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      Haddad diz que PIX é ‘moeda soberana’ brasileira e resiste à pressão dos EUA

      Ministro da Fazenda reconhece que o PIX ‘incomoda multinacionais’ e descarta sua ‘privatização’: ‘totalmente fora de cogitação’

      Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MF)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, nesta terça-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), saiu em firme defesa do sistema PIX, classificando-o como a “primeira moeda soberana digital do mundo”. A declaração foi feita em resposta às pressões internacionais, especialmente de multinacionais norte-americanas, que estariam desconfortáveis com o avanço da ferramenta desenvolvida no Brasil.


      Segundo Haddad, o PIX representa uma inovação tecnológica de caráter estatal que já ultrapassou as fronteiras do país. “Não estamos falando de cripto. Estamos falando de PIX. É a moeda digital cuja tecnologia está chamando a atenção de vários países do mundo”, disse. Ele reforçou que a ferramenta, criada pelo Banco Central, vem sendo adotada por países vizinhos, como a Argentina, e até por nações europeias, como a França.‘

      Tecnologia soberana’ e sem custo ao cidadão - O ministro enfatizou o caráter público e gratuito do sistema, rebatendo veementemente qualquer possibilidade de privatização. “Não podemos nem sonhar, nem pensar, nem imaginar, em privatizar algo que não tem custo para o cidadão. Não tem custo”, frisou Haddad, ao destacar o impacto social do PIX.


      De acordo com o titular da Fazenda, o sistema permite a inclusão financeira de milhões de brasileiros que nunca tiveram acesso ao sistema bancário tradicional. “É uma tecnologia gratuita que atende o cidadão a custo zero, uma moeda digital no sentido pleno da palavra – é melhor que usar o papel moeda”, disse. Para ele, o PIX promove o bem-estar e não deve sofrer interferência de interesses privados.

      Resistência à pressão internacional - Haddad denunciou o incômodo de empresas estrangeiras com a expansão do PIX e criticou a tentativa de deslegitimar uma inovação que beneficia a população. “Eles ganharam por décadas dinheiro com uma tecnologia que eles desenvolveram, e ninguém se incomodou com isso. Porque garantiu o bem-estar para muita gente usando o cartão de crédito”, afirmou.


      Para o ministro, a existência de uma tecnologia eficiente, gratuita e controlada pelo Estado brasileiro coloca o país na vanguarda mundial, despertando resistências: “Agora, porque temos uma tecnologia gratuita que atende o cidadão a custo zero [...] você vai afrontar a modernidade que traz bem-estar para toda a população, que bancariza pessoas que nunca passaram numa agência bancária? Isso está totalmente fora de cogitação”.

      Defesa do papel do Estado - A fala de Haddad reforça o papel do Estado brasileiro como protagonista no desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas ao interesse público. O ministro reiterou que o PIX é símbolo de soberania e modernidade. Sua expansão internacional e seu uso cotidiano entre os brasileiros demonstram, segundo ele, a capacidade do país em liderar transformações que impactam positivamente a vida da população.

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