"Eduardo Bolsonaro faz lobby contra o Brasil com salário e gabinete pagos pela Câmara", denuncia Lindbergh
Deputado bolsonarista voltou a receber salário em julho e manteve, por todo o período fora, o recebimento da verba de gabinete
247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) acusou, na noite desta sexta-feira (15), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de atuar nos Estados Unidos contra os interesses do Brasil com dinheiro do povo brasileiro. A crítica veio após a divulgação de que o parlamentar se reuniu com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, no mesmo dia em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma reunião cancelada com o norte-americano, segundo o próprio ministro, por influência da extrema direita.
“Não é coincidência: é a rede internacional da ultradireita operando para prejudicar nosso país e beneficiar interesses estrangeiros”, escreveu Lindbergh em sua conta no X (antigo Twitter).
O parlamentar destacou ainda o caráter “anômalo” da atuação de Eduardo, que vive nos EUA desde fevereiro, mas segue exercendo o mandato parlamentar e recebendo recursos públicos.
Salário e verba de gabinete seguem
Na publicação, Lindbergh anexou prints que mostram que Eduardo voltou a receber salário da Câmara em julho, no valor bruto de R$ 17.000,93. O pagamento foi retomado após o fim de sua licença parlamentar em 20 de julho, durante o recesso do Congresso. O bolsonarista também manteve o recebimento da verba de gabinete, no montante de R$ 133.170,54 mensais em 2025, mesmo sem exercer atividades no Brasil.
Segundo o líder petista na Câmara, a situação equivale a “traição à Pátria com patrocínio oficial do povo brasileiro”, já que Eduardo atua em solo estrangeiro enquanto é financiado por recursos públicos e por doações arrecadadas por Jair Bolsonaro em campanhas de apoio via Pix.
“Eduardo age assim recebendo salário e benefícios pagos pelo povo brasileiro, além do dinheiro da campanha do Pix de Jair Bolsonaro. Ou seja, os ataques à soberania nacional estão sendo financiados com recursos que deveriam servir ao interesse público”, criticou Lindbergh, defendendo a cassação do deputado.