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      Líder do PP descarta adesão permanente a bloqueio bolsonarista: “Semana que vem é vida normal”

      Doutor Luizinho afirma que paralisação do Congresso é temporária e rechaça anistia ampla para Jair Bolsonaro

      Deputado Doutor Luizinho, líder do PP (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O líder do PP na Câmara dos Deputados, Doutor Luizinho (RJ), afirmou nesta quarta-feira (6) que a federação formada por seu partido e o União Brasil não pretende manter o apoio às manobras de obstrução legislativa lideradas por bolsonaristas. “Semana que vem é vida normal”, declarou o deputado, ao comentar a ocupação dos plenários do Congresso por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

      A declaração foi dada a jornalistas e marca uma tentativa de descompressão institucional após o movimento iniciado por parlamentares da extrema direita para paralisar os trabalhos legislativos. Segundo Luizinho, o respaldo da federação à paralisação vale apenas “nesta semana”, e a expectativa é de que o impasse seja resolvido por meio de diálogo entre os líderes partidários. “Vamos dialogar e encontrar um caminho”, disse ele, referindo-se às reuniões dos colégios de líderes da Câmara e do Senado, agendadas para esta tarde.

      Atualmente, a federação União Brasil-PP soma mais de cem deputados e controla quatro ministérios no governo federal, mas sua atuação no Parlamento tem sido, em boa parte, contrária às pautas do Executivo. Ainda assim, Luizinho rechaçou a possibilidade de apoio definitivo ao bloqueio. “Apesar de considerar excessivas as decisões contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, não acredito que paralisar o trabalho do Congresso vá resolver o problema”, afirmou.

      Os parlamentares bolsonaristas que ocupam os plenários da Câmara e do Senado condicionam o fim do bloqueio à votação de três propostas: a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o líder do PP, a proposta de anistia passou por uma mudança preocupante.

      Segundo ele, a negociação original previa um perdão limitado aos que participaram da depredação na Praça dos Três Poderes. No entanto, o grupo bolsonarista agora exige uma anistia “ampla, geral e irrestrita” — que, na prática, incluiria o próprio ex-presidente entre os beneficiários. “A proposta mudou. É preciso entender qual o projeto. Tudo isso vai ser conversado”, afirmou Luizinho, que mantém forte interlocução com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

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