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Maioria dos brasileiros apoia condenação de Bolsonaro e nega perseguição, indica pesquisa Atlas

Para 53%, Bolsonaro tentou dar um golpe e não é perseguido pela Justiça. Para 49,5%, STF foi imparcial

O ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília-DF, onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

247 - A pesquisa Latam Pulse Brasil, elaborada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg entre os dias 10 e 14 de setembro, mostra que a maioria dos brasileiros concorda com a condenação de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. O levantamento ouviu 7.291 eleitores em todo o país, com margem de erro de um ponto percentual e 95% de nível de confiança.

Segundo os dados, 52,3% dos entrevistados afirmam concordar com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Outros 46,6% discordam da condenação.

Maioria acredita em tentativa de golpe

O estudo revela ainda que 53,4% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro participou de um plano para tentar derrubar o resultado das eleições de 2022. Apenas 42,1% disseram não acreditar na participação do ex-presidente em um golpe de Estado.

Esse dado reforça a percepção de que, para mais da metade da população, a atuação do STF contra Bolsonaro tem fundamento jurídico e não se trata de perseguição política.

Justiça não persegue Bolsonaro

A pesquisa mostra que 52,9% da população rejeita a narrativa de perseguição política contra Bolsonaro. Para esses eleitores, os processos judiciais que resultaram na condenação refletem a legalidade. Em contrapartida, 46,9% enxergam as investigações como perseguição.

A confiança no Judiciário também aparece nos números sobre a imparcialidade do Supremo. Para 49,5% dos entrevistados, o julgamento conduzido pelo STF foi imparcial, enquanto 33,1% consideram que houve parcialidade.

Opinião sobre a pena 

Em relação à dosimetria da pena de 27 anos e 3 meses, as opiniões se dividem. Para 14,9%, a punição foi justa; já 46% afirmaram que a pena foi mais severa do que deveria, enquanto 34% consideram que foi mais branda.

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