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      Padilha critica sanções dos EUA e avalia presença na ONU em Nova York

      Ministro da Saúde chama medida de Washington de “covarde” após cancelamento dos vistos da esposa e da filha

      Alexandre Padilha (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta terça-feira (19) que ainda avalia se viajará a Nova York em setembro para participar da conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Assembleia Geral da ONU. As informações são do jornal O Globo.

      No último dia 15, o governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da esposa e da filha de Padilha em represália ao Executivo brasileiro. O visto do ministro, no entanto, não foi afetado, pois já estava vencido desde 2024. Segundo ele, sua eventual presença está garantida pelo “acordo de sede”, que obriga o país anfitrião da ONU a assegurar a entrada de autoridades credenciadas.

      “Existe o acordo de sede. Quem hospeda um organismo do sistema ONU precisa assegurar o acesso às autoridades credenciadas. Mas a decisão sobre minha ida dependerá do cenário interno”, declarou Padilha, de acordo com a reportagem. 

      O ministro classificou a medida como um gesto “covarde” e disse não ter sido afetado pessoalmente pela decisão. “Não tenho a menor intenção de ir para a Disney”, ironizou, minimizando a repercussão da suspensão dos vistos de seus familiares.

      Padilha lembrou ainda que mantém vínculos com os Estados Unidos — seu irmão é cidadão americano e sua madrasta vive no país —, mas garantiu que continuará encontrando os parentes em outras ocasiões. “Nós vamos nos encontrar em outros lugares. Já superamos esse ato de covardia”, afirmou.

      Dois dias antes de atingir a família do ministro, o Departamento de Estado norte-americano havia revogado vistos de autoridades brasileiras ligadas à criação do programa Mais Médicos, instituído em 2013 no governo Dilma Rousseff.

      Padilha reforçou que a medida não compromete a continuidade da política pública. “Nunca deixamos de reafirmar o compromisso com o Mais Médicos. Seguiremos firmes na ampliação da assistência em regiões remotas, vulneráveis ou sem profissionais de saúde”, disse. O programa tem como objetivo levar médicos a áreas de difícil acesso e carentes de atendimento, ampliando a cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS).

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