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"Ele está indignado", diz Flávio sobre Jair Bolsonaro antes de julgamento no STF

Senador alega inocência do pai e acusa ministros do STF

Jair Messias Bolsonaro em julgamento da denúncia do núcleo 1 da trama golpista. (Foto: Antonio Augusto/STF)

247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em entrevista à coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, que Jair Bolsonaro (PL) está “indignado” às vésperas de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. O processo começa a ser analisado nesta terça-feira (2) pela Primeira Turma da Corte.

Segundo Flávio, a insatisfação do pai se deve ao fato de o julgamento ocorrer no STF, quando, em sua visão, deveria ser analisado pela primeira instância. A irritação é ainda maior, afirmou o senador, porque três dos cinco ministros que compõem o colegiado — Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin — seriam “flagrantemente suspeitos” para julgar o caso.

Por que o julgamento será no STF

O entendimento do Supremo é que a análise cabe à Corte porque os supostos crimes foram cometidos durante o exercício do mandato presidencial. A relatoria do processo está com Alexandre de Moraes, o que faz com que a ação seja automaticamente distribuída à Primeira Turma, formada ainda pelos ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux, além de Dino e Zanin.

Críticas e expectativa de condenação

Flávio Bolsonaro disse acreditar que o julgamento já está comprometido. “Muita gente tem certeza de que ele será condenado por quem vai julgá-lo, e não pelo que está no processo”, declarou. O senador também reafirmou que o pai não teve participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

As acusações contra Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Jair Bolsonaro de cinco crimes: liderança de organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, deterioração de patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Caso seja condenado, a pena pode ultrapassar 40 anos de prisão.

Defesa e menção a Mauro Cid

Ainda de acordo com Flávio, Jair Bolsonaro mantém a tranquilidade por acreditar que as provas do processo supostamente demonstram sua inocência. “Ele está com a consciência tranquila, pois há no processo provas de sua inocência, como a confissão de Mauro Cid de que nunca foi tratado nada sequer parecido com o 8 de janeiro durante o governo Bolsonaro. Portanto, nunca se tratou de golpe ou algo do gênero”, disse o senador.

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