Maduro agradece apoio após ameaça dos EUA e diz que ofensiva é contra o povo
Em reunião com governadores e prefeitos, presidente da Venezuela critica presença militar dos EUA no sul do Caribe
247 - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, agradeceu nesta segunda-feira (18) o “respaldo nacional e internacional” recebido após declarações que elevaram a recompensa por sua captura, atribuídas à procuradora-geral dos Estados Unidos, Pamela Bondi, conforme noticiou a teleSUR. Ao abrir uma reunião de trabalho com governadores e prefeitos do Grande Polo Patriótico Simón Bolívar (GPPSB), Maduro afirmou que a guerra de Washington “não é contra ele, mas contra o povo da Venezuela”, destaca reportagem da Telesur.
Em agradecimento pela solidariedade interna e externa, Maduro disse:
“Agradeço a reação impressionante que houve nacional e internacional de solidariedade e apoio (…) Uma manifestação popular, verdadeiramente cheia de esperança, convertendo a indignação em esperança
Ao comentar a ofensiva do governo dos EUA, ele reforçou que o alvo é a população venezuelana:
“Números redondos” e rejeição ao intervencionismo
Maduro sustentou que a sociedade venezuelana rejeita “qualquer fórmula fascista, intervencionista e golpista” e insistiu em índices de apoio ao caminho institucional:
O presidente disse que 80% da população “aprova o caminho de convivência, harmonia, tolerancia e trabalho”, enquanto “mais del 90%” rechaça projetos fascistas e intervencionistas contra o país. “São números redondos”, acrescentou, segundo a teleSUR.
Crítica à presença militar dos EUA no Caribe
Em outra frente, Maduro criticou a movimentação de forças navais e aéreas dos EUA no sul do Caribe e afirmou que a Venezuela “defende e patrulha” seu território:
“Nossos mares, nosso céu e nossas terras, nós os defendemos, nós os libertamos, nós os vigiamos e patrulhamos. Nenhum império virá tocar o solo sagrado da Venezuela, nem deveria tocar o solo sagrado da América do Sul, nenhum império do mundo.”
Repercussão regional
A fala de Maduro ocorre em meio a denúncias de escalada militar dos EUA na região e a manifestações de países e lideranças latino-americanas contrárias a qualquer ameaça de intervenção, segundo a cobertura correlata da teleSUR.