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Sóstenes declara guerra ao governo e fala em “obstrução total” no Congresso

“Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação”, disse o líder do PL

Deputado federal Sóstenes Cavalcante, que protocolou o pedido de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

247 - O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou nesta terça-feira (5) que a oposição vai adotar uma obstrução total nos trabalhos do Congresso Nacional até que o governo aceite discutir o chamado “pacote da paz”.

“Vamos entrar em obstrução total na Câmara e no Senado e não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação, já apresentado por meus colegas”, declarou o deputado.

Entre as exigências da oposição estão o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição que extingue o foro privilegiado e a anistia ampla aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Na mesma coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou formalmente o “pacote da paz” — iniciativa defendida por parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a intenção é construir uma agenda legislativa que reestabeleça, em suas palavras, a “harmonia entre os Poderes”.

O discurso de Sóstenes, porém, adotou um tom de confronto. “A partir de agora estamos nos apresentando para a guerra. Se é guerra que governo quer, guerra terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa pela anistia, pela mudança do fim do foro e pelo impeachment de Moraes”, disse o líder do PL.

Ele também afirmou que a oposição está "entrincheirada", com "uma série de ações e uma coordenação centralizada". Segundo Sóstenes, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, reuniu-se com dirigentes de outros partidos na manhã desta terça para alinhar estratégias.

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