PGR tem até quarta-feira para analisar defesa de Bolsonaro sobre descumprimento de cautelares e risco de fuga
Supremo enviou à Procuradoria-Geral da República as respostas da defesa sobre o descumprimento de cautelares por parte do ex-mandatário
247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou, na manhã desta segunda-feira (25), as explicações apresentadas pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) à Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o g1, o Ministério Público terá 48 horas para se manifestar, contadas a partir do envio dos autos ao órgão. O movimento ocorre após determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, que abriu prazo para a defesa responder sobre suposto descumprimento de medidas cautelares e indicativos de risco de fuga. Ao final da etapa defensiva, Moraes determinou o envio imediato dos autos à PGR, que terá o mesmo prazo de 48 horas para dar um parecer — o que leva a decisão para a manhã de quarta-feira (27).
De acordo com decisões recentes do ministro, o foco está na verificação de eventuais violações às cautelares fixadas no âmbito das investigações e na análise de elementos apresentados pela Polícia Federal (PF). No despacho que deu origem à rodada de explicações da defesa, Moraes registrou: “intime-se a defesa de Jair Messias Bolsonaro para que, no prazo de 48 horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”.
A etapa atual é consequência da fase em que o ministro cobrou esclarecimentos da defesa ainda na semana passada. Relatos públicos indicam que a PF apontou trechos que sugerem risco de evasão do território nacional, o que reforçou a avaliação sobre eventual endurecimento das medidas. Após a entrega das respostas pela defesa, o caso seguiu à PGR, responsável por opinar sobre os próximos passos processuais no STF.
O parecer poderá influenciar a decisão de Moraes sobre manter, agravar ou revogar medidas já impostas ao ex-mandatário, a depender da conclusão sobre a ocorrência de descumprimentos e da avaliação do risco processual em curso. Caso o entendimento do Ministério Público e do relator apontem para a necessidade de medidas mais rígidas, o STF poderá deliberar por alternativas que vão desde a manutenção com ajustes das cautelares até providências mais severas dentro do processo.