas de vários países, simboliza o compromisso da sociedade civil internacional com a causa palestina. A prisão arbitrária da deputada Luizianne Lins, uma representante eleita e reconhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos, expõe a escalada de autoritarismo e impunidade do governo israelense.
Ao recusar a deportação e resistir ao abuso, Luizianne reafirma sua solidariedade com o povo palestino e denuncia o genocídio em curso em Gaza, onde milhares de civis, em sua maioria mulheres e crianças, têm sido assassinados. Sua voz, agora silenciada pela prisão, ecoa o clamor global por justiça, liberdade e fim do apartheid israelense.