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PF faz operação contra facção que lavou mais de R$ 122 milhões por meio de fintechs no Amazonas

Operação Xeque-Mate bloqueia bens de luxo e prende suspeitos de ligação com a facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas

Polícia Federal-Operação Xeque-Mate (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (6) a Operação Xeque-Mate, que teve como alvo o núcleo financeiro de uma facção criminosa atuante no Amazonas. A ação resultou na prisão de três pessoas e no bloqueio de bens avaliados em R$ 122 milhões, incluindo imóveis e veículos de luxo.

A operação, segundo o g1, mirou líderes do Comando Vermelho no Amazonas e um empresário apontado como responsável por coordenar um elaborado esquema de lavagem de dinheiro via fintechs e empresas de fachada.

Esquema de lavagem com fintechs e criptomoedas

As investigações da PF revelaram que o grupo mantinha uma estrutura sofisticada para ocultar recursos obtidos com o tráfico de drogas. O dinheiro circulava por fintechs, aplicativos de pagamento e contas paralelas, fugindo da fiscalização bancária tradicional.

Segundo a PF, mais de R$ 122 milhões passaram por essa rede clandestina. Parte do valor foi convertida em criptomoedas e transferida para o exterior, principalmente para a Colômbia, em pagamentos a fornecedores internacionais de entorpecentes.

Prisões e bens de luxo apreendidos

Durante as ações, os agentes federais prenderam a esposa de um homem apontado como chefe do Comando Vermelho. Na residência dela, foram apreendidos joias, carros de luxo e valores em espécie, considerados fruto de atividades ilícitas.

No total, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e determinou o bloqueio de bens e contas. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, mas todos ocupavam funções estratégicas no esquema financeiro da facção.

Ação integrada e apoio internacional

A Operação Xeque-Mate contou com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AM), com núcleos em Manaus e Guarujá (SP), além da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI/AM).

Ainda conforme a reportagem, as autoridades colombianas também colaboraram com o fornecimento de informações sobre transações internacionais associadas à rede criminosa.

Desdobramento de investigações anteriores

A Xeque-Mate é um desdobramento das operações Torre 1, 2, 3 e 4, que há meses monitoravam as atividades do grupo. Essas fases anteriores permitiram rastrear o fluxo financeiro da facção e identificar seus operadores.

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