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      Flávio Bolsonaro acusa Alcolumbre de ignorar oposição e lidera ocupação no Senado: “Sequer atende o telefone”

      Senador afirma que presidente do Senado rompeu o diálogo e promete manter pressão até que pautas da direita sejam analisadas

      Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) intensificou o confronto com a cúpula do Congresso ao acusar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de ignorar os parlamentares da oposição. Em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (5), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que Alcolumbre se recusa até mesmo a atender ligações e, por isso, um grupo de senadores decidiu ocupar a Mesa Diretora do Plenário da Casa como forma de protesto.

      “Enquanto o presidente Davi Alcolumbre não atender às nossas demandas, porque sequer o telefone ele está atendendo — e eu jamais esperava isso dele — nós vamos permanecer aqui”, declarou Flávio ao programa Estúdio i. A mobilização, segundo ele, seguirá “por tempo indeterminado” até que o presidente da Casa abra diálogo com os oposicionistas.

      “Vamos virar a noite se for preciso”

      O movimento liderado por Flávio Bolsonaro reúne mais de 12 senadores e tem como objetivo forçar a pauta de projetos alinhados ao bolsonarismo, entre eles o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma proposta de anistia “ampla e irrestrita” aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado.

      “Nós vamos permanecer aqui no plenário, se preciso for, e virar a noite”, afirmou o senador.

      A ocupação da Mesa Diretora, além de simbólica, tem como efeito prático a obstrução dos trabalhos legislativos. O grupo tenta constranger publicamente o presidente do Senado, que até o momento não se manifestou oficialmente sobre as reivindicações ou sobre o ato liderado por Flávio Bolsonaro.

      Crise política se intensifica

      A escalada do confronto entre oposição, Congresso e Judiciário se dá em meio a tensões provocadas por decisões do STF contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A prisão domiciliar do ex-chefe do Executivo e a recente articulação internacional para aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes aumentaram a temperatura em Brasília.

      A oposição tenta, com o protesto, transformar o Senado em palco de pressão institucional. Ao responsabilizar Alcolumbre por um “silêncio deliberado”, Flávio Bolsonaro expôs um racha dentro da Casa e sinalizou que o grupo está disposto a levar o impasse ao limite.

      Efeito internacional e críticas ao governo

      A ofensiva bolsonarista ocorre também em meio à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo Flávio, a medida é reflexo das ações do STF e da postura do governo Lula em relação à Casa Branca.

      “Tem que perguntar ao Alexandre de Moraes, que foi quem colocou o Brasil nessa confusão junto com os Estados Unidos, e ao Lula, que a todo momento hostiliza os Estados Unidos”, afirmou. Para ele, o presidente brasileiro “fecha as portas para qualquer negociação” e agiria por interesse político ao “achar bom que o Brasil pague esse preço”.

      Reação ainda indefinida

      Até o momento, nem Alcolumbre nem integrantes da Mesa Diretora sinalizaram qualquer intenção de abrir negociações com o grupo. A ocupação segue como símbolo da insatisfação da direita com os rumos do Senado e do país, mas sem garantia de que as demandas — descritas por Flávio como um “pacote de paz” — entrem em pauta.

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