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Saúde de Bolsonaro preocupa STF e prisão na Papuda perde força

Ministros avaliam que prisão domiciliar é alternativa mais viável

Jair Bolsonaro e o STF (Foto: Reuters I Antonio Augusto/STF)

247 - A saúde de Jair Bolsonaro (PL) passou a ser tema de preocupação dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo revelou Paulo Cappelli, do Metrópoles. Ministros da Corte discutem não apenas o recente diagnóstico de câncer de pele, mas principalmente complicações na região abdominal, que especialistas classificam como sensíveis.

Inicialmente, a ideia do STF era transferir Bolsonaro para uma cela especial no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para demonstrar que não haveria privilégios após sua condenação a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. No entanto, diante de seu estado de saúde, o entendimento majoritário agora é de que a prisão domiciliar oferece melhores condições médicas e permite resposta rápida em caso de emergência.

Risco médico pesa nas discussões

A lembrança de um episódio recente reforça a cautela. Ministros do STF citaram o caso de um detento envolvido nos atos de 8 de Janeiro que morreu após passar mal na prisão. O fato serve de alerta para evitar riscos semelhantes, sobretudo no caso de Bolsonaro, cuja condição clínica exige acompanhamento constante.

Nesse cenário, a Corte analisa duas possibilidades: manter a prisão domiciliar desde o início da execução da pena ou, alternativamente, enviar o ex-presidente para uma cela especial antes de acolher rapidamente um pedido da defesa para restabelecer a detenção em casa.

Situação processual

Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão preventiva por descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes em um inquérito sobre coação no curso do processo. Essa investigação foi concluída sem denúncia formal. O cumprimento da pena relacionada à condenação por golpe de Estado só será definido após a análise de recursos e o trânsito em julgado da ação penal.

Com a condição de saúde no centro do debate, a Papuda deixa de ser uma opção prioritária, e a prisão domiciliar surge como caminho mais provável para o cumprimento inicial da pena do ex-presidente.

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