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Maduro mobiliza 4,5 milhões de voluntários contra pressões e ameaças dos EUA

As Milícias Bolivarianas da Venezuela são um corpo civil armado, criado por Hugo Chávez, com o objetivo de defender a Revolução Bolivariana e o país

As milícias bolivarianas são formadas por voluntários para auxiliar o exército na defesa nacional (Foto: Correio del Orinoco )

247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a ativação de um plano de mobilização com mais de 4,5 milhões de voluntários, integrantes das Milícias Nacionais Bolivarianas, em resposta às “ameaças renovadas” por parte dos Estados Unidos. A declaração foi feita em ato transmitido pela TV estatal, informa o G1. Segundo Maduro, a medida busca reforçar a cobertura militar em todo o território nacional, com forças “preparadas, ativadas e armadas”. Ele ressaltou o apoio das Forças Armadas diante das pressões externas: “Os primeiros a manifestar solidariedade e apoio a este presidente trabalhador que aqui está foram os militares desta pátria”.

A força da Milícia Nacional Bolivariana

As Milícias Bolivarianas da Venezuela são um corpo civil armado, criado em 2008 por Hugo Chávez, com o objetivo de defender a Revolução Bolivarina e o país. Elas são formadas por civis voluntários que recebem treinamento militar e são mobilizadas para apoiar as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, especialmente em tarefas de segurança interna e defesa da revolução bolivariana

A Milícia Nacional Bolivariana é formada por cerca de 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais e é considerada um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Durante o discurso, Maduro pediu a ampliação da estrutura de milícias camponesas e operárias em todo o país. “Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela”, declarou, acrescentando: “Mísseis e fuzis para a classe operária, para que defenda a nossa pátria”.

Reação militar venezuelana

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, classificou as medidas americanas como “tolas” e acusou Washington de violar o direito internacional. Ele também foi alvo de uma recompensa fixada pelos EUA, assim como Diosdado Cabello, ministro do Interior, Justiça e Paz.

Em tom crítico, López afirmou: “O cinismo do governo americano não tem limites, querem nos dar lições de democracia quando seu próprio governo desrespeita sistematicamente suas próprias leis, governando arbitrária e caprichosamente”.

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