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Master apresenta planos alternativos ao BC, mas sem ofertas definitivas

Embora alternativas tenham sido apresentadas, chances de aprovação de nova operação são baixas, segundo analistas

Banco Master (Foto: Divulgação)

247 - O Master, instituição financeira de Daniel Vorcaro, apresentou ao Banco Central (BC) algumas alternativas para o projeto de aquisição com o Banco de Brasília (BRB), após o regulador ter barrado a proposta inicial. As novas opções, no entanto, ainda estão em fase de elaboração, o que significa que não houve protocolação de nenhum novo pedido formal até o momento. A informação foi confirmada por fontes do jornal Valor, que apuraram detalhes das discussões.

Apesar de ainda não terem definido um formato final, tanto o Master quanto o BRB não descartam a possibilidade de submeter uma proposta reformulada ao BC. Contudo, especialistas no setor financeiro indicam que as chances de aprovação de um novo pedido, independentemente da forma, seriam baixas, dada a complexidade do processo e os critérios exigidos pelo regulador.

Em reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o controlador do Master, Daniel Vorcaro, discutiu os planos alternativos. Já o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, se reuniu com os diretores responsáveis pela fiscalização, Ailton de Aquino Santos, e pela organização do sistema financeiro e resolução, Renato Gomes. Segundo fontes com conhecimento da estratégia do Master, o BC deve avaliar qualquer nova operação de acordo com os prazos regulamentares, sem pressa para uma análise emergencial.

Uma das fontes envolvidas na negociação declarou: "A reunião foi produtiva, o Master tem vários planos, mas ainda precisa amadurecer as propostas. O banco ficou de pé nos últimos meses, mesmo durante um período sombrio, e tem condições de esperar mais". A instituição estaria disposta a aguardar a conclusão do processo, mesmo que isso signifique alguns meses de espera.

No entanto, para que o Master consiga suportar esse período de indefinição, analistas acreditam que o banco precisará de uma nova linha de liquidez com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), assim como os R$ 4 bilhões que haviam sido obtidos do órgão em maio deste ano. A questão é que, segundo especialistas, o FGC não parece disposto a liberar mais recursos no momento. "Analisando o fluxo de caixa recente do Master, precisamos entender o papel do FGC e o que ainda tem da primeira linha", comentou outro executivo do setor.

Até o fechamento desta matéria, nem o Master nem o BRB se manifestaram sobre as negociações em andamento, deixando o cenário em aberto. A expectativa agora se volta para as próximas movimentações da instituição e as decisões do Banco Central.

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