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      Alckmin negocia com big techs e setor industrial para reverter tarifa dos EUA

      Presidente em exercício busca apoio de empresas e autoridades internacionais em ofensiva diplomática para evitar sobretaxa sobre produtos brasileiros

      Vice-presidente Geraldo Alckmin 14/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Otávio Rosso avatar
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      247 -  O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, intensificou nesta segunda-feira (21) os esforços diplomáticos e comerciais para evitar a aplicação da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Alckmin liderou uma série de reuniões com representantes do setor produtivo, empresas de tecnologia e parlamentares europeus com o objetivo de construir uma resposta coordenada à medida norte-americana, prevista para entrar em vigor em agosto.

      “Queria dizer a vocês que estamos em conversa com o governo americano por canais institucionais e de forma reservada”, afirmou Alckmin, ao comentar o andamento das negociações com Washington, que seguem protocolos oficiais no âmbito do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais.

      No encontro com a Câmara Brasileira da Economia Digital (Câmara-e.net), que reúne gigantes do setor de tecnologia como Google, Meta, Apple, Visa e Expedia, Alckmin destacou o bom diálogo com as big techs norte-americanas, que também foram citadas no relatório da investigação conduzida nos EUA com base na Seção 301.

      “Tivemos um encontro com as empresas de tecnologia, que ainda não tinha ocorrido. Reunimos as empresas de tecnologia Apple, Meta, Google, Visa, Expedia, enfim, as grandes empresas, todas americanas, e tivemos um bom diálogo”, relatou o presidente em exercício.

      Alckmin destacou ainda o papel estratégico das big techs para o país: “Elas são importantes investidoras no Brasil e demonstraram a importância do Brasil. Têm tudo para crescer no país e ficaram de nos encaminhar na sequência questões que para eles são mais relevantes”.

      Em outra frente, o presidente em exercício se reuniu com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Durante o encontro, foi apresentado um estudo detalhado sobre os possíveis impactos das tarifas para a indústria gaúcha, com participação de setores como calçados, químicos, petroquímicos, plástico e couro.

      “O Rio Grande do Sul é o segundo exportador do Brasil para os Estados Unidos. O primeiro é São Paulo. E 99% das exportações são manufatura: celulose, carne, minerais, setor de metais, indústria, máquinas, motores. Então, 99% da exportação gaúcha é manufatura”, pontuou Alckmin.

      A agenda de segunda-feira incluiu ainda uma reunião com membros da Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu, na qual Alckmin reforçou a importância da conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia até o fim de 2025, durante a presidência brasileira do bloco sul-americano.

      “Esse acordo é extremamente importante do ponto de vista econômico, empresarial e do ponto de vista geopolítico. É uma mensagem forte de apreço pela democracia, pela paz, pelo livre comércio, pelo multilateralismo e pela sustentabilidade, e inclui também o tema do meio ambiente”, afirmou.

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