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Alckmin celebra leilão do túnel Santos-Guarujá, maior obra do Novo PAC: “Estamos viabilizando uma obra importantíssima”

Vice-presidente destaca PPP de R$ 6,8 bi que permitirá construção do primeiro túnel imerso da América Latina

Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

247 - A maior obra do Novo PAC começou a sair do papel nesta sexta-feira (5), após o leilão realizado na sede da B3, em São Paulo, que definiu a empresa Mota-Engil como vencedora para a construção e operação do túnel Santos-Guarujá. O investimento será de R$ 6,8 bilhões, em contrato de 30 anos firmado no modelo de parceria público-privada (PPP). A informação foi confirmada pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que enfatizou a relevância do projeto.

“Estamos viabilizando a execução dessa obra importantíssima com parceria público-privada para construir e operar por 30 anos um túnel que vai passar pedestre, bicicleta, moto, carro, ônibus, caminhão, VLT, reduzindo custos e aumentando e fortalecendo a nossa economia”, afirmou Alckmin.

O projeto e sua dimensão histórica

O túnel terá 1,5 quilômetro de extensão, sendo 870 metros imersos sob o canal, o que fará dele o primeiro túnel imerso da América Latina. A obra, aguardada há mais de 100 anos, é considerada estratégica para melhorar a mobilidade da Baixada Santista e reduzir a dependência das balsas.

A Mota-Engil, vencedora do certame, superou a concorrente espanhola Acciona. A companhia portuguesa conta com a participação de 32,4% da estatal chinesa CCCC (China Communications Construction Company), responsável por obras de grande porte, como o túnel Taihu, de 10,8 quilômetros, na China.

Reações no governo

Além de Alckmin, outros ministros ressaltaram a dimensão política e social da conquista. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comemorou o desfecho: “É o fim de uma espera de 100 anos. É um projeto grandioso, que além de ligar Santos a Guarujá, vai gerar emprego e renda, melhorar a logística do Porto de Santos e a mobilidade da região”.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o simbolismo do início das obras: “O importante é que a população de São Paulo finalmente vai ver uma obra, imaginada 100 anos atrás, sair do papel. É esse espírito que deve presidir os trabalhos sempre. Daqui a alguns anos, vamos celebrar a inauguração dessa obra e tanta gente vai ser beneficiada. E nós vamos nos lembrar do dia de hoje, pois é assim que se faz política, é assim que se constrói a democracia”.


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