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      Não tenho intenção nenhuma de ir para a Disney, diz Padilha após sanções dos EUA

      Ministro da Saúde critica decisão dos EUA e afirma que restrições não afetam defesa do Mais Médicos

      Alexandre Padilha (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu nesta terça-feira (19) às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra seus familiares, minimizando o impacto pessoal da medida. Padilha ironizou a decisão ao afirmar que não tem “intenção nenhuma de ir para a Disney” e classificou a ação como um ato de “covardia”. As informações são da CNN Brasil.

      Críticas às medidas dos Estados Unidos

      Segundo Padilha, as restrições anunciadas pelo presidente Donald Trump não enfraquecem a continuidade e a defesa do programa Mais Médicos, alvo das acusações norte-americanas. Em nota assinada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, Washington justificou o cancelamento dos vistos como punição à “cumplicidade com o esquema de exportação de mão de obra do regime cubano”.

      O ministro destacou o efeito prático sobre seus parentes: “O maior impacto para a minha família é o fato de que eu tenho um irmão que é cidadão americano, que vive nos Estados Unidos. Tenho a esposa do meu pai que vive nos Estados Unidos (…) Então, a gente vai se encontrar em outros lugares, está certo?”, declarou.

      Familiares e ex-integrantes do ministério também afetados

      De acordo com o comunicado enviado pelo Consulado-Geral dos EUA em São Paulo, os familiares de Padilha foram informados na semana passada sobre o cancelamento dos vistos. Além deles, outros nomes ligados ao Ministério da Saúde também foram alvo da medida, como Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral da COP30 e ex-diretor de Relações Externas da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

      Possível participação em evento internacional

      Apesar das sanções, Alexandre Padilha disse que ainda avalia se participará da próxima conferência da Opas, que será realizada em território norte-americano. O ministro ressaltou que a participação de representantes oficiais em organismos multilaterais não pode ser barrada por nenhum governo.

       “Eu não tenho decisão ainda se vou poder participar ou não, mas caso venha a participar, certamente que um acordo sério tem que permitir uma autoridade convidada por esses sistemas da ONU e da Opas. Nenhum país do mundo pode impedir o acesso de uma autoridade a participar de um evento como esse”, afirmou.

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