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      Itamaraty solicita visto para garantir presença de Padilha em reuniões internacionais nos EUA

      Diplomacia brasileira solicita autorização para garantir presença do ministro em compromissos da ONU e da Opas nos Estados Unidos

      Alexandre Padilha (Foto: Walterson Rosa/MS)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ainda avalia se viajará para compromissos internacionais em Nova York e Washington, mas o Itamaraty já deu início ao processo de solicitação de visto especial para que ele possa participar de encontros da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

      Segundo o Estadão Conteúdo, Padilha explicou que sua participação nos eventos ainda não está confirmada devido a uma agenda interna intensa no Brasil, marcada por votações no Congresso e compromissos no programa “Agora tem especialistas”. De acordo com Padilha, caso opte por comparecer, sua entrada nos Estados Unidos deve ser assegurada por normas internacionais. “Em relação tanto à ONU quanto à Opas tem o chamado acordo de sede. Nenhum país do mundo pode impedir o acesso de uma autoridade convidada”, declarou o ministro.

      Ele reforçou que a dificuldade não está ligada à autorização de viagem, mas à sobrecarga de compromissos nacionais. “A dificuldade de sair do Brasil é por conta das votações no Congresso Nacional, atendimento, e também (agendas) do ‘Agora tem especialistas’. Não tenho decisão ainda se vou poder participar ou não, mas caso venha participar, certamente com o acordo de sede tem que permitir (a entrada da) autoridade convidada”, afirmou.

      Apesar do argumento de Padilha sobre os acordos de sede, o Itamaraty destacou que, para eventos em organismos internacionais realizados em território estadunidense, é necessária a emissão de um visto diplomático específico, o que motivou o pedido oficial à embaixada dos EUA.

      A questão do visto ocorre em meio ao aumento da tensão diplomática entre os dois países. Dois dias antes de serem revogados os vistos da esposa e da filha de Padilha, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio — responsável pela diplomacia no governo do presidente Donald Trump — determinou o cancelamento das autorizações de entrada de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-integrante do governo brasileiro.

      De acordo com Rubio, a medida foi motivada pelo programa Mais Médicos, criado em 2013 no governo Dilma Rousseff para suprir a falta de profissionais de saúde em regiões carentes. Na época do lançamento da iniciativa, Padilha ocupava o cargo de ministro da Saúde.

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