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      Urgência climática não pode levar o Brasil a depender de petróleo importado, diz novo chefe da ANP

      Artur Watt defende abertura de novas fronteiras para exploração de petróleo, apesar da pressão ambiental

      Artur Watt (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O novo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Artur Watt, afirmou nesta sexta-feira (5) que a urgência em reduzir as emissões de gases do efeito estufa não deve comprometer a produção nacional de petróleo. A declaração foi feita durante cerimônia de posse no Rio de Janeiro e repercutida pela Folha de S.Paulo.

      Segundo Watt, a prioridade ambiental não pode significar retrocesso energético. “A necessidade urgente de reduzir a emissão de carbono não pode significar o Brasil voltar a importar petróleo nem deixar de produzir esse item energético importante para nossa economia”, disse o dirigente em seu discurso.

      Defesa de novas fronteiras de exploração

      Watt reforçou a importância de abrir novas áreas para exploração, ainda que o tema seja alvo de críticas de ambientalistas. “Precisamos olhar as novas fronteiras, sempre mantendo o padrão de segurança e sustentabilidade que destacam o setor, nossas principais empresas, como a Petrobras, e a própria ANP”, afirmou.

      Sem citar diretamente a Margem Equatorial, Watt destacou a necessidade de buscar alternativas ao pré-sal, que caminha para o esgotamento. Atualmente, a Petrobras tenta obter licença para perfurar o primeiro poço em águas profundas dessa região, vista pelo setor como crucial para a reposição de reservas de petróleo no país.

      Apoio de novos diretores

      Durante a mesma cerimônia, também tomou posse Pietro Mendes, que já havia integrado a ANP no passado e foi indicado novamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mendes, ex-braço direito do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), reforçou a necessidade de acelerar o licenciamento ambiental.

      “A ANP tem que se engajar de forma mais firme da importância que tem a reposição de reservas”, declarou. Ele reconheceu obstáculos na área ambiental, citando a dificuldade em obter pareceres conjuntos com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática para a exploração de blocos no Espírito Santo.

      Participação do governo

      A cerimônia contou ainda com a presença do ministro Alexandre Silveira, que deu posse a novos diretores da recém-criada Agência Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). Foram empossados Alessandro Facure Neves de Salles Soares, Lorena Pozzo e Ailton Fernando Dias, que compõem a primeira diretoria do órgão, instituído para regular o setor nuclear no Brasil.

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