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Lewandowski vai à ONU para explicar julgamento de Bolsonaro pelo STF

Ministro da Justiça participa da Assembleia Geral da ONU para esclarecer autoridades estrangeiras sobre o julgamento do ex-mandatário

Ministro Ricardo Lewandowski 24/03/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, desembarcou nos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU com uma missão clara: atuar como interlocutor do Judiciário brasileiro diante de autoridades internacionais que levantam dúvidas sobre a condenação de Jair Bolsonaro e de seus aliados pela tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023. 

A presença de Lewandowski na comitiva brasileira foi considerada estratégica pelo governo, especialmente diante da possibilidade de novas sanções por parte dos Estados Unidos contra o Brasil e contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento. “Sim, ele está mirando ser essa ponte, construir algo que faça com que entendam o processo no Brasil, mas não há sinal de que o lado de lá está disposto”, afirmou um aliado do ministro, de acordo com a coluna de Daniela Lima, do UOL.

Missão diplomática em meio a tensões

Lewandowski, que foi ministro do STF por mais de 15 anos e chegou a presidir a Corte, assumiu o Ministério da Justiça após convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando Flávio Dino foi nomeado para o Supremo. Desde então, carrega a missão de reorganizar a política de segurança pública no país, em um cenário de forte pressão e disputas políticas internas.

A trajetória do ministro reforça o peso de sua participação em Nova York. Além da experiência no Judiciário, Lewandowski é autor da Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública, que busca ampliar a cooperação entre polícias estaduais e federais. O texto, porém, está parado no Congresso desde abril deste ano, aguardando avanço nas negociações.

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