<p><b>247 - </b>A Petrobras já acumula aproximadamente R$ 180 milhões em gastos para manter parado o navio-sonda NS-42 na Margem Equatorial, no litoral do Amapá. O equipamento chegou à região em 18 de agosto e aguarda autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a perfuração de poços.</p>
<p>De acordo com a Reuters, a sonda tem custo diário de R$ 4 milhões, valor confirmado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e por uma fonte da estatal. “Até agora já se perdeu R$ 180 milhões com a sonda parada lá, mais de R$ 4 milhões por dia”, afirmou a fonte, em condição de sigilo.</p>
<h2>Histórico de atrasos e custos elevados</h2>
<p>Esse cenário remete a uma situação semelhante entre 2022 e 2023, quando a Petrobras levou outro equipamento à mesma área e o manteve inativo por meses. O Ibama negou a licença após questionamentos sobre a eficácia do plano de resposta a emergências, o que levou à desmobilização da sonda em maio de 2023.</p>
<h2>Simulado de emergência mobilizou maior estrutura da estatal</h2>
<p>Em agosto deste ano, a companhia organizou o maior exercício de resposta a acidentes ambientais de sua história. Foram mobilizados mais de 400 profissionais, embarcações de grande porte e aeronaves para demonstrar ao Ibama a capacidade de atuação em caso de derramamento de óleo na região, considerada de alta sensibilidade ambiental. O teste foi aprovado pelo órgão ambiental em setembro, mas ajustes foram solicitados antes da deliberação final. Ainda não há prazo definido para a análise.</p>
<h2>Petrobras e Ibama se pronunciam</h2>
<p>Em nota, a estatal reiterou que está pronta para iniciar a operação. “A Petrobras mantém ativa a estrutura e recursos humanos e físicos dedicados à perfuração do poço e está pronta para iniciar a operação”, declarou a companhia, de acordo com a reportagem. O Ibama, por sua vez, informou que a equipe técnica analisa a documentação enviada em 26 de setembro. O parecer será submetido às instâncias superiores do órgão antes da emissão da licença.</p>
<h2>MPF recomenda novos testes antes da licença</h2>
<p>O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o Ibama não conceda a autorização até que a Petrobras realize um novo exercício de emergência. Segundo o órgão, a medida é necessária para comprovar a capacidade real de resposta a acidentes na região. O Ibama tem 72 horas para responder à recomendação. Caso não seja acatada, o MPF afirmou que poderá adotar medidas judiciais. A decisão final caberá ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.</p>

Paulo Emilio

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Economia

Indefinição do Ibama faz Petrobras acumular R$ 180 mi com custos de sonda parada na Margem Equatorial

<p><b>247 - </b>A Petrobras e o Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Imar/Unifesp) estão à frente de um projeto pioneiro que utiliza Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina para mapear o ecossistema marinho e costeiro da Margem Equatorial. O objetivo é compreender a biodiversidade local e otimizar os processos de caracterização ambiental antes da possível liberação da exploração de petróleo na área.</p>
<p>De acordo com informações publicadas pelo Broadcast (Agência Estado), o sistema está sendo desenvolvido por uma equipe coordenada pelo pesquisador Gustavo Fonseca, do Imar/Unifesp – Campus Baixada Santista. O grupo reúne mais de 20 cientistas e estagiários, responsáveis por criar ferramentas capazes de gerar mapas que indicarão os pontos mais estratégicos para a coleta de amostras biológicas.</p>
<h3>Tecnologia a serviço da ciência</h3>
<p>O projeto, que conta com a participação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto Oceanográfico da USP (IOUSP), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), é financiado por meio de um termo de cooperação tecnológica com a Petrobras e gerido pela Fundação de Apoio à Unifesp (FapUnifesp).</p>
<p>Fonseca explica que o grupo já aplicou metodologias semelhantes no Plano de Caracterização Regional da Baixada Santista, ligado às atividades do pré-sal, e agora amplia a abordagem com recursos de IA. “Avançamos com esse braço de inteligência artificial para modelar cenários em profundidades entre 25 e 3.000 metros”, disse o pesquisador. Segundo ele, “esses modelos estatísticos serão úteis para os demais pesquisadores encarregados de apresentar toda a complexidade da região na etapa de caracterização ambiental”.</p>
<h3>Mapeamento com base em dados de satélite</h3>
<p>Os modelos estão sendo criados a partir de informações coletadas por satélites ao longo de mais de uma década, combinadas com séries ambientais detalhadas e novos dados. “Uma única imagem aeroespacial é composta por mais de 200 mil linhas de dados. O desafio é transformar isso em respostas simples para apoiar a tomada de decisão”, explicou Fonseca.</p>
<p>A primeira entrega, intitulada deve ser concluída até o final de 2025. O cronograma prevê 54 estações de coleta para a malha regional e seis voltadas especificamente à área da Margem Equatorial, totalizando 474 amostras de sedimento.</p>
<h3>Logística e impacto ambiental</h3>
<p>A Petrobras é responsável pela logística das expedições e pelo uso dos navios de pesquisa, enquanto as universidades se encarregam do processamento e análise dos dados. “Um dia de mar pode custar entre US$ 80 mil e US$ 100 mil. Por isso, a qualidade da coleta é essencial”, destacou o pesquisador. “Com um mapa prévio, que indique as áreas mais representativas das diferenças ecológicas, fornecemos o máximo de informação para que as melhores decisões sejam tomadas”, acrescentou.</p>
<p>A conclusão da base de dados está prevista para 2029. A expectativa é que o sistema possa servir também como referência para futuros planos de caracterização ambiental e que parte das informações seja disponibilizada a pesquisadores, órgãos ambientais e ao público em geral.</p>

Luis Mauro Filho

Brasil

Petrobras e Unifesp usam IA para mapear ecossistema da Margem Equatorial

<p><b>247 –&nbsp;</b>A Petrobras entregou ao Ibama, às 19h57 da sexta-feira, 27 de setembro, os ajustes finais em seus planos de resposta a emergências e proteção da fauna para perfuração na Margem Equatorial. A informação foi publicada originalmente pelo <a href="https://brazilstockguide.com/insights/petrobras-final-equatorial-margin-plans-ibama/"><i>Brazil Stock Guide</i></a>. O envio é considerado o último passo antes de a estatal conquistar a licença ambiental necessária para iniciar a exploração em uma das fronteiras petrolíferas mais promissoras do país.</p>
<p>A companhia informou que revisou protocolos após a aprovação condicional de sua Avaliação Pré-Operacional (APO) em agosto. O exercício de simulação de derramamento de óleo durou quatro dias, mobilizou mais de 400 profissionais, utilizou o navio-sonda NS-42 no bloco FZA-M-59 e contou com 12 embarcações, três aeronaves e um centro de resgate de fauna em Oiapoque, no Amapá.</p>
<h2>Exigências e desafios da operação</h2>
<p>O Ibama havia aprovado a APO em 24 de setembro, destacando a robustez da estrutura de resposta da Petrobras diante dos desafios logísticos sem precedentes de uma operação em águas profundas na região. No entanto, a agência ambiental condicionou a licença à apresentação de ajustes adicionais no plano de proteção da fauna — o que foi cumprido agora pela estatal.</p>
<p>Segundo a Petrobras, a Margem Equatorial representa uma nova fronteira para repor reservas além do pré-sal. Já o governo do presidente Lula enxerga a região como fonte estratégica de receitas, ao mesmo tempo em que enfrenta o dilema global do avanço da exploração de combustíveis fósseis diante dos compromissos climáticos.</p>
<h2>Pressão internacional e COP30</h2>
<p>O debate sobre a exploração na Margem Equatorial ganhou projeção mundial por simbolizar o embate entre expansão da produção de petróleo e os compromissos ambientais assumidos pelo Brasil. O tema tende a se intensificar à medida que se aproxima a realização da COP30, prevista para 2026 em Belém (PA).</p>
<p>Apesar da relevância, não há prazo legal para que o Ibama dê seu veredito. Analistas, contudo, projetam que uma decisão seja tomada nas próximas semanas.</p>
<h2>Próximos passos</h2>
<p>A Petrobras planeja perfurar seu primeiro poço na região até o fim de 2025. Eventuais atrasos na análise do Ibama podem acentuar os riscos regulatórios e políticos que cercam a estratégia de expansão da companhia.</p>

Redação Brasil 247

Presidenta da Petrobras, Magda Chambriard

Petrobras entrega planos finais da Margem Equatorial ao Ibama

<p><b>247 - </b>A Petrobras declarou nesta sexta-feira (26) que a obtenção da licença ambiental para perfuração de um poço exploratório na Margem Equatorial depende somente da entrega de planos revisados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters, que acompanha o processo de licenciamento da estatal.</p>
<p>Segundo a reportagem, a empresa informou que “para a emissão da licença de operação, resta apenas entregar os planos revisados, conforme solicitação do Ibama”. A estatal também confirmou que reapresentaria a documentação ainda nesta sexta-feira.</p>
<h3>Exigências do Ibama</h3>
<p>De acordo com a Petrobras, o órgão ambiental sinalizou que, após a emissão da licença, será necessário um novo exercício de simulação, previsto para a fase de perfuração do poço. O Ibama havia aprovado, em agosto, um simulado de emergência, mas apontou falhas graves no plano de resgate de animais.</p>
<p>No parecer técnico, o instituto alertou que “o plano proposto não é capaz de garantir ações adequadas ao atendimento dos animais que vierem a ser contaminados em um eventual acidente com vazamento de óleo, o que poderá resultar em perda maciça de biodiversidade, levando estes animais à morte”.</p>
<h3>Incidentes durante o simulado</h3>
<p>O relatório também registrou incidentes ocorridos durante o exercício no rio Oiapoque, no Amapá. Em 26 de agosto, um barco da Petrobras ficou preso em uma rede de pesca de um morador local às 2h10 da manhã. O pescador foi indenizado em R$ 12 mil. Pouco depois, outra embarcação encalhou em um banco de areia, e ainda houve quase colisão com um barco de pequeno porte.</p>
<p>Os “animais” usados no teste — representados por brinquedos de plástico — chegaram ao centro veterinário em Oiapoque com apenas 30 minutos de folga para cumprir o prazo de 24 horas estipulado. O Ibama ainda destacou que a Petrobras utilizou embarcações não autorizadas e apontou falhas de segurança em voos simulados, com risco de efeitos tóxicos a pilotos em caso de emergência real.</p>
<h3>Disputa em torno da licença</h3>
<p>Apesar das críticas, o parecer foi visto de forma positiva pela estatal. Uma fonte da empresa disse à Reuters que a concessão da licença é “inevitável”. A área em águas profundas do Amapá é considerada estratégica pela indústria e pelo governo, por compartilhar características geológicas com a Guiana, onde foram descobertos grandes campos de petróleo.</p>
<p>Ainda assim, o processo enfrenta resistência de ambientalistas e de setores do próprio governo federal, devido aos riscos socioambientais. Fontes do setor avaliam que, diante das pendências, é improvável que a autorização seja concedida antes da COP30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém.</p>
<p>“Acho que tem um caminho ainda a percorrer. A COP30 talvez seja um complicador para sair agora”, afirmou uma fonte do setor de petróleo ouvida pela Reuters.</p>

Petrobras diz que só falta “ajuste no plano” para perfurar na Margem Equatorial

<p><b>247 – </b>A Petrobras conquistou um passo decisivo em seu projeto na Margem Equatorial. Nesta quarta-feira, 24 de setembro, o Ibama aprovou a Avaliação Pré-Operacional (APO), realizada pela companhia em agosto, como parte final do processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59, localizado em águas profundas da costa do Amapá. A informação foi divulgada pela Agência Petrobras de Notícias (<a href="https://agencia.petrobras.com.br/w/ibama-aprova-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-operacional-apo-realizada-pela-petrobras-no-amap%C3%A1" target="_new">confira aqui</a>).</p>
<p>No parecer oficial, o órgão ambiental destacou que, <i>“levando em consideração as observações registradas pela equipe de avaliadores, a robustez da estrutura apresentada, bem como o caráter inédito da atividade executada — marcada por desafios logísticos relevantes, pela dimensão da estrutura acionada e pela amplitude das vertentes de análise — considera-se a Avaliação Pré-Operacional do Bloco FZA-59 aprovada”</i>.</p>
<p>Apesar da aprovação, o Ibama solicitou ajustes no plano de proteção à fauna apresentado pela estatal, ressaltando que a medida visa fortalecer a estratégia de melhoria contínua da estrutura de resposta, garantindo alinhamento aos requisitos ambientais da região. A Petrobras se comprometeu a revisar o plano conforme as recomendações e reapresentar o documento até esta sexta-feira, 26 de setembro.</p>
<p>O despacho também recomenda a concessão da licença de operação “após a constatação, pela equipe técnica, da incorporação nos planos das melhorias e correções solicitadas no parecer”. Com isso, a estatal avança para a etapa final e espera obter em breve a licença ambiental para perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-59, que será fundamental para identificar informações geológicas e avaliar a presença de petróleo.</p>
<p>Em nota, a Petrobras reforçou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da Margem Equatorial, destacando a relevância da região como nova fronteira exploratória para garantir a segurança energética do Brasil e viabilizar os recursos necessários para uma transição energética justa.</p>

Petrobras celebra avanço na busca da licença pela Margem Equatorial

<p><b>247 – </b>O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (24) que a <b>Margem Equatorial pode ser considerada o “novo pré-sal” brasileiro</b>. A declaração foi feita durante um evento sobre gás liquefeito de petróleo (GLP), no Rio de Janeiro. A informação foi publicada pelo jornal <i>Valor Econômico</i>.</p>
<p>Segundo Silveira, a abertura de novas fronteiras exploratórias é estratégica para garantir recursos que financiem a transição energética e sustentem o crescimento econômico do país. “<b>A exploração de petróleo e gás natural é fundamental para financiar a transição energética e garantir mais desenvolvimento econômico e social</b>”, declarou.</p>
<h2>Margem Equatorial como nova fronteira</h2>
<p>O ministro destacou o programa <b>Potencializa E&amp;P</b>, voltado para estimular investimentos em novas fronteiras exploratórias. “<b>No programa Potencializa E&amp;P, o foco é nas novas fronteiras. A Margem Equatorial é um novo pré-sal</b>”, disse.</p>
<p>Atualmente, a Petrobras ainda aguarda a licença ambiental do Ibama para avançar na perfuração de poços na região da <b>Margem Equatorial</b>, área considerada estratégica para o futuro energético do Brasil.</p>
<h2>Gás natural e reindustrialização</h2>
<p>Silveira também ressaltou que a expansão da oferta de gás natural é condição essencial para apoiar a política de reindustrialização do país. “<b>Há um grande esforço nacional para promover a reindustrialização. Para isso, é preciso aumentar a oferta e reduzir o preço do gás natural para nossas indústrias</b>”, afirmou.</p>
<h2>Apoio político no Rio</h2>
<p>Durante sua passagem pelo Rio, o ministro aproveitou para manifestar apoio ao prefeito Eduardo Paes em uma eventual disputa pelo governo estadual. “<b>Há uma grande esperança no Brasil de ver Eduardo Paes administrar o Rio nos próximos 4 anos</b>”, declarou.</p>

"Margem Equatorial é um novo pré-sal", diz Alexandre Silveira

<p><b>247 - </b>O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou a última fase do licenciamento ambiental para a Petrobras iniciar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, localizada no litoral do Amapá.</p>
<p>Segundo a reportagem, a etapa final corresponde à Avaliação Pré-Operacional (APO), realizada no fim de agosto. Trata-se de um simulado que testa a viabilidade dos planos de emergência e de proteção à fauna elaborados pela estatal em caso de incidentes durante a perfuração. O documento aprovado destaca que, embora a estrutura apresentada pela Petrobras seja robusta, há ajustes necessários para fortalecer a resposta diante de eventuais acidentes.</p>
<h3>Divergências internas no parecer</h3>
<p>O parecer do Ibama registra que não houve consenso entre os técnicos que avaliaram a APO. Alguns servidores apontaram falhas e a necessidade de adequações nos planos já apresentados pela Petrobras. Ainda assim, a deliberação final foi pela aprovação do teste.</p>
<p>“Levando em consideração as observações registradas pela equipe de avaliadores, a robustez da estrutura apresentada, bem como o caráter inédito da atividade executada — marcada por desafios logísticos relevantes — considera-se a Avaliação Pré-Operacional do Bloco FZA-59 aprovada”, afirma o documento.</p>
<p>Uma das principais críticas dos técnicos foi a divergência entre os recursos usados no atendimento à fauna durante a simulação e os que estavam previstos no Plano de Proteção à Fauna (PPAF). O parecer aponta: “A estratégia e os recursos utilizados para o atendimento à fauna durante a APO divergem do proposto no PPAF, conforme detalhado na análise. Entende-se que o PPAF deverá ser revisado e apresentado considerando a incorporação das observações constantes neste parecer”.</p>
<h3>Próximos passos</h3>
<p>O Ibama determinou que, após a revisão do plano, uma nova simulação seja realizada na fase de reservatório do poço, com foco específico em monitoramento, resgate e transporte da fauna em caso de acidentes. A avaliação deverá ser acompanhada de perto pelo órgão ambiental.</p>
<p>(Com informações do <a href="https://brazilstockguide.com/insights/ibama-clears-final-license-stage-for-petrobras-in-equatorial-margin/">Brazil Stock Guide</a>)</p>

Ibama libera etapa final de licença para Petrobras explorar Margem Equatorial

<p><b>247 -</b> O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou em entrevista à <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/c05966ydnndo">BBC News Brasil</a>, concedida na quarta-feira (17), que ainda não chegou o momento de o mundo abrir mão do petróleo. Questionado sobre a prospecção de combustíveis fósseis na Margem Equatorial ele argumentou que nenhum país está preparado para uma transição energética capaz de prescindir do uso de petróleo.</p>
<p>“Eu quero saber qual é o país do planeta que está preparado para ter uma transição energética capaz de abdicar do combustível fóssil”, afirmou Lula, ao defender a iniciativa da Petrobras de perfurar um poço exploratório em águas profundas no Amapá. O presidente frisou que apoia totalmente a transição energética, mas destacou que é necessário levar em conta a realidade de cada nação.</p>
<h2><b>Petrobras e defesa da exploração</b></h2>
<p>A Petrobras sustenta que a exploração da Margem Equatorial pode abrir uma nova fronteira energética no Brasil e contribuir para uma transição “justa, segura e sustentável”. Segundo a estatal, o plano de prevenção já foi aprovado pelo Ibama, embora o processo de licenciamento ainda dependa de testes que simulam possíveis emergências.</p>
<p>Lula afirmou que governo e empresa cumprem rigorosamente a legislação: “Se nós tivermos um problema, nós seremos responsáveis para cuidar desse problema”, disse, ressaltando que a Petrobras tem a “melhor tecnologia de prospecção em águas profundas” e que “nunca teve um incidente”.</p>
<h2><b>COP30 e liderança climática</b></h2>
<p>O presidente também foi questionado sobre o impacto de sua defesa da exploração na imagem do Brasil diante da COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA). Para Lula, não há contradição, já que o país possui uma matriz elétrica composta em quase 90% por fontes renováveis, com forte potencial para expandir o uso de energia solar, eólica e de biomassa.</p>
<p>“Nós estamos fazendo a maior revolução na transição energética que algum país está fazendo”, declarou, reafirmando seu compromisso com a realização da COP30 na Amazônia. Segundo ele, a escolha de Belém foi estratégica: “A COP foi escolhida para ser feita na Amazônia porque eu quero que o mundo, ao invés de falar sobre a Amazônia, conheça a Amazônia. É muito fácil fazer uma COP em Paris, em Dubai”.</p>

Otávio Rosso

“Nenhum país está pronto para abrir mão de petróleo”, diz Lula sobre Margem Equatorial

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que acredita que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve estar satisfeito com os resultados de um simulado de emergência realizado pela Petrobras na Margem Equatorial, no Amapá, e que isso deverá facilitar a concessão de licença para a empresa realizar a perfuração exploratória na região. O teste, realizado em agosto, foi acompanhado pelo Ibama e teve como objetivo demonstrar a capacidade da Petrobras de lidar com eventuais acidentes ambientais, caso a exploração seja autorizada.</p>
<p>“Eu acredito que o Ibama deve estar satisfeito com o resultado da pesquisa, e agora o Ibama vai dar a licença para que a gente faça a primeira experiência”, afirmou Lula, durante entrevista ao canal Rede Amazônica. No entanto, fontes ligadas ao Ibama informaram que a equipe técnica do órgão ainda não finalizou o relatório sobre o simulado e não fez uma avaliação oficial de sua eficácia. O processo de concessão da licença segue em análise, aguardando o parecer técnico para que o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, tome a decisão final.</p>
<p>O presidente Lula tem pressionado o Ibama para que libere a licença de perfuração na região, que é considerada de grande importância estratégica para o Brasil, com grande potencial para reservas de petróleo e gás. A Petrobras vê na Margem Equatorial uma área promissora, com características geológicas semelhantes a outras áreas no Suriname e na Guiana, onde foram feitas grandes descobertas.</p>
<p>Apesar disso, a proposta enfrenta resistência de diferentes setores, tanto da sociedade quanto dentro do próprio governo, que alertam para os riscos socioambientais envolvidos. Lula, no entanto, defendeu a ideia de que a Amazônia não deve ser vista como uma região intocável, mas sim como um espaço para exploração responsável, com preservação e desenvolvimento. “Queremos preservar a Amazônia não como uma coisa intocável, mas de forma que ela seja explorada da maneira mais responsável, seja no mar ou em terra”, disse o presidente.</p>
<p>Em relação à transição energética, Lula também reiterou a importância dos recursos provenientes da exploração de combustíveis fósseis para financiar o processo de mudança para fontes de energia mais sustentáveis. “O combustível fóssil do petróleo pode ser o dinheiro que falta para a gente fazer a revolução na nossa transição energética", destacou o presidente.</p>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília - 09/07/2025 

Ibama deve estar satisfeito com teste da Petrobras na Margem Equatorial, diz Lula

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, em entrevista à Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, a exploração de petróleo no litoral do Amapá, na Margem Equatorial. Lula ressaltou que o processo deverá ocorrer com responsabilidade e respeito ao meio ambiente, destacando que a Petrobras tem experiência consolidada em operações em águas profundas sem registro de incidentes. Segundo o presidente, a exploração de combustíveis fósseis representa uma oportunidade estratégica para o país e para a Região Amazônica, mas não pode prescindir da proteção ambiental.</p>
<p>“Nós queremos preservar a Amazônia não como uma coisa intocável, mas que ela seja explorada, seja por mar e por terra, da forma mais responsável possível, porque nós sabemos o que é cuidado com a Amazônia. Nós vamos explorar o petróleo, mas o que estamos fazendo é cumprindo etapas”, afirmou Lula em entrevista em à Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, de acordo com o jornal <a href="https://www.estadao.com.br/economia/lula-exploracao-petroleo-foz-amazonas-petrobras/">O Estado de S. Paulo</a>.&nbsp;</p>
<h2>Petrobras e Ibama em processo de avaliação</h2>
<p>O presidente destacou que a Petrobras e o Ibama já concluíram a Avaliação Pré-operacional (APO), que testa os mecanismos de resposta a emergências e os planos de proteção da fauna. Ele reiterou que a exploração seguirá apenas após garantias de segurança ambiental. Para Lula, o desenvolvimento energético deve caminhar em paralelo à preservação da floresta.</p>
<h2>Defesa de Marina Silva e obras de infraestrutura</h2>
<p>Durante a entrevista, Lula também saiu em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alvo de críticas pela falta de avanço nas obras de pavimentação da BR-319. Ele ressaltou que a ministra busca sempre discutir formas sustentáveis de viabilizar projetos. “Às vezes as pessoas jogam a culpa para cima da Marina, e eu falo para eles que a Marina ficou 15 anos fora do governo, portanto, se não foi feito, não culpe a Marina. O que a Marina faz, e é importante que ela seja assim, é que a Marina nunca diz que é proibido fazer, ela quer discutir como fazer as coisas. Se fizer bem feito, é melhor para todo mundo”, declarou.</p>
<p>Na entrevista, Lula reafirmou que a BR-319 será construída, mas ressaltou a necessidade de manter a floresta protegida e os projetos sob rigor ambiental.</p>
<h2>Agenda presidencial em Manaus</h2>
<p>O presidente chegou a Manaus na manhã desta terça-feira (9) para inaugurar o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), estrutura voltada ao combate ao narcotráfico. No período da tarde, Lula embarca em uma balsa no Rio Negro para acompanhar o lançamento de um cabo de fibra óptica que integra o programa Norte Conectado, voltado à ampliação da infraestrutura digital na região.</p>
<p>Ele também antecipou que pretende retornar ao Amazonas em outubro para participar de uma cerimônia vinculada ao programa Minha Casa, Minha Vida, reafirmando compromissos com políticas sociais e de desenvolvimento regional.</p>

Brasília (DF), 26/08/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena reunião ministerial, no Palácio do Planalto 

Margem Equatorial

"Vamos explorar o petróleo", diz Lula sobre Margem Equatorial

<p><b>247 - </b>A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta sexta-feira (5) que ainda não há novidades em relação ao processo de licenciamento ambiental para exploração de petróleo na Margem Equatorial.. “Continua tudo na mesma”, disse Chambriard em rápida conversa com jornalistas após participar da cerimônia de posse de diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de acordo com a agência Reuters. </p>
<p>Na semana passada, a Petrobras realizou um exercício de simulação de emergência em águas profundas do Amapá, na região da Margem Equatorial. A ação faz parte das exigências para o processo de licenciamento pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e é um passo considerado fundamental para obter autorização para perfuração de poços na área.</p>
<p>Segundo a estatal, o simulado teve como objetivo testar protocolos de segurança e resposta rápida em caso de incidentes, atendendo às diretrizes ambientais e operacionais exigidas pelas autoridades reguladoras.</p>

"Continua tudo na mesma", diz Magda Chambriard sobre demora no licenciamento da Margem Equatorial

<p><b>247 -</b> A Petrobras concluiu nesta quarta-feira (27) o simulado de emergência realizado na Margem Equatorial, em águas profundas do Amapá, etapa considerada decisiva no processo de licenciamento ambiental para perfuração de um poço exploratório na região.</p>
<p>Segundo a estatal, mais de 400 profissionais participaram da operação, que durou quatro dias e foi encerrada sem registro de intercorrências — ponto que reforça a segurança do projeto até o momento.</p>
<p>O exercício contou com uma ampla estrutura: sonda posicionada na localização do poço, centro de fauna em Oiapoque, seis embarcações de contenção e recolhimento de óleo, seis embarcações de monitoramento e resgate, além de três aeronaves.</p>
<h2>Próximos passos</h2>
<p>Segundo a agência Reuters, Ibama confirmou a conclusão da chamada Avaliação Pré-Operacional (APO) e informou que, nos próximos dias, dará início à análise dos resultados.</p>
<p>&nbsp;“Somente após a conclusão dessa análise, será elaborado um relatório técnico sobre a exequibilidade (ou não) do Plano de Emergência Individual (PEI) proposto pela empresa empreendedora (Petrobras)”, informou o órgão, sem definir prazo para finalizar a avaliação.</p>
<p>O simulado é visto como a última etapa antes da decisão do Ibama sobre a licença de perfuração. A Margem Equatorial é considerada uma das áreas mais promissoras para novas descobertas de petróleo, em linha com os grandes achados recentes na Guiana e no Suriname.</p>
<p>A Petrobras destaca que este é um dos maiores investimentos já feitos no país para obtenção de licenciamento ambiental, com centros de tratamento de fauna e flora e estruturas de resposta emergencial inéditas no setor.</p>

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