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Trump espera arrecadar US$ 50 bilhões com tarifas, diz Lutnick

Tarifas globais impostas pelo presidente americano Donald Trump contra 69 países entraram em vigor na madrugada desta quinta-feira (7).

Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, fala com a imprensa, em Washington 13/03/2025 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

247 - O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou nesta quinta-feira (7) que o país espera arrecadar cerca de US$ 50 bilhões (R$ 273 bilhões) por mês com as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre importações de dezenas de países. As declarações foram dadas em entrevista à emissora Fox Business Network e coincidem com a entrada em vigor das medidas tarifárias nesta madrugada.

“E então você terá os semicondutores, os produtos farmacêuticos e todos os tipos de dinheiro adicional de tarifas entrando”, declarou Lutnick, ao destacar o impacto esperado da nova política protecionista.

As tarifas atingem produtos de 69 países e variam entre 10% e 41%. As maiores alíquotas recaem sobre a Síria (41%), Suíça (39%), África do Sul (30%) e Venezuela (15%). Taiwan será taxado em 20%, enquanto o Lesoto, que anteriormente havia sido ameaçado com uma tarifa de 50%, ficará com 15%. Os demais países permanecem sob uma tarifa padrão de 10%.

A Índia será particularmente afetada: além da tarifa de 25% que entrou em vigor nesta quinta-feira, uma nova alíquota adicional de 25% foi anunciada por Trump na quarta-feira (6), como retaliação pela compra de petróleo russo. Essa tarifa extra, no entanto, só começará a valer em 20 dias.

Questionado sobre a possibilidade de um novo adiamento no prazo para um acordo comercial com a China, previsto para 12 de agosto, o secretário indicou que há margem para negociação. “Acho que vamos deixar isso para a equipe comercial e para o presidente tomarem essas decisões, mas parece provável que eles cheguem a um acordo e estendam o prazo por mais 90 dias”, avaliou Lutnick.

Além do chamado “tarifaço”, Trump também anunciou uma tarifa de cerca de 100% sobre todos os chips semicondutores importados pelos Estados Unidos. A medida, segundo o presidente, não será aplicada às empresas que assumirem o compromisso de produzir esses componentes em território norte-americano. “Essa é uma forma de proteger a indústria nacional e garantir segurança tecnológica ao nosso país”, afirmou Trump a repórteres na Casa Branca.

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