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Alcolumbre sinaliza neutralidade em possível indicação de Messias ao STF

Senador defende nome de Rodrigo Pacheco para a vaga, mas não deve barrar escolha de Lula

Davi Alcolumbre (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)

247 - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), indicou a aliados que não pretende atuar para conquistar votos em favor de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida indicá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

Alcolumbre trabalha abertamente pela nomeação do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado político, para a vaga que será aberta com a saída de Luís Roberto Barroso. O senador deve reforçar a defesa do nome de Pacheco diretamente ao presidente Lula em encontro previsto para sexta-feira (17).

Campanha por Rodrigo Pacheco

Líderes governistas já sinalizaram a Lula que a escolha de Pacheco teria forte receptividade no Senado e contribuiria para manter a harmonia entre os Poderes. De acordo com aliados, uma indicação diferente poderia gerar ruídos na relação entre o Palácio do Planalto e a Casa Alta.

Parlamentares da base afirmam que o Senado tem sido um ponto de apoio importante ao governo em momentos de dificuldade com a Câmara dos Deputados. Nesse contexto, Alcolumbre deve argumentar que a aprovação de Pacheco seria expressiva, podendo chegar a até 70 votos, enquanto Jorge Messias enfrentaria resistências de senadores tanto da base quanto da oposição.

Resistências a Jorge Messias

A possível indicação de Messias ao STF é vista com cautela no Senado. A lembrança mais recente é da aprovação apertada do ministro Flávio Dino, que obteve apenas seis votos a mais do que o mínimo necessário (47 contra 41). Essa experiência reforça a percepção de que a sabatina de Messias poderia se tornar mais um teste delicado para o governo.

Argumentos em defesa de Pacheco

Senadores que apoiam a indicação de Rodrigo Pacheco ressaltam seu papel durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando atuou, segundo eles, em defesa da democracia e das instituições. Outro ponto considerado favorável é sua boa relação com ministros da Suprema Corte, que já demonstraram simpatia ao nome do mineiro.

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