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      Alckmin indica negociação com EUA sobre big techs, data centers e minerais estratégicos

      Vice-presidente admite entraves não tarifários e afirma que plano para enfrentar tarifaço de Trump já foi apresentado a Lula

      O vice-presidente, Geraldo Alckmin - 14/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (7) que o governo brasileiro está disposto a dialogar com os Estados Unidos sobre barreiras não tarifárias, com foco nas regulamentações que envolvem empresas de tecnologia, centros de dados e a exploração de minerais estratégicos. A declaração foi feita após reunião com o encarregado de negócios da embaixada norte-americana no Brasil, Gabriel Escobar. As informações são da Agência Brasil.

      Os três temas citados por Alckmin já haviam sido apontados por representantes do governo do presidente Donald Trump como entraves comerciais com o Brasil. Eles aparecem no contexto da decisão norte-americana de aplicar uma tarifa de 50% sobre a importação de uma série de produtos brasileiros. O governo dos EUA argumenta que empresas como as big techs enfrentam restrições legais no Brasil, o que justificaria o aumento tarifário.

      Alckmin afirmou que o Brasil apresentou seus argumentos durante o encontro com Escobar. “Ele veio conversar, nós dissemos claramente nossos argumentos, dizendo: olha, a questão tarifária, de cada dez dos maiores produtos exportados, oito têm alíquota zero. A tarifa média é 2,7%”, disse o vice-presidente.

      O ministro reconheceu, no entanto, que o problema pode estar nas chamadas barreiras não tarifárias, como os interesses dos EUA nos setores de tecnologia e mineração. “Se tem problema não tarifário, vamos sentar, conversar e resolver. Se tem uma pauta – data centers, big techs, minerais estratégicos – então construir uma pauta de conversa, de entendimento para superar esse problema. Nós não criamos, mas vamos trabalhar para resolver”, declarou.

      Segundo Alckmin, o governo federal já finalizou um plano de contingência para enfrentar os efeitos das tarifas norte-americanas. O documento foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aguarda aprovação. “O presidente vai bater o martelo e aí vai ser anunciado, se não for amanhã, provavelmente na segunda ou na terça-feira”, afirmou.

      O plano, segundo o ministro, será direcionado às empresas brasileiras mais afetadas pelas novas tarifas, especialmente aquelas com maior volume de exportações para os Estados Unidos. “Exatamente para atender aquelas empresas que foram mais afetadas, que têm uma exportação maior e maior para os Estados Unidos. Você vai por uma régua aí”, explicou.

      Alckmin também detalhou as duas frentes de atuação do governo. A primeira busca reduzir a alíquota de 50% ou excluir determinados produtos do tarifaço. A segunda prevê medidas de apoio aos setores exportadores atingidos, por meio do plano de contingência.

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