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Governo projeta novas concessões em rodovias e portos até 2026

Ministro Renan Filho anuncia expansão do programa de infraestrutura com meta de 35 operações até o fim do mandato de Lula

Navios no Porto de Santos 01/05/2024 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: Amanda Perobelli)

247 - O governo federal anunciou nesta segunda-feira (22) que deve acelerar a agenda de concessões em infraestrutura até 2026, com foco em rodovias, portos e aeroportos. O anúncio foi feito pelos ministros Renan Filho (Transportes) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) durante o Macro Day, evento promovido pelo BTG Pactual em São Paulo, e divulgado pelo Valor Econômico.

Segundo Renan Filho, a meta do governo é concluir entre 10 e 15 novas concessões rodoviárias em 2026, alcançando um total de 35 operações até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já no setor portuário, Silvio Costa Filho destacou que os leilões programados devem somar quase R$ 40 bilhões em investimentos, incluindo o megaterminal de contêineres Tecon Santos 10, previsto para dezembro, que deve atrair sozinho mais de R$ 5 bilhões. No setor aeroportuário, a agenda prevê novos leilões para ampliar a capacidade e modernizar terminais em diversas regiões.

Rodovias: portfólio em expansão e confiança internacional

O ministro dos Transportes ressaltou que o país vive um momento histórico no setor rodoviário. “O nosso ‘pipeline’ é hoje o maior de concessões rodoviárias do mundo. Desde que o Brasil começou a fazer concessões rodoviárias, de 1996 a 2022, fizemos 24 concessões, das quais 15 estavam em desequilíbrio”, afirmou Renan Filho.

Ele lembrou que a atual gestão já realizou duas concessões em 2023, sete em 2024 e deve concluir 2025 com 12. “No ano que vem vamos fazer entre 10 e 15”, disse. Para o ministro, a segurança regulatória e a previsibilidade dos contratos reforçam a confiança dos investidores. “Ninguém atrai o investimento sem garantir rentabilidade ao investidor, tudo isso com transparência e com segurança”, completou.

Portos: investimentos recordes e novo megaterminal

Silvio Costa Filho destacou que o Brasil deve superar em quatro anos os investimentos portuários realizados na última década. “De 2013 a 2022, tivemos 40 leilões no Brasil, com investimentos de R$ 6 bilhões. Em quatro anos, vamos fazer 60 leilões, o equivalente a quase R$ 40 bilhões, a exemplo do Santos 10, e esperamos mais de R$ 5 bilhões de investimentos”, declarou.

O ministro ressaltou ainda que a movimentação portuária bateu recorde em 2024, alcançando 1,3 bilhão de toneladas, com avanço de quase 5% no setor em geral e de mais de 18% nas operações com contêineres. “Nunca estive tão confiante com o momento que estamos vivendo no setor portuário. Estamos buscando novos agentes econômicos que querem investir no Brasil”, afirmou.

Aeroportos: expansão e modernização

O Ministério de Portos e Aeroportos também prepara novos leilões para a área aeroportuária. O objetivo é ampliar a rede de concessões e garantir investimentos em infraestrutura, com foco na modernização de terminais e no aumento da capacidade operacional, especialmente em estados com demanda crescente de passageiros e cargas.

Brasil como destino de investimentos

Na avaliação de Costa Filho, o cenário internacional, marcado pelo aumento do déficit público nos Estados Unidos e pela instabilidade fiscal em países como Argentina e membros da União Europeia, favorece a posição do Brasil como destino seguro para capital estrangeiro. “Isso coloca o Brasil como um grande player internacional para quem quer fazer investimento”, disse.

Com a ampliação das concessões rodoviárias, portuárias, ferroviárias e aeroportuárias, o governo aposta em uma estratégia de fortalecimento da logística nacional, beneficiando cadeias produtivas como o agronegócio, proteína animal, minério e fertilizantes.

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