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      Advogado diz que Bolsonaro rejeitou pedido de asilo na Argentina e nega qualquer plano de fuga

      Paulo da Cunha Bueno afirma que o ex-presidente nunca cogitou deixar o Brasil e esteve presente em todos os atos do processo

      Jair Bolsonaro (à esq.) e Javier Milei (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O advogado Paulo da Cunha Bueno, que representa Jair Bolsonaro no processo sobre a trama golpista, afirmou que o ex-presidente rejeitou de imediato a ideia de pedir asilo político na Argentina. Em entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Cunha Bueno disse que uma minuta de solicitação de asilo chegou a ser redigida e enviada a Bolsonaro, mas a proposta foi rechaçada.

      “Essa proposta ocorreu há mais de um ano e meio, e ele rechaçou”, declarou o advogado. “A fuga nunca foi uma opção.” Segundo ele, Bolsonaro não apenas recusou o asilo, como também esteve presente em todas as etapas do processo, “inclusive àquelas para as quais não foi convocado”.

      Defesa destaca presença em atos processuais

      Cunha Bueno relembrou que Bolsonaro compareceu ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) em que a denúncia da Procuradoria-Geral da República foi aceita, transformando-o em réu. “Ele não tinha obrigação, mas estava lá”, afirmou o advogado, reforçando a tese de que o ex-presidente não tentou se esquivar das responsabilidades judiciais.

      A Polícia Federal, entretanto, identificou em fevereiro de 2024 a existência de um rascunho de pedido de asilo endereçado ao presidente da Argentina, Javier Milei. O documento, segundo a investigação, foi produzido por Fernanda Antunes Figueiredo Bolsonaro, esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ministro Alexandre de Moraes destacou que a minuta foi salva no celular de Bolsonaro dois dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro de 2024.

      Moraes cobra explicações e cita descumprimento de cautelares

      Diante da descoberta, Moraes determinou que a defesa apresente esclarecimentos no prazo de 48 horas. O ministro também apontou que Bolsonaro teria descumprido “diversas vezes as medidas cautelares” impostas no processo.

      Segundo Moraes, a restauração de dados do celular revelou intensa atividade do ex-presidente na produção e propagação de mensagens em redes sociais, o que configuraria violação das restrições.

      Nota da defesa

      Em nota, os advogados de Bolsonaro afirmaram que receberam “com surpresa” a notícia do indiciamento pela Polícia Federal. A defesa acrescentou que “os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo” e reforçou que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”.

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