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Concurso nacional unificado reduz abstenção e amplia diversidade, diz Esther Dweck

Ministra da Gestão destaca sucesso da segunda edição: provas em 228 cidades, 3.652 vagas e operação de segurança com mais de 11 mil agentes

Em enrtrevista coletiva, ministra Esther Dweck destaca sucesso do concurso (Foto: Agência Gov)

247 - A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) foi realizada na tarde de domingo (5) em 228 cidades do país para o preenchimento de 3.652 vagas em 32 órgãos federais. Em entrevista coletiva após a aplicação das provas, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, celebrou a execução sem intercorrências e afirmou que o modelo já é reconhecido pela população como uma política pública inclusiva que transforma o serviço público. As informações foram divulgadas pela Agência Gov (EBC), fonte original desta notícia.

Segundo a Agência Gov (EBC), Dweck ressaltou que o CPNU é parte de um projeto mais amplo de reconstrução de políticas públicas. “O CPNU não é uma política isolada. Ele integra um projeto de mudança e de construção de um governo que está do lado do povo brasileiro e comprometido em melhorar a vida da população”, disse a ministra. A data da prova também teve simbolismo: ocorreu no dia em que o Brasil celebrou 37 anos da Constituição de 1988.

Baixa abstenção e nomeações aceleradas

Para Esther Dweck, a confiança no certame se refletiu na queda da abstenção para 42,8%, ante 54% na primeira edição. A ministra atribuiu o movimento ao efeito concreto das nomeações: “Essa confiança também vem do fato de que já foram nomeadas pessoas aprovadas para quase 80% das vagas originárias do CPNU 1, ou seja, pessoas que fizeram a prova no ano passado e já estão trabalhando no serviço público federal”, afirmou. Ela citou exemplos dentro da própria operação do concurso: “Hoje mesmo no Centro Integrado de Comando e Controle estavam na equipe três mulheres que passaram no CPNU 1, uma do INEP e duas do Ministério da Gestão. Ficamos muito felizes”, disse.

Ao relacionar o CPNU ao espírito da Constituição de 1988, Dweck reforçou a visão de Estado presente e eficiente: para a ministra, o CPNU “devolveu para a população o sentido do Estado. Um Estado que cuida, que protege, que é soberano, que busca um desenvolvimento sustentável e para todos.”

Mais mulheres e avanço das ações afirmativas

A participação feminina cresceu de 57% para 60% entre as pessoas inscritas do CPNU 1 para o CPNU 2. Também aumentou a procura por vagas reservadas: candidaturas de cotas passaram de 21,5% para 33,1%. “São mais pessoas negras, mais indígenas, mais PCDs, e quilombolas que hoje acreditam que podem fazer parte do serviço público”, completou Dweck. No total, mais de 760 mil inscritos residentes em 4.951 municípios concorrem às vagas permanentes desta edição.

Ampliação de vagas e reforço no cadastro de reserva

Na semana que antecedeu a prova, o governo autorizou 2.859 vagas adicionais e excepcionais para convocação de cadastro de reserva em concursos realizados nos dois últimos anos — 1.699 referentes ao CPNU 1 e 1.160 a outras seleções. Desde 2023, já foram autorizadas mais de 15 mil vagas em concursos para mais de 70 carreiras, ampliando o horizonte de recomposição do quadro federal.

Operação nacional de segurança

A logística do CPNU mobilizou uma operação integrada no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Mais de 11 mil agentes atuaram em todo o país, com participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Agência Brasileira de Inteligência e forças de segurança estaduais. O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp/MJSP, Rodney da Silva, descreveu o esforço: “Nós pudemos passar por um trabalho de planejamento, análise e gestão de risco de uma operação altamente complexa e que não pode ter erro. Naturalmente, essa operação logística foi muito complexa e teve o trabalho e o apoio de todos os órgãos. E, por fim, o trabalho que está sendo realizado desde o final do evento, é a logística reversa, que é a devolução das provas para fins de correção”, explicou.

Próximos passos

Ao final da coletiva, a ministra agradeceu o apoio de diversos órgãos — entre eles MJSP, PF, PRF, Força Nacional, Abin, AGU, Casa Civil, Secom, Ipea, Inep e Enap —, além das equipes do MGI e das forças de segurança estaduais. Ela confirmou ainda que os gabaritos serão publicados no site da FGV às 10h desta segunda-feira (6/10), etapa que marca a continuidade do calendário do CPNU e a consolidação do modelo como política pública de alcance nacional.

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