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Brasil denuncia restrições de vistos dos EUA na Assembleia Geral da ONU

Chanceler classificou as medidas como “absurdas” e “injustas” e acionou o secretário-geral da ONU, António Guterres, para tentar reverter a situação

Mauro Vieira (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou com firmeza as restrições de vistos impostas pelos Estados Unidos a representantes brasileiros durante a 80ª Assembleia-Geral da ONU. Segundo o Metrópoles, Vieira classificou as medidas como “absurdas” e “injustas”, além de representarem uma violação das regras diplomáticas internacionais.

Entre os afetados está o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Embora tenha obtido visto para participar do encontro em Nova York, Padilha terá sua circulação restrita a um raio de apenas cinco quarteirões entre o hotel e a sede da ONU. “São restrições que não têm cabimento, injustas, absurdas”, declarou Vieira durante reunião com a representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas.

Brasil pede intervenção da ONU 

Diante da situação, o chanceler informou que o governo brasileiro já acionou o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a presidente da Assembleia-Geral, Annalena Baerbock. O pedido é para que haja intervenção imediata junto ao governo norte-americano. “Nós estamos relatando, e pedindo a interferência do secretário-geral [da ONU] junto ao país-sede [EUA], que é o procedimento”, explicou Vieira.

Antecedentes de atritos

As restrições impostas não são inéditas. Em agosto, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a suspensão do visto da esposa e da filha de Padilha como forma de retaliação, já que não poderia atingir diretamente o ministro, cujo visto estava vencido.

Impacto diplomático global

Além do Brasil, outras delegações também sofreram limitações. Os Estados Unidos revogaram todos os vistos de palestinos, prejudicando a presença da delegação da Palestina na Assembleia. Analistas avaliam que tais medidas ferem o compromisso dos EUA como país-sede e colocam em xeque a credibilidade da ONU como espaço de diálogo e cooperação internacional.

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