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Gilmar destaca mensagem das ruas contra anistia: “hora de olhar adiante”

Ministro do STF afirma que atos em todo o país reforçam defesa da democracia e rejeitam retrocessos institucionais

Gilmar Mendes (Foto: STF via Flickr)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes avaliou que as manifestações realizadas no domingo (21) contra a proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro são uma demonstração da vitalidade da democracia brasileira.

Para ele, a mobilização mostrou a vitalidade do compromisso democrático da população. “As manifestações de hoje contra a anistia dos atos golpistas são a prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia”, destacou Gilmar.

Apoio ao Supremo e à democracia

O ministro lembrou que, em diferentes momentos dos protestos, houve acenos ao Supremo Tribunal Federal. “Em diferentes momentos, registraram-se demonstrações de apoio ao STF, que esteve, mais uma vez, à altura da sua história, cumprindo com coragem e firmeza a missão de proteger as instituições e responsabilizar exemplarmente os que atentaram contra o Estado Democrático de Direito”, afirmou.

Segundo Gilmar, a presença da bandeira nacional nos atos reforçou o simbolismo da mobilização. “Graças à atuação vigilante do STF e à mobilização da sociedade, o Brasil reafirma que não há espaço para rupturas ou retrocessos. Não por acaso, a bandeira que se estendeu nas ruas foi a do Brasil, símbolo maior da nossa soberania e da unidade nacional.”

Chamado à unidade dos Poderes

Em sua manifestação, o decano da Corte também defendeu a necessidade de união institucional. “A mensagem é clara: é hora de olhar adiante! Precisamos transformar essa energia democrática em um grande pacto nacional entre Executivo, Legislativo e Judiciário, comprometido com uma agenda de reconstrução e de futuro”, escreveu.

Ele acrescentou que o país demanda avanços concretos em áreas estratégicas. “O país clama por estabilidade e por avanços concretos em áreas como economia, segurança pública, meio ambiente e justiça social. Somente com unidade e visão de longo prazo construiremos um Brasil mais forte e verdadeiramente democrático para as próximas gerações.”

Mobilização em todas as capitais

Os protestos foram convocados por partidos políticos, movimentos sociais, artistas e influenciadores digitais, com foco principal na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, chamada de “PEC da Blindagem”, e no Projeto de Lei da Anistia.

As manifestações ocorreram nas 27 capitais brasileiras. Pela manhã, os atos tiveram início em Brasília, Salvador e Belo Horizonte. No período da tarde, ganharam força em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.

A Avenida Paulista e a orla de Copacabana registraram os maiores públicos, com mais de 41 mil pessoas em cada local, segundo estimativa do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP).

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