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      Rogério Correia pede afastamento de Nikolas Ferreira por motim no Congresso

      Representação do petista solicita afastamento cautelar e cassação do mandato de Nikolas após ocupação da mesa da Câmara

      Nikolas Ferreira e Rogério Correia (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
      Otávio Rosso avatar
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      247 -  O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou uma representação à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pedindo o afastamento cautelar e posterior cassação do mandato de Nikolas Ferreira (PL-MG), por sua conduta durante a sessão do dia 6 de agosto de 2025. A denúncia acusa Nikolas de liderar uma ocupação da Mesa Diretora em um ato que Correia classificou como “motim antidemocrático”.

      Segundo o deputado do PT, o episódio simboliza mais um capítulo da estratégia de “golpe continuado” promovido por setores da extrema-direita no Congresso Nacional. "Todos os deputados que participaram do motim visando sequestrar a mesa da Câmara e do Senado, ou seja, do Congresso Nacional, para desafiar o processo democrático e dar continuidade a essa estratégia de golpe continuado da extrema-direita, têm de ser punidos", declarou.

      A representação detalha o comportamento de Nikolas Ferreira, que teria feito transmissões ao vivo durante a ocupação, desafiando ordens diretas da Presidência da Câmara e incitando apoiadores a uma reação contra o funcionamento regular do Parlamento. “Quer cassar nosso mandato? Que se dane!”, disse Nikolas em uma das lives, conforme registrado no documento apresentado por Rogério Correia.

      O petista ainda destacou a postura do deputado mineiro como “de chefia ou de porta-voz do grupo”, acusando-o de desprezo à democracia e tentativa de subversão da ordem institucional. “Esse teve uma postura de chefia ou de porta-voz do grupo, se colocando como liderança e, ao mesmo tempo, fazendo lives, desafiando e dizendo que, se pudesse perder o mandato, para ele pouco importa. Desdenhando da democracia, desdenhando da força do presidente, dizendo que só sairia de lá após a aprovada anistia”, afirmou Correia.

      Outros parlamentares também foram citados pelo deputado do PT, incluindo Zé Trovão, Marcel Van Hatten e a deputada Júlia Zanatta. Esta última, segundo ele, teria usado o próprio filho de quatro meses como “escudo” para impedir que os trabalhos legislativos fossem retomados. “Fizeram inclusive o impedimento, por momentos, para que o presidente Hugo Motta não sentasse à mesa”, completou.

      como medida cautelar prevista no Código de Ética e no Regimento Interno da Câmara, além da abertura de processo disciplinar no Conselho de Ética, que pode culminar na cassação do mandato. “Nesse sentido, eu estou representando para que ele também seja incluído no rol dos que, no meu entendimento, têm que ter uma suspensão imediata de 60 dias […] e, ao mesmo tempo, seja o caso dele enviado ao Conselho de Ética para análise da cassação do mandato”, argumenta.

      A peça jurídica sustenta que o ato de Nikolas, ao resistir fisicamente e ignorar ordens de desobstrução da Mesa, configura infração disciplinar grave. Além disso, aponta a live feita no local como incitação pública a uma "rebelião antidemocrática", afirmando que tal conduta extrapola o direito à liberdade de expressão parlamentar e compromete a integridade institucional da Câmara.

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