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      Direita pressiona e condiciona avanço da anistia aos golpistas à promessa de Bolsonaro apoiar Tarcísio em 2026

      Lideranças do Congresso evitam votar perdão aos envolvidos no 8 de Janeiro sem contrapartida clara do ex-mandatário

      Tarcísio Freitas e Bolsonaro (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - As movimentações em torno do julgamento dos acusados do 8 de Janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF) seguem impactando a articulação política em Brasília. Segundo reportagem da Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, o Centrão e partidos de direita impõem condições para avançar com a proposta de anistia a condenados pelos atos golpistas, cobrando uma contrapartida direta de Jair Bolsonaro (PL).

      De acordo com a publicação, líderes do Congresso avaliam que não é o momento de aprovar um projeto tão desgastante, sobretudo durante as duas semanas de julgamento no STF. A ideia de conceder perdão “de mão beijada” foi descartada. A direita exige que Bolsonaro se comprometa a apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu sucessor na disputa presidencial de 2026.

      A expectativa entre os partidos é observar com atenção a posição dos ministros da Corte e a dosimetria das penas antes de tomar qualquer decisão. Qualquer tentativa de anistia nesse momento, apontam as lideranças, poderia tensionar ainda mais a relação entre o Legislativo e o Judiciário.

      Tarcísio, visto como favorito da direita e do empresariado para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas eleições, reforçou sua lealdade a Bolsonaro no último fim de semana. Ele afirmou que, caso chegue ao Planalto, sua primeira medida será conceder indulto ao ex-presidente.

      Na véspera do julgamento, Tarcísio se encontrou com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, em São Paulo. Pereira publicou uma foto do encontro nas redes sociais com a legenda: “no cardápio do dia: anistia”. A postagem recebeu curtidas de líderes de outros partidos, como Antonio Rueda (União Brasil) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

      Apesar da pressão de setores do PL e do Centrão para que Bolsonaro antecipe a escolha de Tarcísio como candidato, aliados do governador paulista demonstram cautela. Eles temem que uma candidatura precoce transforme Tarcísio em alvo político e prejudique sua imagem como gestor estadual.

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