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      Cuba alerta para ameaça imperialista e convoca unidade latino-americana

      Casa de las Américas denuncia mobilização militar dos EUA no Caribe e ataques à Revolução Bolivariana

      Bandeiras de Cuba e EUA durante cerimônia de reabertura da embaixada cubana em Washington. 20/07/2015 REUTERS/Chip Somodevilla/Pool (Foto: Paulo Emílio)

      247 - A Casa de las Américas, instituição cultural sediada em Havana, publicou um duro comunicado em sua página no Facebook denunciando o que chama de retorno da “diplomacia das canhoneiras” ao Caribe. A informação foi divulgada pela agência Prensa Latina. O texto destaca a crescente presença militar dos Estados Unidos na região, com navios, aviões, um submarino e milhares de soldados mobilizados sob o pretexto de combater o narcotráfico e grupos criminosos.

      Denúncia contra ameaças à Venezuela

      Segundo o comunicado, a ação de Washington vai além da justificativa oficial de segurança. “Pareceria uma farsa desgastada, não fosse a potencial tragédia. Circulam notícias ao mesmo tempo de que o governo daquele país, violando descaradamente todas as normas de convivência internacional, está colocando a cabeça a prêmio do legítimo presidente da República Bolivariana da Venezuela”, aponta a nota.

      A Casa de las Américas também criticou as declarações do Secretário de Estado Marcos Rubio, que recentemente afirmou que os Estados Unidos “inevitavelmente terão que confrontar o regime narcoterrorista da Venezuela com mais do que apenas recompensas”. Rubio chegou a mencionar a Colômbia, classificada por ele como governada por um “presidente errático”, entre os países que precisariam retomar a subordinação à Casa Branca.

      Trump no centro das críticas

      O texto menciona ainda o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas intenções políticas. “Trump — que cobiça o Prêmio Nobel da Paz e ao mesmo tempo apoia firmemente o maior genocídio do nosso tempo — adoraria ter a glória de ser o coveiro da Revolução Bolivariana”, diz o comunicado.

      Diante desse cenário, Havana reforça a necessidade de solidariedade ao povo venezuelano e de enfrentamento à “belicosidade imperialista”. “Num momento tão perigoso, é essencial continuar trabalhando pela unidade das forças de esquerda na Nossa América. Não podemos nos dar o luxo de cair em armadilhas e manipulações que só beneficiam a reação e o fascismo”, afirma o documento.

      Unidade continental e lições da Bolívia

      O apelo à união latino-americana se apoia também em exemplos recentes da região. A Casa de las Américas lembrou os resultados das últimas eleições na Bolívia, classificando-os como um “exemplo doloroso do custo da desunião”.

      O texto ressalta que a construção da unidade continental não significa ignorar divergências internas, mas sim enfrentá-las por meio do debate e da análise coletiva: “Construir a unidade requer, sem dúvida, debate e análise coletiva de situações complexas.”

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