FUP cobra Ibama por atraso em reunião sobre Margem Equatorial: “Está procrastinando a geração de riqueza para o Brasil”
Federação critica órgão ambiental por adiar planejamento da APO e denuncia desperdício diário de R$ 4 milhões com sonda parada no litoral do Pará
247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo adiamento da reunião que definiria o planejamento da Avaliação Pré-Operacional (APO) na Margem Equatorial. A declaração foi divulgada nesta segunda-feira (28).
O encontro, agora remarcado para 12 de agosto, deveria tratar da última etapa do processo de licenciamento ambiental referente ao bloco FZA-M-59, localizado na costa do Amapá. É nessa área que a Petrobrás pretende iniciar uma perfuração exploratória. O coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar, questionou diretamente o motivo da postergação: “A FUP não vê justificativa técnica, por parte do Ibama, para postergar para 12 de agosto reunião sobre planejamento da Avaliação Pré-Operacional (APO) na Margem Equatorial, área do bloco FZA-M-59, no litoral do Amapá, onde a Petrobrás pretende realizar perfuração exploratória. Por que da protelação do Ibama?”.
A paralisação da operação gera um prejuízo significativo aos cofres públicos. Segundo a FUP, a sonda contratada pela Petrobrás está parada há mais de vinte dias no litoral do Pará, sem autorização para realizar o simulado obrigatório em um poço pioneiro. O custo diário do equipamento é estimado em mais de R$ 4 milhões.
A APO consiste em simular um cenário de vazamento de óleo, a fim de testar os protocolos de emergência da operação. Bacelar defende que o processo já poderia estar em andamento: “Bastaria o Ibama marcar a APO”. A Petrobrás havia proposto a realização do exercício ainda em julho, mas o novo cronograma do Ibama frustrou os planos da estatal e prolonga a indefinição.
Apesar de reconhecer a relevância técnica do órgão ambiental, o dirigente da FUP não poupou críticas quanto ao impacto da decisão: “O Ibama é um órgão importante, com corpo técnico sério e competente. Mas, ao agir dessa maneira, não está contribuindo para o desenvolvimento do país. Está procrastinando a geração de renda e riqueza para o Brasil, enquanto empresas internacionais aguardam que a Petrobrás não possa desenvolver essa nova fronteira e a exploram em países vizinhos como na Guiana e Suriname, na mesma Margem Equatorial”.
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