Alexandre Silveira defende uso estratégico da energia nuclear e relaciona tema à soberania nacional
Ministro destacou, em cerimônia no Rio de Janeiro, que a abundância de urânio no Brasil deve ser encarada também sob a ótica da defesa
247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil precisa considerar o uso da energia nuclear não apenas em áreas civis, mas também como parte de sua estratégia de defesa nacional. A declaração foi feita nesta sexta-feira (5), durante a posse dos novos diretores da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), no Rio de Janeiro, conforme relatado pela Agência iNFRA.
Ao mencionar a relevância das reservas minerais brasileiras — entre as maiores do mundo em urânio —, Silveira destacou que o cenário internacional de conflitos deve servir de alerta para o país. “Quero aqui ressaltar, mesmo que isso seja polêmico, nós estamos vendo e vivendo arroubos internacionais muito graves no mundo, em especial nos últimos tempos, e hoje a constituição nos permite avançarmos na produção de energia limpa para transição energética, utilizarmos a nuclear para a medicina nuclear”, afirmou o ministro.
Na sequência, ele reforçou a necessidade de encarar a questão nuclear sob um viés estratégico: “Mas se o mundo continuar como está, um país que é gigante pela própria natureza, que tem 11% da água doce do planeta, que tem clima tropical, que tem solo fértil e que tem tantas riquezas minerais, é importante que a gente continue e leve muito a sério a questão nuclear no Brasil, porque no futuro nós vamos precisar da nuclear também para a defesa nacional e garantindo a nossa soberania”.
