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      Haddad minimiza impacto do tarifaço e diz que governo está pronto para “socorrer famílias prejudicadas” por Trump

      Ministro da Fazenda ressalta avanços sociais e econômicos e afirma que medidas estão prontas para proteger setores vulneráveis afetados por tarifas dos EUA

      Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Em pronunciamento realizado nesta terça-feira (5), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), destacou os avanços recentes da economia brasileira e minimizou os efeitos do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Haddad, o governo está preparado para proteger os segmentos mais atingidos pela medida, especialmente os setores que geram muitos empregos, como a fruticultura.

      A fala do ministro foi marcada por um tom de otimismo e defesa do modelo econômico adotado nos últimos anos. “Obviamente está todo mundo muito apreensivo com o que está acontecendo, mas esta semana teve muita notícia boa que ficou obscurecida pelos eventos na esfera da política”, afirmou Haddad, ao mencionar que conquistas importantes vêm sendo ofuscadas por tensões políticas.

      Indicadores positivos e “qualidade do ajuste fiscal” - Entre os pontos exaltados pelo ministro, estão a retirada do Brasil do Mapa da Fome, a redução do desemprego para a mínima histórica de 5,8% e o aumento da renda nos últimos três anos, “como não ocorria desde o Plano Real”. Haddad também mencionou a inflação, que deve fechar o ano abaixo de 5%, e a desigualdade social, que também se encontra no menor nível da série histórica.


      Em relação às contas públicas, o ministro ressaltou a melhora dos resultados primários e rejeitou a ideia de que o equilíbrio fiscal esteja sendo feito às custas da população mais pobre: “Não estamos fazendo ajuste fiscal no lombo dos mais pobres, do trabalhador. Estamos preservando a saúde, os investimentos em educação, em assistência, em infraestrutura”, disse. Ele ainda afirmou que “a qualidade do ajuste fiscal é tão importante quanto o seu sentido”.

      Exportações e impacto limitado do tarifaço - Haddad também abordou os efeitos do aumento de tarifas sobre produtos brasileiros anunciado pelo presidente Donald Trump. O ministro frisou que, apesar da medida afetar parte das exportações nacionais, o impacto será restrito e contornável.


      “As exportações para os EUA já representaram 25% das nossas exportações. Graças à política que o senhor inaugurou ainda em 2003, de abrir os mercados para os produtos brasileiros, elas representam 12%. Desses 12%, 4% são afetados pelo tarifaço. E dos 4%, mais de 2% terá naturalmente outra destinação, porque são commodities com preço internacional, que vão encontrar seu destino no curto ou no médio prazo”, detalhou.


      Ainda assim, Haddad reconheceu a vulnerabilidade de certos segmentos e assegurou que o governo está atento. “Sabemos que há nesse 1,5% setores muito vulneráveis, setores que geram muito emprego – como é o caso da fruticultura – setores que exigem da nossa parte uma atenção especial, que vai ser dada”, afirmou, garantindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispõe dos instrumentos necessários para “socorrer essas famílias prejudicadas com uma agressão que já foi chamada de injusta, de indevida, de não condizente com os 200 anos de relação fraterna que nos liga ao povo dos Estados Unidos”.

      Investimentos em alta e mensagem de otimismo - Ao final de sua fala, o ministro destacou o volume recorde de investimentos na indústria e em infraestrutura, classificando o momento atual como o melhor dos últimos 15 anos nesse setor. Diante do cenário internacional conturbado, Haddad fez questão de defender uma postura positiva diante dos desafios: “Temos que olhar para tudo isso em meio a essa situação geopolítica que estamos vivendo. Temos que olhar com otimismo, até porque sem otimismo não aconselho alguém assumir o Ministério da Fazenda do Brasil”.

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