Após articular tarifaço, Eduardo Bolsonaro cobra novo ataque dos EUA ao Brasil

247 - O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu que os Estados Unidos “mandem uma resposta ao Brasil” após seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ser alvo de um mandado de busca e apreensão. As declarações foram feitas durante participação no programa WarRoom, apresentado por Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump e uma das principais vozes da extrema direita americana. As informações são da Folha de S. Paulo.

“Alexandre de Moraes está se afirmando como um ditador”, declarou Eduardo. Ele também disse que “os Estados Unidos, o país da liberdade e lar dos corajosos, precisam mandar uma resposta para o Brasil. Para não deixar que o modelo de censura brasileira seja exportado para outros países”.

O deputado protestou ainda contra as medidas impostas ao pai, que está proibido de usar redes sociais e de manter contato com ele próprio, por estar fora do país. Para Eduardo, isso representa “um novo modelo de censura sendo estabelecido no Brasil”.

Ao longo da entrevista, o parlamentar afirmou que Jair Bolsonaro “cumpriu todas as ordens de Moraes, mesmo considerando que todas elas eram ilegais”. Criticou as ações do STF como “humilhação” e sugeriu que o ministro estaria “dobrando a aposta” após a visita recente do ex-presidente aos Estados Unidos e uma suposta “taxação” imposta por lá — sem apresentar detalhes sobre o que quis dizer com isso.

Eduardo também tentou justificar as investigações como uma reação ao desempenho eleitoral de Bolsonaro. “Ele lidera as intenções de voto, e provavelmente venceria Lula no primeiro turno”, disse. No entanto, a última pesquisa Datafolha aponta o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente nas intenções de voto para 2026, com Jair Bolsonaro aparecendo como seu principal adversário, embora inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).